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A Imaginação Sociológica

Por:   •  18/8/2016  •  Resenha  •  831 Palavras (4 Páginas)  •  4.479 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CURSO: CIÊNCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DO PENS. SOCIOLOGICO

PROFº: MAURO GUILHERME PINHEIRO KOURY

MILLS, C. Wright. “A promessa” (Cap. 1). In: A Imaginação Sociológica, Rio de Janeiro, Zahar, 1959.

RESUMO

Atualmente a visão e a capacidade do homem estão limitadas dentro do que ele vive diariamente, em seu trabalho, na família, com os vizinhos mais próximos e suas preocupações, e quando se deparam em outros ambientes, agem apenas como espectadores. Por muitas vezes tomam uma vaga consciência, de todas as ambições, ameaças e mudanças que transcendem o meio em que vivem, mais encurralados em suas preocupações diárias, não tem consciência que suas vidas estão totalmente vinculadas com as mudanças na sociedade e no decorrer da história mundial. Grandes mudanças acontecem no decorrer de uma geração, passou de uma era feudal para uma era moderna, com muitas conseqüências. Mudam-se autoridades, acontecem Revoluções, Guerras, mudam-se de hábitos, valores, mais os homens comuns não dispõem da qualidade intelectual para associar essas mudanças em suas vidas, com as mudanças que estão acontecendo na sociedade e no mundo, que o eu e o mundo estão ligados. Precisam não só de informações e habilidades da razão, precisam e sentem precisar, de uma qualidade de espírito que lhes ajude a usar a informação e desenvolver a razão, e perceber com lucidez o que acontece no mundo e dentro deles mesmos. É a qualidade que profissionais de muitas áreas esperam e vamos chamar de imaginação sociológica. A imaginação sociológica permite que o indivíduo compreenda melhor as transformações históricas que não seja só o seu cenário diário e lhe capacita enxergar qual a sua verdadeira posição na sociedade. O indivíduo só pode compreender sua experiência e avaliar seu destino localizando-se dentro do seu período e só pode conhecer suas possibilidades tendo consciência das possibilidades de todas as pessoas e a imaginação lhe permite isto. Pelo simples fato de existir o indivíduo, contribui, por menor que seja, para a transformação dessa sociedade, ao mesmo tempo em que é transformado por ela (sociedade). A promessa as imaginação sociológica e nos permitir compreender a história e a biografia e a relação entre ambas na sociedade. Qualquer que seja o objeto de estudo, o sociólogo precisa elaborar perguntas, que abordem desde as transformações decorrentes no meio mais próximo em que o individuo vive, as mais variadas transformações na sociedade, que influenciam para na transformação do homem e da história. A imaginação sociológica faz uma distinção muito proveitosa e essencial à sociologia, entre as “perturbações pessoas” e “as questões públicas”. Algumas situações podem ser questões pessoas ou públicas, o desemprego, a guerra, o casamento, as metrópoles, para formular as questões e as preocupações é preciso analisar quais os valores aceitos e que estão ameaçados e quais os valores mantidos e aceitos pelo o nosso período. Estamos vivendo uma época de inquietação e indiferenças, uma indiferença que envolve a todos, um sentimento desanimador de que algo não está certo. “Para os que aceitam valores herdados, como razão e liberdade, é a inquietação em si que constitui o problema; é a indiferença em si que constitui a questão.” Os problemas de hoje estão além da economia, tem relação com a qualidade de vida individual. Atualmente a principal tarefa intelectual e política do cientista social é deixar claros os elementos da inquietação e da indiferença. Os seres humanos experimentam o sentimento de que são movidos por forças obscuras que eles a desconhecem, mais na verdade o perigo está na força desregrada da sociedade contemporânea, com suas formas de produção alienantes e suas técnicas políticas, próprias da natureza do homem e das condições da vida. Muitos passaram a considerar a ciência como um falso e pretensioso Messias, despertando dúvidas e incertezas na civilização. A ciência social é tudo aquilo que os cientistas sociais, estiverem fazendo e também o que já fizeram. Há uma certa apreensão entre os cientistas sociais, tanto intelectual como moral sobre o rumo que os estudos estão tomando. Há alguns cientistas sociais que defendem, as técnicas burocráticas, outros acham necessário, grupos de pesquisas de técnicos, outros do individualismo e outras mais. Miller manifesta a intenção de contribuir para apreensão, definindo parte de suas fontes e ajudando a transformá-la numa necessidade especifica de realizar a promessa da ciência social se opondo a qualquer forma burocrática na ciência social. Mais uma analise clássica e utilizável de tradições; em sua característica principal é a preocupação com as estruturas sociais históricas. A sociologia apresenta algumas tendências: Tendência I: uma teoria da história, ocupando-se da totalidade da vida social do homem, e do curso da história as regularidades da vida social; Tendência II: uma teoria sistemática da natureza do homem e da sociedade. Ocupa-se, com uma visão bastante estática; Tendência III: estudos empíricos dos fatos e problemas sociais. As peculiaridades da Sociologia e promessas podem ser compreendidas em termos dessas tendências tradicionais. Há também, em nossa condição: a tradição sociológica encerra as melhores formulações da promessa cabal de Ciências Sociais.      

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