ACESSO E CONSUMO DE INTERNET BANDA LARGA DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
Artigos Científicos: ACESSO E CONSUMO DE INTERNET BANDA LARGA DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Niill • 23/9/2014 • 1.923 Palavras (8 Páginas) • 324 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 8
REFERÊNCIAS 9
1 INTRODUÇÃO
Na última década a economia brasileira passou por grandes avanços. É notável a melhora da qualidade de vida, reflexo do aumento da renda, da oferta de trabalho e consequente aumento do consumo. Isso tudo somado com as inovações tecnológicas, a internet, por exemplo, evolui numa velocidade espantosa, que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou como direito fundamental do ser humano.
Este trabalho tem o objetivo de levar a uma reflexão sobre a expansão da inclusão digital por meio da internet banda larga entre as famílias brasileiras. Vamos analisar também, como a sociedade vem reagindo às novidades tecnológicas e como essa inclusão digital afeta a vida das pessoas, das famílias e da sociedade como um todo. O que tem sido feito pelo Governo brasileiro na questão de inclusão digital. Ao final serão apresentadas sugestões de como superar a necessidade de adaptação a essa realidade digital. O trabalho foi desenvolvido sob uma perspectiva interdisciplinar, envolvendo as várias disciplinas do semestre do curso de Serviço Social.
2 DESENVOLVIMENTO
Com o aumento da renda do brasileiro, a redução do desemprego e a valorização do Real, associado às políticas públicas, criou-se uma nova classe de consumidores. Na pesquisa FGV (Fundação Getúlio Vargas) uma família é considerada classe C ou média quando possui renda mensal entre R$1.064,00 e R$4.591,00. Hoje a classe C é formada por 98 milhões de brasileiros, o que corresponde a 52,67% da população – responsável por injetar R$1,1 trilhão por ano na economia – têm como características, o emprego formal com carteira de trabalho, casa, carro, computador – a compra de produtos caros, inovadores e valorizados- tudo que possa promover maior bem-estar e conforto familiar, confere ao indivíduo uma sensação de pertencer ou fazer parte de um estilo de vida ideal e também uma forma simbólica da cultura material de expressar amor, zelo, dedicação, através de objetos – para isso usam longos parcelamentos e as facilidades de crédito.
Atualmente a sociedade se depara com uma infinidade de inovações tecnológicas e é quase impossível resistir a tantos apelos, pois todas essas novidades vêm com a proposta de facilitar o dia-a-dia das pessoas, tornando a vida mais prática, reduzindo distâncias e também para o entretenimento, tanto que o consumidor brasileiro é líder na compra de telefones celulares, TVs de alta definição, câmeras digitais e notebooks.
Com a melhoria de vida da maioria da população, a Internet passou a ter um papel fundamental para a sociedade, tornando-se ferramenta de comunicação entre as pessoas, organizações e governos. Por ser um meio de promoção da liberdade de expressão e forma de acesso à cultura e à educação, a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou em maio de 2011, o acesso à internet sendo direito fundamental do ser humano. A internet mudou as relações de consumo e trabalho. Hoje, pode-se comprar quase tudo que se imaginar, sem sair de casa e até mesmo trabalhar na própria residência.
Para entender essa corrida da nova classe média à Internet é necessário analisar as expectativas e motivações dessas pessoas. Os principais motivos são a educação e a ascensão social - os pais consideram o acesso à Internet uma fonte de compensação, complemento, informação e pesquisa, pois estão cientes da qualidade precária do ensino público, e também é um modo de oferecer aos filhos uma vida melhor, diferente daquela que tiveram.
Atualmente a internet permite assistir aulas de algumas das melhores universidades do mundo, como a Harvard e fazer cursos de graduação e pós-graduação através do sistema EAD (Ensino a Distância) de diversas universidades em todo o Brasil.
O domínio das tecnologias da informação e comunicação torna-se cada vez mais necessário à sobrevivência no mundo atual, principalmente para os jovens, que já não conseguem viver sem a web. Acessam diariamente a internet, trocam incontáveis mensagens com amigos pelo MSN, são dependentes do Google, fissurados no Orkut, Facebook, Twitter e Youtube. Essas redes sociais multiplicam as possibilidades de comunicação Não importa a classe social e a região que estejam, frequentam esses mesmos lugares, indistintamente. Para os jovens da classe A, a internet tem significado de autoexpressão e entretenimento. Já para os da classe C, a rede é um passaporte para ampliar sua inserção social e crescimento pessoal. A banda larga é comum em todas as classes, sendo o sudeste a região onde mais usam a rede todos os dias. Eles fazem downloads de músicas, baixam jogos, fazem pesquisas de escola, leem blogs e têm assinaturas de periódicos.
Em 2011 a internet banda larga esteve presente em 68% das casas do país, segundo dados da pesquisa realizada pela CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil). Segundo o Banco Mundial, o aumento de uso de banda larga resulta em crescimento da economia do país, a cada 10% de penetração da banda larga, o Produto Interno Bruto (PIB) do país pode crescer 1,38%.
O local utilizado para o acesso à web foi o domicílio e em segundo as lan houses. Já na área rural, a lan house tem a mesma relevância do domicílio e continua sendo importante para a inclusão digital. Nos lares rurais, 90% não possuem internet. Esse número chega a 79% dos lares no Nordeste.
Em relação às classes econômicas, 95% dos domicílios da classe D e E não tem acesso à web, enquanto essa proporção na classe A é de apenas 3%. Na área rural essa proporção é de 82%. E entre as pessoas com mais de 60 anos, esse número chega a 91%.
Esses dados mostram a necessidade em se ampliar a inclusão digital, que é a democratização ao acesso à tecnologia da informação, possibilitando a obtenção de conhecimento e a melhora na qualidade de vida.
Silveira (2003, p.33) define inclusão digital como:
A universalização do acesso ao computador conectado à Internet, bem como o domínio da linguagem básica para manuseá-la com autonomia.
No Brasil, a inclusão digital é feita de diversas formas: através do governo federal, da iniciativa privada, de universidades e Organizações Não Governamentais (ONGs). Constitui-se uma das prioridades do governo
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