A Memória do Jornalismo Mineiro
Por: Victor Pinheiro Louvisi • 22/4/2020 • Artigo • 1.917 Palavras (8 Páginas) • 184 Visualizações
Projeto: Memória do Jornalismo Mineiro
Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte
- Introdução
Cada vez mais, os grupos sociais estão preocupados em preservar sua memória e sua história. Isso acontece por meio de instituições, empresas, universidades, sindicatos ou até mesmo por pequenos grupos ou por ações individuais. A memória pode ser vista como integrante da sociedade, sendo parte indissociável do ser humano e de sua rotina, pois é através dela que evocamos experiências passadas, refletimos sobre o presente e projetamos o futuro. A memória é parte importante na formação de identidades.
Apesar de vivermos numa época de efemeridades, onde os acontecimentos sociais são esquecidos diante de novos acontecimentos, a preocupação com a preservação da memória tem sido um tipo de reação à sociedade atual, onde as transformações são muito rápidas e aceleradas. Sendo assim, muitos grupos sociais têm procurado preservar sua história através do recolhimento de acervos, de registros orais, de pesquisa histórica, da difusão de suas coleções entre outras atividades, pois é através dessas ações que é possível a preservação da memória dessas coletividades.
Além da importância da preservação da memória do jornalismo mineiro, o projeto pretende ser mais uma fonte de pesquisa incentivando outros trabalhos. É uma tentativa de registrar sistematicamente depoimentos dos jornalistas que construíram a história do jornalismo mineiro e brasileiro e que guardam informações importantes sobre os fatos que, diretamente, testemunharam ao longo de suas vidas profissionais. Por isso a importância dos registros audiovisuais e da pesquisa ser fundamentada principalmente na história oral.
O jornalismo mineiro, ao longo dos anos fortaleceu sua atuação no cenário nacional, sendo reconhecido como um celeiro de importantes jornalistas. Desta forma, este projeto documentará a história dos jornalistas, preservando sua memória e ajudando a fortalecer a identidade profissional. É nesse sentido que pretendemos dar continuidade ao Projeto Memória do Jornalismo Mineiro com o intuito de preservar a história desse importante grupo social.
Outro ponto que merece destaque, é a produção de informação em formato audiovisual tem aumentado velozmente, o que torna necessária a sua organização, a sua recuperação e a sua preservação. “Em uma visão mais ampla, podemos dizer que precisamos organizar para poder compreender o mundo e nos comunicarmos melhor.” (CAFÉ; SALES, 2010, p. 117). Entretanto, organizar a informação não é uma das tarefas mais simples, até mesmo porque a informação é entendida como tal dentro de uma visão em que o histórico, o social e o cultural são determinantes. Por outras palavras, a informação só se faz dentro de um sistema simbólico e de significação que tem sentido em conformidade com a sociedade que a produz, quer dizer, o seu contexto.
A sociedade contemporânea como um todo tem sido afetada pela produção exponencial de conteúdo audiovisual, principalmente em formato digital. Vários seguimentos da sociedade têm se perguntado quais são as melhores maneiras de preservar documentos audiovisuais digitais, que tem se mostrado de difícil preservação. As instituições museológicas também estão sendo afetadas por esse problema, pois muitas delas são detentoras e produtoras de conteúdos audiovisuais. Além de enfrentarem esses problemas, ainda precisam cuidar de coleções em outros formatos, como: filmes em película, videográfico, fitas K7, discos de vinil etc.
- Memória do Jornalismo Mineiro
O projeto começou em 1981, numa parceria entre o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, a Pontifícia Universidade Católica e Centro de Referência Audiovisual, atual Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS-BH). Na primeira fase do projeto foram coletados depoimentos dos jornalistas Celius Aulicus, José Mendonça, Edgar da Matta Machado, João Etienne Filho e Aires da Matta Machado. O material resultante deste trabalho foi uma publicação, além de material audiovisual.
Em 1995, o projeto foi retomado e seguiu a mesma linha de atuação recolhendo depoimentos de jornalistas através de material audiovisual e com a publicação de um livro. Foram recolhidos depoimentos de profissionais de diferentes veículos de comunicação e com atuação destacada nos anos 1940, como: Ney Octaviani Bernis, Maria de Lourdes Boechat Cunha, José Bento Teixeira Salles, Anis José Leão. Também foi entrevistado o jornalista Lindolfo Espechit que atuou nos anos 1920 e 1930.
Atualmente, a proposta é dar continuidade ao projeto recolhendo novos depoimentos de jornalistas de vários veículos de comunicação e dos profissionais que trabalharam nas fases anteriores do projeto.
As gravações foram registradas em formato de VHS, que atualmente está sendo digitalizado.
