A HISTÓRIA DE KILOMBES E KILOMBOLS
Projeto de pesquisa: A HISTÓRIA DE KILOMBES E KILOMBOLS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JosieEduardo • 6/11/2014 • Projeto de pesquisa • 2.171 Palavras (9 Páginas) • 293 Visualizações
INTRODUÇÃO
O trabalho apresentado a seguir, relata a história de um povo que vêm sofrendo ao longo dos séculos, em busca de reconhecimento próprio, de uma vida mais justa e acima de tudo, ao direito à dignidade. Os quilombolas têm encontrado dificuldades para manter viva sua cultura e suas tradições, pois muitas vezes esbarraram nas relações econômicas praticadas nos dias atuais.
O povo quilombola deu uma grande contribuição na formação da diversidade cultural do Brasil com suas festas, danças, crenças e culinárias, bem como, com outras formas de expressões culturais, que fizeram de nossa nação, um país ainda mais rico.
1. HISTÓRIA DOS QUILOMBOS E QUILOMBOLAS
1.1 O QUE ERAM OS QUILOMBOS
Os quilombos eram espécies de comunidades compostas por ex-escravos que fugiram das fazendas na época do Brasil Colonial. O período de maior formação dos quilombos foi entre o século XVI E XIX.
1.2 ORGANIZAÇÃO, ECONOMIA E VIDA
Os quilombos tinham uma organização parecida com as aldeias africanas, de onde os quilombolas eram originários. Havia uma divisão de tarefas e todos trabalhavam. Um líder geralmente comandava o quilombo, onde viviam principalmente da agricultura de subsistência e da pesca. Podiam viver de acordo com seus hábitos culturais africanos e praticar livremente seus cultos religiosos.
1.3 QUILOMBOLAS
Os quilombolas eram aqueles que habitavam os quilombos, ou seja, ex-escravos de origem africana que conseguiam fugir das fazendas de engenhos e buscavam moradias nesses quilombos.
1.4 COMBATE AOS QUILOMBOS
Era muito comum os fazendeiros e senhores de engenhos contratarem homens armados para desfazerem os quilombos e capturar os escravos fugitivos. Ocorreram vários combates entre estes homens e os quilombolas durante o período colonial. Os quilombolas resistiam e, muitas vezes, protegiam o quilombo mantendo sua existência.
1.5 QUILOMBOS DOS PALMARES
O quilombo que ficou mais conhecido foi o Palmares. Teve como um dos principais líderes o ex-escravo conhecido como Zumbi dos Palmares.
1.6 QUILOMBOS REMANESCENTES
Até hoje, principalmente em regiões do interior do Brasil, existem quilombos. Chamados de quilombos remanescentes, eles são habitados por descendentes de ex-escravos. Uma das principais lutas dos quilombolas atuais é pela posse da terra.
2. TRABALHO, RELIGIÃO E CULTURA DOS QUILOMMBOLAS
2.1 TRABALHO DOS QUILOMBOLAS
Os escravos trabalhavam nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro no século XVIII onde eram tratados da pior forma possível, trabalhavam intensamente e em troca recebiam apenas trapos de roupas e alimentação de péssima qualidade, passavam a noite nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene), acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, tendo o açoite como a punição mais comum no Brasil Colônia.
Quando os escravos conseguiam fugir de engenhos e fazendas durante o período colonial e imperial iam para os quilombos e lá passavam a viver em liberdade, criando novas relações sociais, trabalhavam apenas para suas próprias subsistências onde plantavam e realizavam coletas de produtos das matas, como madeira e frutos, além de caçarem e criarem animais.
2.2 RELIGIÃO DOS QUILOMBOS
Tinham como religião o Candomblé, que é uma religião derivada do animismo africano onde se cultuam os orixás, voduns ou nksis, dependendo da nação. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões de matriz africana mais praticadas, tendo dois milhões de seguidores em todo o mundo, principalmente no Brasil. Os escravos sofriam muito, eram proibidos de praticar sua religião e de realizar suas festas e rituais africanos. Porém, mesmo escondidos realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
2.3 CULTURA DOS QUILOMBOLAS
No século XVIII, era costume dos povos pastores do Sul da atual Angola, comemorar a iniciação das jovens a vida adulta com uma cerimônia chamada n’golo que significa “zebra”. Dentro a cerimônia, os homens disputavam uma competição ou luta animada pelo toque de atabuques em que ganhava quem conseguisse encostar o pé na cabeça do adversário. O vencedor tinha o direito de escolher, uma noiva entra as jovens que estavam sendo iniciadas à vida adulta.
Com a chegada dos invasores portugueses e a escravização dos povos africanos, esta modalidade de luta foi trazida, através do ponto de Benguela para a América, especialmente para o Brasil, onde se fixou a maior parte dos escravos africanos trazidos a América.
3. QUILOMBOS AINDA EXISTEM NO BRASIL
Quando falamos em quilombos, pensamos em um passado de escravidão em que grupos de negros fugiam em busca de liberdade. Os quilombos eram umas das regiões onde existia grande concentração de escravos, eram locais de difícil acesso em meio a matas, selva ou montanhas.
Apesar de acharmos que os quilombos ficaram no passado, pesquisas indicam que as chamadas comunidades remanescentes de quilombos existem praticamente em todos os estados brasileiros. O número estimado pode chegar a 5.000, este foi um levantamento feito pela Fundação Cultural Palmares, que mapeou 3.524 comunidades. Devido ao seu isolamento, há uma grande dificuldade de obter informações precisas sobre as comunidades de quilombos, mas esse isolamento garantia às comunidades a sobrevivência de grupos organizados com suas tradições e relações territoriais próprias onde a identidade étnica e cultural deve ser respeitada e preservada.
Na busca pela igualdade de direitos, os movimentos negros, envolvido na elaboração da Constituição de 1988, asseguraram o direito à preservação da sua cultura e identidade, bem como à posse legítima das terras ocupadas pelos que se contrapuseram ao regime escravista.
4. COMUNIDADES QUILOMBOLAS NA ATUALIDADE
Existem atualmente no Brasil 1.838 comunidades quilombolas certificadas, e estão espalhadas por todo país. Só no ano de 2013, dezoito comunidades já foram certificadas e dezessete estão
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