A essência do regime democrático

ntigamente, não se sabia o que era democracia e, muito menos, o que era uma sociedade democrática. Um país era governado por apenas uma pessoa, um rei, e não se pedia a participação nem a opinião do povo para assuntos de governo do país. Contudo, ao longo dos tempos, esta situação foi-se alterando, através de revoltas, abolição de monarquias, implantação de repúblicas, golpes de estado… É óbvio que os contextos em que estas situações sucederam são muito diversificados, assim como as dinâmicas locais que lhes deram origem. É portanto impossível generalizar mas é um facto que, pelo menos nas sociedades ocidentais, a sociedade se tornou mais participativa, de um modo geral, e as democracias se instalaram, com todas as vantagens e desvantagens inerentes.

Vários são, porém, os países que não vivem numa democracia e onde os regimes totalitários continuam instalados. Podemos referir, por exemplo, Cuba ou o Zimbabué como sendo, talvez, os mais mediáticos mas não seguramente os únicos. Verificamos que a falta de liberdade nestes países impede as pessoas de se expressarem livremente e de saírem dos seus países, impedindo-as também de procurar melhores condições de vida para si e para as suas famílias.

Pode-se considerar uma sociedade democrática quando o povo exerce soberania, directa ou indirectamente sobre o governo. Sendo assim, quem governa o país é a sociedade que a ele pertence. Quando se vive num país democrático automaticamente pertencemos a uma sociedade democrática. Cada cidadão tem o seu papel na sociedade, portanto torna-se importante participar na democracia para que haja a melhor governação possível do país. Reconheço que a democracia está muito longe de ser um sistema perfeito mas acredito também que é o mais perfeito dos sistemas imperfeitos.

Acredito que o governo será tanto melhor quanto mais participativa e educada for a sociedade a que ele pertence.