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AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO MÁQUINAS

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Por:   •  6/11/2014  •  7.777 Palavras (32 Páginas)  •  247 Visualizações

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AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO MÁQUINAS

O texto aborda a visão mecanicista de muitas organizações e a conseqüente transformação destas organizações em "máquinas", onde somente se preocupam em produzir de forma mecânica e repetitiva, esquecendo-se de valorizar o funcionário como ser humano. Destaca e relaciona aspectos mecanicistas das organizações, comentando sobre a mecanização da produção e sua influência nos modelos de administração, chegando a conclusão de que os princípios mecânicos que regem as organizações interferem no comportamento humano, rotinizando a maioria das ações das pessoas, transformando-as em "máquinas", onde a maioria das suas ações é comandada pelo relógio.

O progresso mecânico, com a chegada das máquinas, trouxe grandes benefícios, mas também causou alguns aspectos negativos, como a rotinização e mecanização de ações simples do dia das pessoas, acabando assim por transformar a vida de todos.

O pensamento mecanicista ainda presente em modelos de administração faz com que as maiorias das organizações sejam burocratizadas. Essa burocracia acaba por exigir ações com extrema precisão, isto é, ações perfeitas; esperando-se, com isto, que elas se tornem eficientes, confiáveis e previsíveis. Organizações planejadas acabam por exigir que seus funcionários ajam como máquinas e se esquecem de que eles são apenas funcionários, humanos.

Convém lembrar que para qualquer organização onde o produto não muda, com fabricação em série como no McDonald’s, por exemplo, este tipo de modelo de organização pode ser mantido trazendo bons resultados, pois todas as ações dos funcionários são planejadas.Cada função é dividida e realizada sob a supervisão de um gerente que apenas é contratado para "pensar" e o restante dos funcionários são pagos para "agir". É um exemplo que lembra a teoria de Ford. Cada funcionário tem sua função e desenvolve seu trabalho como máquina, já que eram e ainda são contratados como força de trabalho, visto que o McDonald’s contrata apenas estudantes, o que facilita a fixação de valores "transmitidos" pela rede de refeições rápidas, que contrata pessoas sem qualificação para serem, além da mão-de-obra barata, substituíveis facilmente.

Organização burocrática

Empresas que foram planejadas e operam como se fossem máquinas. Seu papel pode ser bem ou mal aceito dependendo da função e papel da empresa a que se destina tal função.

Organização mecanicista

Desde o advento da Revolução Industrial, uma maior concentração de máquinas passou a ser utilizada no processo de produção das fábricas. Essa mudança exigiu das organizações certa adaptação a uma nova forma de produzir, dando origem às organizações burocráticas e aos conceitos mecanicistas da administração. Com a chegada de novos maquinários, difundiu-se também uma nova moldura nas organizações, uma vez que as máquinas passaram a comandar a vida das pessoas.

O Exército também teve influência na concepção da teoria mecanicista através de Frederico, O Grande, que usava as máquinas nas reformas feitas no seu exército, em parte copiadas das legiões romanas e das armadas européias, com o propósito de torná-lo autômato, estabelecendo padrões, linguagens e rotinas próprias, disciplinando-o de tal forma que suas peças pudessemser facilmente substituídas.

A precisão, a rapidez, a clareza, a regularidade, a confiabilidade e a eficiência, características da mecanização industrial, estiveram também presentes nas organizações burocráticas, atingidas através da divisão de tarefas fixas, supervisão hierárquica, regras detalhadas e regulamentos. Essas características geraram conseqüências sociais que foram estudadas por Max Weber, sociólogo que, sob esta ótica, questionou a corrosão do espírito humano e de sua espontaneidade provocada pela rotinização e mecanização da vida humana, defendendo, assim, formas mais democráticas de organizações. Com o estudo das conseqüências que tal transformação poderia acarretar à sociedade, Max Weber percebeu que a organização mecanicista poderia acabar com as ações espontâneas das pessoas.

Deste conflito de pensamentos, surgem duas importantes ramificações teóricas a respeito da administração. A primeira, a "Teoria Clássica", representada por Henry Fayol F. W. Mooney e Lyndall Urwick foi baseada no planejamento da organização total e formal e dimensionou-se na busca da eficiência dos processos administrativos:divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, remuneração do pessoal, centralização, hierarquia, ordem, estabilidade do pessoal, iniciativa e espírito de união. A segunda, a "Teoria Científica", representada por Frederick W. Taylor, enfoca a tarefa dentro do processo produtivo da organização e a busca da eficiência e a racionalização do trabalho: planejamento, preparo, controle e distribuição de atribuições e responsabilidades.

Nateoria clássica, as organizações foram projetadas como se fossem máquinas, nas quais as organizações dividiam-se em departamentos perfeitamente interligados pelas responsabilidades dos cargos sustentados pelo elevado padrão de disciplina e subordinação hierárquica, muito embora as unidades operassem de forma quase autônoma. Aperfeiçoaram-se as técnicas de avaliação por objetivos e obtinham-se êxito, pois as metas eram preestabelecidas e predeterminadas.

O contrário se passava na Administração Científica, onde a responsabilidade gerencial, a utilização de métodos científicos no planejamento das tarefas, seleção do pessoal, treinamento e fiscalização eram seus princípios básicos. Não se pode esquecer que a padronização das atividades do trabalho era resultado da medição de toda a tarefa e, por sua vez, as tarefas eram claramente definidas entre gerentes e empregados.

Este modelo, também chamado de Taylorismo, adequou-se facilmente à indústria e ao escritório. Seus índices de produtividade foram elevados, porém, na mesma proporção elevaram-se os níveis de substituição pelos não qualificados e autômatos, graças à extrema simplificação das tarefas: tornou-se tornou barato treinar, supervisionar e substituir.

Forças e limitações da metáfora da máquina

Dentro de todo este aspecto mecanicista, também se descobriu algumas limitações. Ao adotar o maquinário, as organizações acabam restringindo-se, podando e sendo podada pelo mercado, isto é, sendo tratadas e tratando seus funcionários como uma

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