A história da globalização
Artigo: A história da globalização. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: BrunaGalhiarde • 7/9/2014 • Artigo • 968 Palavras (4 Páginas) • 238 Visualizações
Apesar de o termo “globalização” estar, de uma maneira geral, associado às mudanças ocorridas no cenário mundial entre o final do século XX e o início do século XXI, é possível afirmar que se refere a um fenômeno cíclico, com picos “globalizadores” ao longo da história. Talvez a primeira grande onda da globalização tenha ocorrido durante o período das grandes navegações, que possibilitaram ligações comerciais entre continentes distantes.
A globalização como a conhecemos hoje tem suas raízes na época imediatamente posterior ao fim da segunda guerra mundial. Os maciços investimentos empreendidos por algumas nações, direcionados à manutenção da máquina de guerra, fincaram as bases do aparato tecnológico que possibilitou a expansão dos mercados, criando a chamada economia-mundo.
Os EUA emergiram da segunda grande guerra como potência econômica. Beneficiados pela concentração da tecnologia e pela capacidade econômica de financiar a reconstrução dos países arrasados pelo conflito, passaram a exercer forte domínio sobre boa parte do mundo, não alcançando a hegemonia global graças à bipolarização decorrente da divisão do poder mundial com a União Soviética. Surgida após a primeira guerra mundial em decorrência da revolução que depôs a monarquia czarista, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS lutou ao lado dos aliados na segunda guerra, pois havia sido invadida pelas tropas nazistas. Com a derrota do Eixo, coalizão composta, entre outros, pela Alemanha, Itália e Japão, a URSS, que à época já era uma potência industrial, garantiu influência sobre todo o leste europeu. Essa bipolarização deu origem à Guerra Fria, que duraria até 1991.
Após a queda do Muro de Berlim, em 1989, as condições para a rápida expansão capitalista no mundo estavam criadas. A partir de então o poder das corporações passou a ficar cada vez mais evidente em detrimento do poder dos estados nacionais. A adoção por muitos países de modelos econômicos liberais, sob a influência da doutrina implantada por Margaret Thatcher no Reino Unido, aliada ao avanço tecnológico nas comunicações e nos transportes, permitiu o surgimento da “aldeia global”. Estabeleceu-se a divisão internacional do trabalho, por meio da qual as corporações pulverizam etapas da produção de bens em diversos países, garantindo o maior lucro possível. Enquanto no passado a produção industrial se dava na metrópole, que obtinha a matéria prima a partir das colônias, no novo modelo a produção passou a ser feita nos países menos desenvolvidos para garantir menor custo de produção, devido principalmente à mão-de-obra mais barata. A prática muitas vezes leva à exploração desumana dos trabalhadores de países periféricos e garante a disseminação global dos produtos a preços competitivos.
Fonte: http://www.gaia.org.pt/
As consequências ambientais da globalização e da implantação da nova ordem mundial do pós-guerra são catastróficas. A crise ambiental que ameaça o futuro do planeta tem sua origem justamente na expansão capitalista promovida pela globalização. Para a economia globalizada continuar crescendo são necessários cada vez mais consumidores, ainda que não consumam sequer o mínimo necessário a uma vida digna. O aumento do consumo por aqueles que já dispõem do necessário para viver é uma necessidade constante, que é estimulada por campanhas publicitárias, mensagens subliminares e por um sistema que valoriza as pessoas pelo seu poder de compra e não pela essência de cada ser.
Planejamento familiar, soluções coletivas para aquisição de bens e serviços (incluindo o transporte coletivo), formas alternativas de produção, estímulo à produção familiar de alimentos, entre outros, contrariam a lógica do mercado global e por isso não são fomentados pelos governos e instituições públicas capturados pelas corporações. Para que essa máquina continue girando é preciso que se disseminem padrões de comportamento altamente consumistas.
Nessa esteira seguem estratégias altamente sofisticadas, como a chamada obsolescência
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