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A nova revolução industrial

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Por:   •  22/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.524 Palavras (7 Páginas)  •  243 Visualizações

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FAAP

Makers - A Nova Revolução Industrial

Tradução do original Makers: The New Industrial Revolution

Autor: Chris Anderson

Editora: Crown Business

ANÁLISE CRÍTICA

No livro Makers, Chris Anderson apresenta a sua visão sobre o impacto da internet e da comunicação pela web nas mudanças que estão ocorrendo no modelo industrial global. A idéia central da obra é apresentar o novo movimento Maker desencadeado com a popularização das máquinas de impressão 3D e de corte a laser, e de como esses elementos podem influenciar os modelos de produção, distribuição e financiamentos de projetos.

O movimento Maker é a versão mais tecnológica e técnica da cultura Faça-Você-Mesmo (FVM) ou, em inglês, Do-It-Yourself (DIY). Esta cultura moderna tem em sua base a idéia de que qualquer pessoa comum pode construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos com suas próprias mãos. É a combinação perfeita de inventar no âmbito local e produzir no âmbito global, com o apoio da fabricação digital de alta tecnologia, atendendo a mercados de nicho definidos pelo gosto, não pela geografia.

Nesse movimento, os empreendedores (ou makers), que com criatividade podem desenvolver ou aprimorar qualquer objeto, também se beneficiam da cultura de colaboração que surgiu com a disseminação da internet. Desde a facilidade de encontrar parceiros interessados em colaborar para o desenvolvimento de um novo produto, fornecer peças e insumos necessários para que um projeto seja concluído, a colaboração na web pode até mesmo encontrar gente disposta a financiar o desenvolvimento de novas idéias.

Assim, a partir da idéia central, o autor demonstra, de forma apaixonada, como os novos processos de fabricação estão mudando. Com a ajuda do design de código aberto e da impressão 3D, ao invés de comprar produtos industrializados, qualquer pessoa poderia fabricar o que precisa em sua própria casa ou em pontos de fabricação próximos à sua casa, causando efeitos importantes sobre o empreendedorismo, a inovação e a criatividade. Esse movimento prenuncia que estaríamos presenciando uma Nova Revolução Industrial.

De acordo com Anderson, esta nova revolução mudará o mundo da mesma forma que o computador pessoal quando surgiu. A combinação da fabricação digital com a fabricação pessoal mudará a indústria de produção em massa, que custa milhões, e evoluirá para um modelo de customização em massa, ou seja, essas novas tecnologias darão condições para que empreendedores atendam mercados de nicho oferecendo produtos e serviços que não são ofertados no mercado porque são específicos demais para uma grande empresa.

Além disso, para Anderson, os makers também se beneficiam da cultura de colaboração nascida com a disseminação da internet. Há facilidade de encontrar parceiros interessados em colaborar para o desenvolvimento de um novo produto e fornecer peças e insumos necessários para que um projeto seja concluído. Graças ao crowdfunding e ao financiamento social, os empresários já não dependem de investidores de risco ou de bancos para financiar o desenvolvimento de novas idéias.

O livro foi dividido em duas partes que o autor denomina “A Revolução” e “O Futuro”.

Na primeira parte, o autor faz uma interessante abordagem dos movimentos que caracterizaram as Revoluções Industriais – desde a 1ª. Revolução Industrial iniciada na Inglaterra - até o movimento atual. A era da informação, que combina computação e comunicações para gerar ganhos de produtividade e baratear processos liberando tempo para dedicação a tarefas mais criativas: a industrialização do movimento maker.

Foi a parte do livro que mais me agradou porque a correlação que o autor faz com a realidade histórica e os exemplos que utiliza tornaram tudo mais palpável, estimularam meu interesse pelo assunto e me fizeram vibrar com as possibilidades abertas pela tecnologia a favor do empreendedorismo. Apesar de já saber da existência das novas ferramentas digitais e tecnologia, eu ainda não havia dado a devida importância ao seu potencial como elemento de impacto nos movimentos da economia global.

Acredito, no entanto, que o cenário pleno desenhado pelo autor só será possível em países desenvolvidos, nos quais o acesso a tecnologia esteja disseminado de forma democrática. Nesses países, o movimento pode trazer uma nova forma de emprego que não existia antes favorecendo pessoas que participam de processos de inovação aberta, que produzem as próprias criações para vender pela internet sem sair de casa. Nesse caso, a tecnologia pode tornar a atividade empreendedora mais acessível a qualquer um, tornando a revolução uma realidade.

Em países como o Brasil, por exemplo, chega a ser uma utopia o cenário de industrialização do movimento maker no curto prazo. As limitações de acesso a tecnologia e ao uso da internet pela população em geral, ou melhor, o uso limitado a poucos precisa ser considerado como um impedimento à revolução desenhada pelo autor. Por isso, em minha opinião, faltou por parte do autor, considerar no livro algumas dificuldades e eventuais riscos à realização do seu cenário.

Feita essa ressalva, ainda assim reconheço que Chris Anderson tem razão no que se refere a novos modos de vida e trabalho no futuro. O uso das novas ferramentas tecnológicas trará, certamente, importante contribuição na produtividade das empresas e na forma de uso da mão de obra tradicional que terá mais tempo livre para criar. Mas será que isso implicará em menos empregos? Mudanças e avanços serão necessários na legislação sobre condições de emprego para fazê-la acompanhar a evolução tecnológica e dar maior liberdade aos empregados. Sou da opinião que efeitos positivos serão sentidos no setor de logística, uma vez que à medida que as impressoras evoluam

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