A Família e o Trabalho
Por: inesmenezes • 17/9/2018 • Artigo • 471 Palavras (2 Páginas) • 176 Visualizações
Inês Menezes
MBA Management – Turma 27
RELATORIO 1
A crescente globalização dos negócios e a consequente ausência de horários e necessidade de maior mobilidade, associada a um envelhecimento da população e ao aumento da participação da mulher no mercado de trabalho vieram sem dúvida desafiar as atuais definições de sucesso e bem estar e sua correlação.
A verdade é que se por um lado o ser humano, cada vez mais informado e consciente das suas vontades, tem vido a assumir um maior controlo da sua vida, por outro mudanças de índole demográfica, tecnológica e organizacional das sociedades atuais o levam a muitas vezes a perder esse aparente controlo, nomeadamente ao nível da combinação entre as esferas do pessoal e do profissional.
Em pleno século XXI, há ainda velhos preconceitos que permanecem muito presentes nomeadamente em matéria de igualdade de gênero. Ainda que tenha sido crescente o envolvimento das mulheres na vida profissional, muitas continuam a ser vítimas de fortes segregações baseadas no papel histórico da mulher enquanto mãe de família. Mas é também importante referir que os homens são também eles vítimas de discriminação no mercado de trabalho, sendo muitas vezes privados ou pressionados a prescindirem de direitos sociais historicamente atribuídos às mulheres (ex: licença paternidade).
Assim, se no contexto atual, as mulheres continuam a procurar afirmar-se num contexto profissional ainda dominado pelos homens, enquanto se debatem com a culpa da terceirização de muitas das suas atividades de donas de casa, já os homens, ainda associados ao papel de breadwinners, têm o dilema de conseguir responder também a uma exigência crescente no que diz respeito às tarefas familiares. É assim compreensível que as mulher entendam o sucesso mais do ponto de vista da conquista individual e do respeito dos outros e que os homens o façam mais do ponto de vista do sucesso financeiro e do suporte familiar.
O mundo parece estar assim ainda muito despreparado, do ponto de vista social, para as exigências dos ritmos atuais. O modelo familiar que conhecemos está em muitos casos a ter serias dificuldades em acomodar-se à falta de tempo, de atenção que lhe dispendemos, e muitas organizações/governos também ainda não souberam acomodar os diferentes contextos sociais que emergiram nas últimas décadas. Já muito foi feito (flexibilização horaria, licenças de suporte à família, patrocínio de atividades esportivas) mas ainda há muito por fazer.
Família e trabalho aparentam ser cada vez mais interdependentes enquanto fatores que contribuem para o bem estar e sucesso dos indivíduos e consequentemente das sociedades. Assim, na minha opinião é fundamental a implementação de políticas e modelos de conciliação que apoiem a saudável coexistência entre estas duas esferas por parte das organizações e das próprias sociedades civis. Elas não devem ser mutuamente exclusivas ou concorrentes, pelo contrário devem existir de forma integrada enquanto áreas complementares. Se estivermos felizes em casa mais facilmente estaremos felizes no trabalho e vice-versa.
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