A Propaganda Sustentável
Artigos Científicos: A Propaganda Sustentável. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: wessbrito • 18/9/2013 • 2.766 Palavras (12 Páginas) • 409 Visualizações
A propaganda sustentável
A grande farra consumista desencadeada a partir da revolução industrial, potencializada com o avanço tecnológico dos meios de produção e a globalização vão custar caro ao planeta que nos abriga. A poluição dos mares e rios, devastamento das florestas, saturação do ar com gases nocivos a saúde planetária irão certamente desencadear mudanças climáticas brutas, tranformando a configuração atual do planeta e trazendo consequências desastrosas para todas as espécies que habitam o planeta Terra.
Nesse texto, iremos propor uma nova configuração para a publicidade e também uma visão política e social que remeta a sustentabilidade*. Apontaremos algumas das diversas razões que impedem o consumismo de continuar crescendo e sendo exposto nos meios de comunicação de massa, através da publicidade predatória.
Quando citarmos “ética” estaremos definindo-a como conduta verdadeira, um conjunto de normas que visa o bem acima de tudo.
* sustentabilidade pode ser definida de diversas formas mas remete a uma única idéia de atender as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender as suas próprias necessidades.
Segunda parte:
Modelo atual da publicidade:
O modelo padrão da publicidade é extrememente malicioso por conseguir atrair o desejo humano para si, para os produtos que desejam vender. Atualmente estamos acustumados a assistir publicidades agressivas quase que o tempo todo e em todo lugar com o mesmo padrão.
A publicidade é apenas um canal de todo o sistema baseado no consumismo, não é a vilã principal da busca incessante para o lucro, mas é o canal que liga os interesses dos acionistas das grandes multinacionais a todas as pessoas, através dos meios de comunicação.
Sociedade do consumo:
Nossa sociedade é chamada de “sociedade do consumo” porque consumir se tornou uma atividade cotidiana que foi além da suposta idéia inicial de satisfazer necessidades para se tornar uma doença global.
O consumismo não existiria sem a publicidade, ferramenta fundamental para influenciar padrões de consumo, formar estilos de vida, e “ser alguém” passa a estar associado a posse de determinados produtos e uso de determinados serviços. Tudo que consumimos gera resíduos que podem ser absorvidos pela natureza, assim foi por milhares de anos, mas após a revolução industrial a imensa quantidade de lixo gerada pelo consumismo ultrapassou em muito a capacidade do planeta de absorver os resíduos gerados pelo homem. Ano após ano a produção fora impulcionada pela ganância de muitos e hoje nos encontramos em um mundo em crise. André Trigueiro, em seu livro “Mundo Sustentável” resume bem o que um modelo sustentável necessita: “Sustentabilidade requer coragem, porque estamos falando de uma nova cultura política, de um novo modelo de gestão e de novos parâmetros para o desenvolvimento”. Mudanças em todos os campos serão necessárias.
Segundo definição em dicionário consumir significa:
Fazer desaparecer pelo uso ou gasto. Gastar; devorar; destruir. Corroer; apagar (com o tempo). Comer; beber. Dissipar. Fig. Mortificar, ralar. Relig. Catól. Comungar (falando da hóstia). Publicidade enganosa ou abusiva – o que diz a lei Artigo 37 do código de defesa do consumidor (lei 8.078/90)
1. “É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de carater publicitário interira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir a erro o consumidor a respeito da natureza, caracteristicas, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.”
2. “É abusiva a publicidade discriminatória de qualquer natureza, que incite a violência, explore o medo e a supertição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança.”
A lei acima é bem clara quanto as restrições a publicidade em território nacional, porém não é aplicada. A publicidade infantil desperta desejos incontroláveis nas crianças, de modo que vão fazer de tudo que seja possivel para conseguir suprir os desejos incitados pela publicidade. Por exemplo, uma criança que assisti a um determinado programa ou comercial que deseja despertar nos telespectadores a vontade de consumir o que está sendo exibido, como um carro usado pelo super herói que encontra-se disponivel como brinquedo nas lojas, com certeza vai pedir aos pais para que comprem tal produto. Muitos dos pais não tem condição financeira para bancar o sonho de consumo das crianças, o que causará desapontamento da criança junto aos pais, pois crianças não julgam ou tem experiência para julgar quanto relevante é possuir tal produto. Essa criança que teve sua vontade renegada irá pedir para quem puder, tia, irmão, avós para que comprem o produto e caso não consiga obtê-lo irá ficar descontente com sua situação causando distúrbios familiares que podem se complicar gerando graves crises da familia, fenômeno cada vez mais comum na sociedade atual.
A publicidade infantil é um crime contra a ética por ser covarde e formadora de opiniões . A publicidade infantil visa incentivar a criança a cobrar consumo aos pais de maneira automática, não tendo capacidade de refletir aos impulsos externos:
“É abusiva a publicidade discriminatória de qualquer natureza, que incite a violência, explore o medo e a supertição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança mente os de origem predatória, que visam capturar e atrair consumidores.
É importante atentar o trecho da lei citada acima que proibe a publicidade “capaz de induzir a erro o consumidor a respeito da natureza, caracteristicas, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.” Não é citado a criação de valores inalcançaveis, o maior recurso da publicidade, que traz o consumidor para si agindo como um “imã” no imaginário. A lei se refere apenas a natureza, caracteristicas, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. O recurso então pode ser usado livremente. Esse “recurso” é o que incita o consumo indiscriminado e consequentemente a degradação do meio ambiente. A lei deve estar atenta aos interesses do meio ambiente a frente dos interesses humanos, pois somos uma espécie que depende do planeta, sua vitalidade
...