A Sociologia da Indústria e do Trabalho
Por: LipC16 • 21/12/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 593 Palavras (3 Páginas) • 85 Visualizações
Universidade Estadual de Montes Claros
Curso de Engenharia Civil - 4º Período
Sociologia da Indústria e do Trabalho
Professora: Daliana Antônio
Acadêmicos: Caio Filipe Oliveira Silva e Kassandra Crystine Amaral Brandão
Depois da crise do fordismo, o modelo produtivo foi substituído pelo Toyotismo que ergueu a economia do Japão, seu país de origem. O Toyotismo foi um modo de produção caracterizado pela flexibilidade e produzia de acordo com a demanda de mercado. O modelo previa a desconcentração industrial, ou seja, as indústrias se localizavam em vários lugares, diferentemente do fordismo, onde as fábricas ficavam concentradas em um mesmo lugar. Algumas características importantes do Toyotismo são: Fabricação sob demanda, investimento em tecnologia, mão de obra multifuncional e devidamente qualificada, produção Just in Time (produzir o necessário, no tempo adequado e com qualidade).
Apesar dos aperfeiçoamentos, com o desenvolvimento do capitalismo e a necessidade de se conseguir empregos, o Toyotismo também trouxe uma maior disputa para o mercado de trabalho. O empregado, necessita procurar meios de se qualificar para conseguir estar no topo da hierarquia trabalhista. Conquanto, a discrepância entre as classes sociais não disponibiliza as mesmas oportunidades para todos, assim sendo, cidadãos da classe baixa e média precisam, a partir dos meios que se encontram, buscar uma forma de qualificação, apesar do pouco que lhes é fornecido. Nesse viés, vê-se como a capitalização traz consigo uma exclusão social. Para se conseguir uma oportunidade de mudança de realidade, é necessário esforços muitas vezes radicais.
O Toyotismo foi aplicado na fabricação dos automóveis da Toyota, tendo herdado o nome. O modelo se firmou mesmo na década de 1960, já que a partir daí se espalhou por empresas no mundo todo. Com flexibilização da produção de automóveis, a Toyota se tornou a maior montadora do mundo. Aplicando o Sistema do Toyotismo em todas a suas frentes de produção, o Japão se tornou uma das primeiras economias mundiais. Hoje ele é um país rico, organizado, com tecnologia de ponta em vários produtos exportados mundialmente. O sistema flexível da Toyota foi especialmente bem-sucedido em capitalizar as necessidades do mercado consumidor e se adaptar às mudanças tecnológicas. Ao mesmo tempo que os veículos foram adquirindo maior complexidade, o mercado foi exigindo maior confiabilidade e maior oferta de modelos. A Toyota necessita hoje de quase metade do tempo e investimento de um produtor convencional para lançar um novo veículo. Por outro lado, enquanto as fábricas da Ford e General Motors procuram produzir um modelo por planta, as da Toyota fazem dois ou três. O tempo médio de permanência dos modelos no mercado também é diferente: os carros japoneses têm um ciclo de vida inferior à metade do ciclo de vida dos carros americanos. Sob o aspecto distribuição, os japoneses também inovaram, transferindo para a rede de vendas o conceito de parceria utilizado com os fornecedores e construindo, com isso, uma relação de longo termo. Conseguiu-se, assim, integrar toda a cadeia produtiva, num sistema funcional e ágil.
Além da Toyota, um exemplo de Toyotismo aplicado no Brasil é uma empresa sistemista de autopeças de capital transnacional, situada na região de Campinas, interior do Estado de São Paulo, que sofreu alterações na organização do trabalho na empresa, como as novas exigências de qualificação profissional e educacional, articuladas aos métodos gerenciais de avaliação dos trabalhadores nos processos de contratação e promoção, o que resulta numa aproximação entre gerências assalariadas e operariado, mediante a qual a lógica da acumulação capitalista transcende o nível das relações entre as empresas nas cadeias produtivas (matrizes e filiais; clientes e fornecedoras), para se instalar nas relações entre os próprios assalariados no ambiente de trabalho.
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