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Trabalho De Sociologia

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Por:   •  27/5/2013  •  1.972 Palavras (8 Páginas)  •  582 Visualizações

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1 - O conceito Karl Marx da mais-valia pode ser compreendido da seguinte forma:

O operário só possui sua força de trabalho. Ele a oferece como mercadoria ao burguês (dono dos meios de produção), que a compra por uma determinada quantia em dinheiro (salário) para fazê-lo trabalhar durante um certo período de tempo; 8 horas por dia, por exemplo. A partir do momento em que a compra, a força de trabalho do operário passa a pertencer ao burguês, que dispõe dela como quiser.

O custo de manutenção da força de trabalho (operário, máquinas) constitui seu valor; a mais-valia é a diferença entre o valor produzido pela força de trabalho e o custo de sua manutenção.

Por exemplo. Suponho que um operário seja contratado para trabalhar 8 horas por dia numa fábrica de motocicletas. O patrão lhe paga 16 reais por dia, ou seja, 2 reais por hora, o operário produz duas motos por mês. O patrão vende cada moto por 3883 reais. Deste dinheiro, ele desconta o que gasta com matéria-prima, desgaste de máquinas, energia elétrica, etc.; exagerando bastante, vamos supor que esses gastos somem 2912 reais. Logo, sobram de lucro para o patrão 971 reais por moto vendida (3881 menos 2912 é igual a 971). Se o operário produz duas motos por mês, ele produz, na verdade 1942 reais por mês (2x971). Se, num mês, ele trabalhar 240 horas, produzirá 8,1 reais por hora (1942 dividido por 240 horas). Portanto, em 8 horas de trabalho ele produz 64,8 reais (8,1x8) e ganha 16 reais. A mais-valia é exatamente o valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho. Se sua força de trabalho vale 16 reais e ele cria 64,8, a mais-valia que ele dá ao patrão é de 48,8 reais. Ou seja, o operário trabalha a maior parte do tempo de graça para o patrão!

Das oito horas que o operário trabalha, ele só recebe 2 horas e seis minutos. O resto do tempo ele trabalha de graça para o capitalista. Esse valor que o patrão embolsa é o trabalho não pago.

Ao patrão o que interessa é o aumento constante da mais-valia porque assim seus lucros também aumentam. Para fazer isso, o capitalista usa algumas formas básicas: aumentando ao máximo a jornada de trabalho (“mais-valia absoluta”), de modo que depois do operário ter produzido o valor equivalente

ao de sua força de trabalho, possa continuar trabalhando muito tempo mais; esta forma de obter maior quantidade de mais-valia é muito conveniente ao capitalista porque ele não aumenta seus gastos nem em máquinas nem em locais e consegue um rendimento muito maior da força de trabalho. Era o método mais utilizado no começo do capitalismo. Mas não se pode prolongar indefinidamente a jornada de trabalho.

2 - Não. As desigualdades sociais não são naturais, não são sempre iguais e não dependem de Deus. Não é verdade que os que têm poder e riqueza assim o são porque merecem, porque são melhores que os outros e já nasceram com dom para mandar ou para serem ricos, enquanto os pobres nasceram fadados a pobreza e são pobres porque querem. A lógica das desigualdades sociais é bem mais complexa do que essas crenças.

Segundo Karl Marx as desigualdades sociais são produto de um conjunto de relações pautado na propriedade privada como fato jurídico e político. As desigualdades sociais manifestam-se na forma de apropriação e dominação, ou seja, num sistema de organização social no qual uma classe produz e outra se apropria do produto desse trabalho.

Assim, podemos afirmar, a partir de seu pensamento que as diferenciações sociais são fabricadas pelas relações econômicas, sociais, políticas e culturais, numa sociedade dividida em classes sociais distintas.

3 - Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, emissoras de televisão, cinema, jornais, rádios, revistas, sites de internet, propagandas, gravadoras de músicas e outras formas de entretenimento em geral, baseadas na cultura, visando o lucro que são elaborados de forma a aumentar o consumo, modificar hábitos, educar, informar, podendo pretender ainda, em alguns casos, ter a capacidade de atingir a sociedade como um todo. Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado.

A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário e idade. Os conteúdos

nela existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, o que tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se perceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa, levando-a a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo de argumentação.

No Brasil, a indústria cultural não é homogênea, pois foca temas, assuntos e culturas estrangeiras no lugar de ensinar e incentivar o interesse sobre a história e as tradições do próprio país. Infelizmente, a triste realidade brasileira é que são focados apenas objetos de compra e venda e não a propriamente cultura no qual esta se propunha. A produção realizada pela indústria cultural é centralizada no interesse lucrativo, o que impõe um determinado padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa pessoa de crítica rebaixada e de mente narcotizada.

Esta forma divertir-se significa não pensar e a individualidade do sujeito é substituída pela pseudo-individualidade, pois a “ubiqüidade, a receptividade, e a estandardização da indústria cultural, fazem da cultura de massas um meio de controlo psicológico inaudito”. (Wolf, 1985,75).

No sistema da indústria cultural, a mensagem de uma obediência irreflexiva é um valor dominante e avassalador: “A sociedade é sempre a vencedora e o indivíduo não passa de um fantoche manipulado pelas normas sociais.” (Adorno, 1954, 384, citado em Wolf, 1985).

Uma outra questão tratada por estes estudiosos do fenómeno da comunicação de massas, é da qualidade dos produtos da industria cultural, que “são feitos para impedir a atividade mental do espectador, se este não quiser perder os fatos que lhe passam rapidamente pela frente” (Horkheimer – Adorno, 1947, 137, citado em Wolf, 1985).

No acto da realização da música ligeira ou popular (objecto tratado com particular incidência por Horkheimer e Adorno, uma vez que o seu estudo foi conduzido dentro dos limites do sistema radiofónico comercial vigente nos Estados Unidos, nos anos 30 e 40), estava já planificada a forma como o ouvinte deveria reagir á musica, ou seja, tudo estava previsto

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