A Psicopedagogia E A Educação
Dissertações: A Psicopedagogia E A Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alexkuhim • 28/11/2014 • 1.415 Palavras (6 Páginas) • 205 Visualizações
FACULDADE BATISTA BRASILEIRA
ALEX KUHIM
AÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA ESCOLA
SALVADOR
2013
FACULDADE BATISTA BRASILEIRA
ALEX KUHIM
AÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA ESCOLA
Resenha apresentada à Disciplina de Funda-mentos da Psicopedagogia, como requisito parcial da Pós-Graduação Lato Sensu em Psi-copedagogia Clínica e Institucional.
Orientador(a): Profª. Ósia Matos
SALVADOR
2013
RESENHA CRÍTICA
A ação psicopedagógica na instituição escolar tem-se tornado cada vez mais neces-sária devido à sintomatologia social expressada por vezes em sala de aula, outras vezes no convívio escolar geral. O fracasso escolar é identificado, na grande maioria dos casos, como consequência da dificuldade de aprendizagem. Neste sentido, observa-se a possível ação in-fluenciadora de pais e educadores na construção de sintomas dificultadores de aprendiza-gem escolar, pautados na defasagem pedagógica e em ações coercitivas.
Uma parte da responsabilidade sobre tais circunstâncias pode ser facilmente elen-cada com a falta de psicopedagogos nas instituições, cenário que aos poucos tem sido mu-dado com o crescimento e o esclarecimento da importância do psicopedagogo na sociedade.
Entretanto, a ação psicopedagógica não se limita a cuidar da psicopedagogia no âmbito institucional, mas sim de propor um plano de ação que articule as novas e efetivas técnicas de aprendizagem com a necessidade particular e coletiva dos aprendentes.
É preciso modificar a postura de toda comunidade educativa. E mais que isso, se-gundo Barbosa e Souza (2010, p.22), “Colocar o sujeito em ação no mundo a ser conhecido e aprendido, com o cuidado para que para que esta ação seja do sujeito, é o que nos permite diferenciar a ação psicopedagógica de outras ações que tem sido confundidas com a práti-ca”.
Desta forma, o sujeito cognoscente é capaz de correlacionar os processos de apren-dizagem e desenvolver seu próprio mundo conhecido, criado e aprendido. Esse “Eu” é capaz de se reconstruir e se vincular com os processos de aprendizagem. Para SILVA (1998, apud BARBOSA e SOUZA, 2010), “É o modo de agir do eu cognoscente frente ao objeto, no pro-cesso psicopedagógico, que permite que ele se ressignifique como sujeito capaz, criativo, in-teressante e autônomo”.
Pensando sobre essa perspectiva, observa-se que o trabalho do psicopedagogo e sua ação transformadora, é por vezes confundida com princípios morais e valores sociais próprios do agente psicopedagogo. Essa mescla, apesar de necessária e fundamentalmente impossível de ser transponível deve ser tratada com todo o cuidado e atenção, pois não pode ser instrumento de difusão ou indução de crenças próprias e interpretações individualizadas.
Nesse sentido, apesar de sua grande contribuição para o avanço da psicopedagogia, o mestre Içami Tiba, em palestra realizada em 2009 para o programa “Sempre um Papo”, declarou aos 06:41-54 seg. que “a compreensão, aceitação, é um passo do perdão. Então, um criminoso, se eu compreendo-o, o perdoo, eu alimento o crime”, comete um grande equívoco ao fazer tal afirmação, pois, fica evidente a confusão de conceitos proferidas pelo Dr. Içami Tiba, haja vista que os conceitos de compreensão, perdão e punibilidade estão embaralhados em sua explanação.
Assim, torna-se imprescindível reavaliar tais declarações, pois, para o aprendente, seja qual for sua condição e realidade, é fundamental o descartar de seus sobrepesos da psi-que. É sabido que na anamnese psicopedagógica os relatos de maus tratos, opressão, abusos dos mais variados e despersonificação do indivíduo em sua autovalorização são constantes. Dessa forma, acreditamos que para que o processo de ressignificação seja iniciado é funda-mental e basilar que os conceitos de compreensão, perdão e punibilidade fiquem claros e sejam objeto de trabalho do aprendente.
Divergentemente do conceito do senso comum, tão rebatido por Aristóteles, o en-tendimento sobre compreensão não aponta para uma negativa criminal ou de ato infracio-nário, mas sim, para uma capacidade necessária a todos que vivem, pois, a compreensão dos fatos, por piores que sejam, são norteadores para um equilíbrio psicossocial.
De outro lado, o conceito de perdão é mais profundo e mais importante que o da compreensão, pois, é a capacidade de perdoar que permite o homem comum superar seus traumas e seguir adiante. Nos fatores neurológicos, é sabido que as doenças psicossomáti-cas, em sua grande maioria provocada por sentimentos negativos – tendo como principal representante a falta de perdão, que é irmão siamês da mágoa e do ressentimento, são ca-pazes de produzir as mais diversas e severas enfermidades físicas. Segundo o site Brasil Escola :
As doenças psicossomáticas podem exercer ação na saúde do corpo de maneira in-tensa. A hipófise, uma glândula que possui ligação com a região do hipotálamo no cérebro, é a responsável pelo mecanismo que desencadeia a doença, uma vez que ela produz hormônios que controlam todas as funções do organismo.
As emoções e sentimentos mais fortes são percebidos pelo hipotálamo, estas emo-ções alteram as funções do hipotálamo e sua conexão com a hipófise. As doenças respiratórias, de pele, circulatórias e gastrointestinais causadas ou agravadas pela tensão nervosa são resultados desta alteração. Sendo assim, pode-se dizer que as doenças psicossomáticas têm componente psíquico, a manifestação de doenças orgânicas é ocasionada por problemas emocionais.
Este mesmo site apresenta uma lista contendo algumas enfermidades que apre-sentam origem nas emoções negativas como, por exemplo: Esquizofrenia, transtornos es-quizotípicos e transtornos delirantes; Transtornos do humor [afetivos]; Transtornos neuróti-cos, transtornos relacionados com o estresse e transtornos somatoformes;
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