A Sociologia das Organizações

Exercício1_UnidadeII

1. Apresente um argumento prático para a seguinte afirmação: “Uma moeda desvalorizada reduz a capacidade aquisitiva (de compra) do dinheiro, ou, vendo de outro ângulo, eleva os preços”.

De acordo com Huberman, quando a troca era usada como método de comércio, caso, por exemplo, a colheita da uva fosse boa, e a do trigo má, seria compreensível que tivéssemos de dar mais vinho do que antes para conseguir igual volume de trigo. Ou seja, existido mais de um gênero em detrimento de outro, necessariamente, em razão da escassez de um versus a abundancia de outro, retribuirmos, na troca de um pelo outro, aquele que tem menos com mais daquele que tem mais.

Com o dinheiro, visto ser uma mercadoria como qualquer outra, ocorre o mesmo: tendo mais dinheiro no mercado do que as coisas pelas quais se pode trocá-lo, necessariamente teremos que despender mais dinheiro para adquirir em razão da sua abundancia frente a escassez dos produtos com os quais se quer permutar.

2. Como podemos avaliar o poder de compra dos artesãos do período tratado no nono capitulo do livro A História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman, e quais as consequências desse quadro para a sociedade da época?

Huberman menciona que os preços das mercadorias em 1600 eram mais de duas vezes superiores ao que foram em 1500, e em 1700 mais de três vezes e meia o que haviam sido quando a revolução dos preços teve início. Isso, na prática, acusava naquela sociedade uma depreciação em seu poder de compra, visto que antes podiam comprar certa quantidade de gêneros e com a revolução dos preços não mais.

Huberman relata que os trabalhadores, de outra forma, também sofreram nesse contexto, pois mesmo com o período de alta de preços os salários jamais acompanharam essa elevação de modo que na Inglaterra um camponês em 1495 podia, em 15 semanas, ganhar o bastante para abastecer sua casa por um ano e, em 1610, porém, não poderia comprar o mesmo volume de provisões nem que trabalhasse todas as semanas sem exceção.

Esse quadro, portanto, representava para o trabalhador a necessidade de apertar o cinto ou lutar por salários mais altos, para atender ao custo de vida maior, ou tornar-se mendigo – ocorre que tudo isso aconteceu naquela sociedade.

3. Podemos identificar exemplos próximos aos apresentados no nono capitulo do livro A História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman, num contexto mais recente/atual?

A agricultura mecanizada, que necessita de grandes extensões de terras e pouca mão de obra, acaba pressionado os pequenos proprietários a cederem suas terras por baixo preço frente a baixa competitividade que representam a esses grandes produtores.

Assim, esse pequeno produtor, desprovido de seu meio de sustento, acaba não sendo aproveitado no mercado rural, pela baixa absorção de empregados nesse meio, e se veem obrigados a tentar a sorte na cidade, muitas das vezes tendo que viver de subempregos.

4. Quais seguimentos têm sido expropriados de seus meios de produção em função do grande produtor?

O pequeno proprietário de terra que se vê obrigado e se desfazer de suas terras por conta da presença do grande produtor que é incentivado na produção de commodities; os indígenas que com o avanço da agricultura e de qualquer