A Instrumentalidade No Trabalho Do Assistente Social

A instrumentalidade, a primeira vista se mostra como um instrumento essencial para o exercício profissional do serviço social, sendo um objetivo para as finalidades profissionais, mas o termo instrumentalidade nos faz perceber que o sufixo “idade” é ligado á capacidade, qualidade e propriedade de algo, assim podemos dizer que a instrumentalidade é uma capacidade ou propriedade constitutiva da profissão, que é construída e reconstruída no processo sócio histórico da profissão, por atender as demandas e alcançar os objetivos profissionais e sociais, numa concreta profissão, ou seja, o Serviço Social é uma profissão em construção, sendo enriquecida de acordo com as solicitações de serviços apresentados pela sociedade dentro do seu campo de atuação.

As ações dos profissionais se tornam instrumentalidade, á medida que utilizam, criam adequam ás condições transformando seus meios/instrumentos para objetivos finais, sendo a instrumentalidade uma condição necessária de trabalho social e uma categoria constitutiva. Devido o processo de trabalho os homens se transformam, reproduzindo material e a própria sociedade, essa ação transformadora é denominada Práxis, que tem instrumentalidade. A Práxis necessita de outras capacidades/propriedades além da instrumentalidade, um mundo material e espiritual é necessários á sua realização, sendo o conjunto de objetivações do homem, os mesmos realizam a sua teleologia, o que encerra a instrumentalidade e permite o homem a manipular e modificar as coisas da natureza para alcançar suas finalidades.

A profissão é responsável por atender às necessidades das classes sociais, transformadas por mediações, em demandas. A instrumentalidade do Assistente Social é pensada como uma condição sócio histórica da profissão nos níveis da instrumentalidade do Serviço Social, em face do projeto da burguesia, da instrumentalidade das respostas profissionais, e da instrumentalidade como uma mediação. Em relação à instrumentalidade do projeto burguês, diante do caráter reformista e integrador das políticas sociais, que se refere à capacidade que a profissão tem de ser transformada em um meio de manutenção da ordem dentro de uma estratégia histórica de controle. Quanto à instrumentalidade das respostas profissionais, é um aspecto que permite à profissão responder às demandas vindas do capital e do trabalho.

O tratamento por parte do Estado em relação a questão social, fragmentou para serem atendidas pelas políticas sociais, formando um espaço na divisão sócio técnica do trabalho para um profissional que atuasse na ultima fase da ação executiva das políticas sociais.