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A MORENINHA

Por:   •  28/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  519 Visualizações

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O Autor: Joaquim Manuel de Macedo

Joaquim Manuel de Macedo nasceu no Rio de Janeiro em 1820. Em 1844 formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, "A Moreninha", que lhe deu fama e fortuna imediata. Além de médico, Macedo foi jornalista, professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, e sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto-alegre, a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance A nebulosa — considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).

Joaquim Manuel De Macedo Abandonou a medicina e criou uma forte ligação com Dom Pedro II e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser preceptor e professor dos filhos daPrincesa Isabel. Era amigo íntimo e confidente de uma celebridade da Corte, Manuel José de Araújo Porto-Alegre, Cônsul do Brasil na Alemanha, de quem recebeu uma longa e histórica correspondência pela qual o remetente se declara um espírita convicto e apaixonado pelo credo que na metade do século XIX fora codificado por Allan Kardec, na França.

Macedo também atuou decisivamente na política, tendo militado no Partido Liberalservindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares, conforme relatos da época. Durante a sua militância política foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-59) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Nos últimos anos de vida padeceu de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62 anos.

Enredo:

O enredo do romance A Moreninha é bastante simples: Augusto, Leopoldo e Fabrício, jovens estudantes de medicina, vão passar o dia de Sant’Ana em uma certa ilha, de propriedade da avó de Filipe, um de seus colegas, Augusto, que se dizia incapaz de se apaixonar por muito tempo apenas por uma mulher, faz uma aposta com Filipe: se ficasse apaixonado por uma jovem durante quinze dias ou mais, assumiria o compromisso de escrever um romance contando tal paixão. Nos dias em que fica na ilha, sente-se atraído pela simpatia de Carolina, a Moreninha, irmã de Filipe.

O tempo passa e Augusto volta outras vezes á ilha ara visitar a moça. Apesar de apaixonado por ela, confessa-lhe que está preso ao juramento de fidelidade feito a uma menina, quando tinha 13 anos, mas cujo nome desconhece e de quem nunca mais teve notícia. O amor por Carolina, entretanto, supera esse compromisso e ele está disposto a casar-se com ela. 

No final, para a resolução feliz do aparente conflito, descobrem que eles são as duas crianças que juraram fidelidade muitos anos atrás. Augusto ganha o amor de Carolina, mas perde a aposta com Filipe. Quando lhe perguntam sobre o romance que irá escrever, ele responde que já está pronto e que se chama A Moreninha.

Personagens principais:

Carolina, A moreninha: É uma jovem garota que se torna a paixão de Augusto. “Uma terceira de quatorze anos... moreninha, que, ou seja, romântica ou clássica, prosaica ou poética, ingênua ou misteriosa, a de por força ser interessante, travessa e engraçada”.

Augusto: Um jovem romântico estudante de medicina. “Serei incorrigível, romântico ou velhaco, não digo o que sinto, não sinto o que digo, ou mesmo digo o que não sinto; sou, enfim, mau e perigoso, e vocês inocentes e anjinhos”.

Personagens que compõe a obra:

Rafael: Escravo criado de Augusto “... o bom Rafael, que era ao mesmo  tempo seu cozinheiro, limpa-botas, cabeleleiro e moço de recados e... e tudo mais que as urgências mandavam que ele fosse.”

Tobias: Escravo e criado de D. Joana “dois olhas belos, grandes, vivíssimos e cuja esclerótica era branca como o papel em que te escrevo, com lábios grossos e de nácar, ocultando duas ordens de finos e claros dentes, que fariam inveja a uma baiana;”

D.Quinquina : Moça namoradeira “ é meiga, terna, pedibunda, e mostra ser muito modesta.”

D.Clementina: Uma da moças que estavam presentes na casa nas comemorações do dia de Sant’ana.”Dois olhos vivos e perspicazes e um sorriso que lhe está tão assíduo nos lábios, como o copo de vinha nos do alemão”.

D. Ana: Dona da casa na ilha e avó de Felipe. ”É uma senhora de espírito e alguma instrução. Em consideração aos seu sessenta anos, ela despensa tudo quanto se poderia dizer sobre seu físico”.

Felipe: Estudante de medicina e amigo de Augusto.

Leopoldo: Estudante de medicina e amigo de Augusto.

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