ATPS GESTAO DO SERVICO SOCIAL

A questão do diagnóstico

Segundo defende Danilo Gandin se não conhecermos nossos pontos fracos, nossas falhas e nossas incoerências, não poderemos alcançar nenhuma dignidade. Com base nessa afirmação é que ele ressalta alguns pontos básicos sobre a questão do diagnóstico.

1. O diagnóstico é um juízo da realidade – sobre a prática – feito diretamente através do marco operativo e do marco doutrinal em última instância. Ele se faz por meio de três elementos básicos, nos quais se destaca ser juízo, exercer juízo sobre uma prática específica e ainda realizar-se sobre o temário do marco referencial e com critérios de análise. Destaca-se também a diferença que se realiza entre diagnóstico e outras duas coisas: a) descrição da realidade; b) com um levantamento de problemas.

2. Importa dizer que apesar esse os três procedimentos supracitados não podem ser confundidos, embora sejam importantes e úteis.

- O primeiro é a organização de um inventário, que quantifica os elementos que constituem ou se ligam à realidade planejada.

- o segundo já é uma conotação qualitativa.

- O terceiro é o esclarecimento da questão específica correlacionada a um ponto do diagnóstico geral. Sua finalidade pode ser testar uma hipótese ou afunilar uma afirmação genérica do diagnóstico global.

3. A preparação se dá por vários caminhos como: utilizar técnicas, instrumentos, modelos processos bastante variados. Dentre eles, os caminhos básicos são decidir sobre o procedimento e aproveitar momentos propostos para o outro.

Orientações para elaboração de um diagnóstico:

Responder à pergunta-chave: Até que ponto nossa prática está coerente com o que estabelecemos em nosso marco operativo?

Justificá-la considerando os seguintes elementos:

- Fatos ou situações que mostram que estamos mal;

- Fatos ou situações que mostram que estamos bem;

- Causas do que vai mal;

- O que se tem que ajuda a superar as falhas;

- O que existe que é barreira à superação das falhas?

A programação

“Andar algum passo, a cada dia, na direção traçada é tão importante como debater o rumo e questionar se caminhamos nele.”

Segundo o autor, a programação dentro de um plano é uma proposta de ação para diminuir a distância entre a realidade da instituição planejada e o que estabelece o marco operativo. É a proposta de ação para resolver as mazelas apresentadas pelo diagnóstico.

Na hora de se fazer a programação é preciso pensar no diagnóstico, nas necessidades por ele levantadas e ainda, no tempo e na duração do plano para que isso ocorra.

A programação possui quatro dimensões: a das ações concretas a realizar, a das orientações para toda a ação, a das determinações gerais e a das atividades permanentes. Qualquer uma delas é proposta para satisfazer as necessidades demonstradas pelo diagnóstico.

A elaboração da programação, principalmente de objetivos e de políticas, está sujeita a procedimentos bem determinados a fim de que disso se tire proveito.

Duração e abrangência dos planos e sua relação

“A unidade não vem do fato de todos, pessoas e setores, de uma instituição realizarem as mesmas ações, mas de todos caminharem na mesma direção”

O Centro do assunto se refere ao plano global de médio prazo. Este é o plano central de qualquer instituição, grupo ou movimento, ressalvada