A lista dos entrevistados.
Projeto Memória do Jornalismo Mineiro. O fundo é composto por 103 fotografias (ampliações), 456 negativos e 240 provas-conta, totalizando 799 imagens. Há imagens coloridas e em preto e branco. Há também no fundo acervo videográfico. As imagens são de jornalistas e do lançamento de uma das publicações. As imagens não têm identificação de autor, pois muitas são reproduções de fotografias de família.
Edgar da Mata Machado e Aires da Mata Machado | 6 fotografias |
Celius Aulicus | 12 fotografias |
João Etienne Filho | 80 fotografias |
José Mendonça | 4 fotos |
Lery Freyre | 77 negativos |
Data | Tempo | |
Léa Delba. Fita 19. Hi8 e VHS | 15/10/1997 | 3h e 40 minutos |
Debates na Casa do Jornalista: 1 - Hélio Silva; 2 - Célio de Castro. VHS. | 04/06/1905 | 59 minutos e 10 segundos |
José Mendonça. Fita 2. | Sem data. | |
Celius Aulicus Gomes Jardim. Fita 3. VHS. | Sem data | 2h e 4 minutos |
Edgar Godói da Mata Machado. Fita 4. VHS. | Sem data | 2h 17 minutos |
Aires da Mata Machado. Fita 5. VHS. | 13/01/1982 | 1h e 39 minutos |
João Etienne Arreguy Filho. Fita 6. VHS. | 27/09/1982 | 2h 51 minutos |
Maria de Lourdes Boechat. Fita 07 A. VHS | 06/08/1995 | 1h e 54 minutos |
José Bento Teixeira de Salles. Fita 08. Fita 10. VHS. | 14/12/1995 18/12/1995 | 2h e 3 minutos 3h 35 minutos |
Geraldo de Oliveira Simões (Faísca). Fita 11, 12 e 13. VHS. | 13/12/1995 15/12/1995 16/12/1995 | 1h 42 minutos 1h 32 minutos 1h 32 minutos |
Salomão Borges. Fitas 13 1º Parte, Fita 14 2º Parte e Fita 16 3º Parte. Hi8 | 27/02/1996 03/03/1996 17/04/1996 | 2h e 2 minutos 2h e 2 minutos 2h e 3 minutos |
FITA 17. Gerson Sabino Hi8 | 11/04/1996 | 1 h 10 minutos 55 minutos |
Fita 18. Michel Aouagui. Formatos Hi8 e VHS | 25/05/1996 | 1h 15 minutos |
FITA 19 Lindolpho Espechit. Fita 20. Formato VHS | 13/05/1996 | 1h 31 minutos |
Ney Ottaviani Bernis. Fita 21 Formato Hi8 | 28/11/1996 | 1h 20 minutos |
Adelchi Ziller. Fita 23. Formato Hi8 | 11/11/1997 | 55 minutos |
Conferência proferida por José Mendonça na Comemoração dos 75 anos da AMI. Fita 24 Formato Hi8 | 28/05/1996 | 1h 58 minutos |
José Maria Rabelo. Fita 25 A COLOR Fita 3 25 C. José Maria Rabelo; COLOR Hi8 Fita 4 / 25 D COLOR Fita 5 / 25 E Hi8 | 18/07/1997 | 1 h 42 minutos |
Fábio Martins. Fita 26. Formato Hi8 | 07/10/1997 | 1h 47 minutos |
Solenidade de Abertura do Memorial da Associação Mineira de Imprensa. Fita 27. Fita 27 A. Fita 27 B. Fita 27 C. Formatos Hi8 e VHS | 18/07/1997 | 40 minutos 1h e 35 minutos. 30 minutos 25 minutos |
IV Etapa do Memorial da Associação Mineira de Imprensa. Fita 27 D.Color HI8 | ||
Cartunista Nilson. Fita 28.15/12/1997. Formato Hi8 | 23/04/1998 | 1h 52 minutos |
João Etienne Filho. Fita 29 A Fita 29 B Fita 29 C Formato VHS | 06/12/1993 10/12//1993 e 27/12/199301/02/199427/12/1993 | 1h 50 minutos2h e 2 minutos 1h e 59 minutos |
João Etienne Filho. Fita 29 D 01/02/1994 e 02/02/1994 Fita 29 E Color VHS | 1h 48 minutos 1h 46 minutos | |
José Aparecido AMI fita 30 175 anos da Imprensa Mineira. AMI.; | 18/09/1998. 13/10/1998 | 1 h 40 minutos20 horas (?) |
Salomão Borges (?). Color VHS | Sem data | 38 Minutos |
Debates na Casa do Jornalista. Color VHS ? | Sem data |
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