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A Sociologia Geral

Por:   •  16/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.399 Palavras (10 Páginas)  •  224 Visualizações

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1. Introdução

Os sociólogos falam em estratificação social para descrever as desigualdades que existem entre indivíduos e grupos nas sociedades humanas. Em África este conceito, poderá talvez afirmar-se, é elevado ao extremo, mercê da enorme variedade étnica existente, das condições políticas e das relações sociais que se desenrolam no seio de cada etnia, vulgo “tribo”, e entre cada etnia, num contexto mais abrangente, Moçambique não é excepção devido às etnias que coabitam dentro das suas fronteiras.

No entanto a estratificação social que se pretende analisar no âmbito das desigualdades e das diferenças, não se prende só pelo facto de existirem traços distintivos étnicos entre os vários povos moçambicanos, mas também por outras razões como a divisão da sociedade em camadas ou estratos que, em análise, implicam factores externos à sua convivência, em suma: os problemas sociais em África, mais concretamente em Moçambique, tal como as desigualdades baseadas no género, na idade ou em termos de riqueza, propriedade e acesso a bens materiais e a produtos culturais. Pretendem-se assim explorar os vários aspectos das relações sociais entre os vários povos de Moçambique, bem como o seu relacionamento intracomunitário.

2. Objectivos

2.1. Objectivo Geral

 Analisar os factores sociais referente a fenómenos que ocorrem dentro de uma sociedade e que sejam gerais e com interesse social em Moçambique.

2.2. Objectivos Específicos

 Identificar os factores sociais que ocorrem dentro da sociedade Moçambicana;

 Avaliar O Crime como um dos Factor Social de Moçambique, assim como a Teoria de Desorganização Social, a teoria que a sustenta;

 Avaliara a Pobreza como um dos Factor Social de Moçambique, sem se esquecer da teoria que a sustenta a Teoria de Chicago

3. Fundamentação Teórica

3.1. Menção de Facto Social

A sociologia quando se definiu como ciência indicou como seu objecto de estudo o chamado facto social que pode ser definido objectivamente como sendo: toda maneira de sentir ou agir, fixa ou não que seja susceptível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior que seja geral numa determinada sociedade, tendo uma existência própria independentemente das manifestações individuais que possa ter.

De forma simples ou elementar facto social refere-se a fenómenos que ocorrem dentro de uma sociedade e que sejam gerais e com interesse social. Foi um termo introduzido por Émile Durkheim, considerado um dos fundadores da Sociologia. O facto social para assim poder ser considerado possui determinadas características tais como: generalidade, exterioridade, e coerção. Generalidade: quer dizer que o acto é praticado por todos os membros daquela sociedade em concreto, Exterioridade: o acto existe fora do indivíduo, pois não depende deste, Coercibilidade: o acto se impõe ao indivíduo de modo que este é obrigado a fazer sem questionar.

Existem actos que assim podem ser considerados e outros não mesmo que ocorram na sociedade, tal como dormir, beber água, chorar que apesar de acontecerem na sociedade não podem ser assim classificados. Um exemplo de facto social que podemos dar é postar-se sentido e em pé a quando da entoação do hino nacional dum país, este acto é geral (generalidade) porque todos os membros de tal sociedade assim o fazem, é exterior (exterioridade) porque está fora do indivíduo e não depende da sua vontade e por fim é coercivo (coercibilidade) por obrigar ou levar com que o indivíduo proceda de um modo que do contrário não seria possível e portanto o obriga.

3.2. Factos Sociais da Realidade Moçambicana

Os dois (2) factores sociais da realidade social moçambicana são: O crime e a pobreza.

3.2.1. O Crime como Factor Social

O crime é algo que podemos encontrar em toda e qualquer sociedade no mundo, sendo que a diferença está no facto de que o mesmo apresenta uma morfologia que varia segundo a sociedade e tempo concreto.

Vários são os pensadores que se têm debruçado a volta desta questão tanto dentro e fora da Sociologia. Efectivamente, as abordagens sobre o crime iniciaram a já bastante tempo o que deu origem a criminologia que é vista como sendo a ciência que se ocupa do estudo científico do crime, buscando perceber aspectos tais como suas causas, as vítimas, controle social sobre o acto considerado criminoso, a personalidade criminosa e bem como as formas de ressocializar o criminoso.

A criminalidade global atinge seriamente Moçambique. De acordo com um estudo recente de Peter Gastrow e Marcelo Mosse (2002), os grupos criminosos que constituem a maior ameaça para Moçambique parece serem aqueles que estão envolvidos no tráfico de drogas e no crime organizado transnacional. Tais grupos e as suas redes não estão confinados a Moçambique, mas estende-se a outros países, incluindo Portugal, Paquistão, Brasil, os Emirados Árabes Unidos, Dubai e a Africa do Sul.

Segundo o estudo, o crime organizado em Moçambique manifesta-se de diversos modos dos outros países, por causa das suas características sociais e culturais especificas.

Entre os mais proeminentes desses grupos e redes figuram os que estão ligados a:

a) Ao tráfico de drogas;

b) A lavagem de dinheiro;

c) Ao roubo de viaturas automóveis;

d) Ao tráfico de armas; e

e) Ao tráfico de órgãos humanos.

Contudo, a teoria sociológica que explica este fenómeno é a Teoria de Desorganização Social

 Teoria de Desorganização Social

Representa uma abordagem sistémica tendo como enfoque as comunidades que constituem uma rede de relações várias entre indivíduos e que contribuem para o processo de socialização dos seus membros. Assim, a organização e desorganização social contribuíam para inibir ou facilitar o controlo social. Nesta perspectiva, o crime resultaria da ocorrência

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