ANTROPOLOGIA POST-MODERNA
Projeto de pesquisa: ANTROPOLOGIA POST-MODERNA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tamysilva • 25/10/2014 • Projeto de pesquisa • 1.197 Palavras (5 Páginas) • 1.158 Visualizações
A ANTROPOLOGIA PÓS-MODERNA
INTRODUÇÃO
O presente trabalho texto vem apresentar de inicio uma breve relação da produção do trabalho antropológico e de que forma o pós-modernismo e seu ideal tem contribuído para uma concepção dentro da antropologia do objeto até o texto final. De acordo com as literaturas existentes é possível verificar que os trabalhos de campo mais forte iniciam a partir da obra de Malinowski em Argonaltas do Pacífico Ocidental (1922), onde busca equiparar o estudo antropológico e a ciências exatas, tentando legitimar o fazer antropológico através do trabalho de campo, apresentando a realidade como provas de sua pesquisa.
ANTROPOLOGIA E A PÓS-MODERNIDADE
Para falar de antropologia pós-moderna é necessário caracterizar e entender o que é o pós-modernismo:
“Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950. Nasce com a arquitetura e a computação nos anos 60, cresce ao entrar na filosofia durantes os anos 70, como critica da cultura. E amadurece hoje, alastrando-se na moda, no cinema, na música e no cotidiano programado pela técnicociência (ciência+tecnologia envadindo o cotidiano com desde, com alimentos processados até micro computadores) sem que ninguém saiba se é decadência ou renascimento cultural”.(SANTOS, 1986: 8)
Segundo Santos, as pós-modernidade é esse processo de transformação, ou seja, de mudanças que passa um determinado conceito. É isso que ocorre com a antropologia chamada Pós-Moderna. No Pós-modernismo, já na década de 80, a antropologia ganha uma nova dimensão. Surgem novas críticas e questionamentos a todas as escolas antropológicas. Neste debate existe um privilégio nas discussões acerca do discurso antropológico, intercedido por recursos apresentados nas etnografias, vem questionar o “poder” do etnógrafo sobre o nativo e politiza a relação observador e observados.
A crítica que surge aos modelos anteriores retrata como a presença do etnógrafo excessiva e ao mesmo tempo insuficiente. Nesse momento alguns aspectos antropológicos passam por um processo de alto-crítica e por uma descolonização dos povos historicamente estudados pela antropologia.
Surge uma proposta principal de como se dá a produção do texto etnográfico, dados coletados em campo, estudar os textos produzidos nos trabalhos de campo. Ao criticar o tipo de autoria desses textos é possível romper com os ideais iluministas.
Na relação entre sujeito e objeto, deve existir um distanciamento da cultura do eu com a cultura do outro. Isso não é consequência desavisada, está na base de um novo contexto a partir da relação entre pesquisador e objeto de pesquisa. A partir de Malinowisk, que surge uma consciência das relações humanas, que só será possível com o relativismo cultural.
A interpretação antropológica é sempre provisória na visão de Geertez – uma leitura de segunda mão sobre o nativo. Na visão do Pós- Modernismo, muita coisa estaria sendo perdida nesse processo de pesquisa, pesquisado, texto e dados de campo.
A NOVA CONCEPÇÃO DE ETNOGRAFIA
O movimento Pós-Moderno, apresenta uma alternativa para a etnografia passando pelos textos básicos de forma que busque encontrar uma nova forma de escrever ou descrever a cultura, onde possa constar no texto um pensamento e uma consciência a tradição antropológica.
“Apesar dessas transformações, contudo, é interessante observar que os antropólogos americanos estudam predominantemente culturas estranhas à sua própria, e que nos artigos críticos de que estou tratando "o outro" continua a ser pensado como alguém do Terceiro Mundo e frequentemente membro de uma cultura sem tradição escrita ou que não produz conhecimentos sobre si mesma.” (CALDEIRA, 1988, p.136)
Para Geertz (1973) é possível conhecer e interpretar outras culturas, produzindo traduções de outros modos de vida para a nossa própria linguagem. Os Antropólogos Pós-Modernos defendem que a etnografia deva ir além de uma interpretação sobre o outro.
O mais importante dentro de todo esse conceito pós – moderno é entender que é possível existir uma profunda reflexão no fazer e pensar antropológico, nos levando a uma reflexão da ciência como realidade e conhecimento absoluto.
JAMES CLIFFORD E AUTORIDADE
ETNOGRÁFICA
Em Sobre a autoridade etnográfica, Clifford procura mostrar como se foi construindo historicamente essa noção, ou seja, a forma como o autor se coloca presente em seu texto e como legitima um relacionado à realidade. Nele é tratado do famoso termo “Eu estive lá”, provando que o que foi observado pelo pesquisador existe, que é verdadeiro as informações por ele transmitidas. Malinovski, em sua obra “Os Argonautas do Pacífico Ocidental”
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