ATPS - fontes alternativas de energia
Projeto de pesquisa: ATPS - fontes alternativas de energia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: storegis • 3/12/2014 • Projeto de pesquisa • 4.337 Palavras (18 Páginas) • 418 Visualizações
ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.
Faculdade Anhanguera de Matão
Engenharia Mecânica
ATPS – Fontes Alternativas de Energia
Profª Nádia Cristina de Azevedo Melli
Matão
2014
SUMÁRIO
1. Etapa 1 – Passo 1 - A evolução histórica do trabalho 4
2. Etapa 1 – passo 2 - Questões 10
3. Etapa 1 – passo 3 - Entevistas 13
4. Etapa 2 – Passo2 14
Referências 17
Etapa 1 – Passo 1 - A evolução histórica do trabalho
O conceito etimológico da palavra trabalho, mais aceita na atualidade, apesar das várias hipóteses e debates, tem suas origens no vocábulo latim tripalium, que consistia em um cavalete de três paus, usado para ferrar cavalos, e também como instrumento de tortura sobre os escravos, já que nas sociedades antigas e escravagistas, o ócio era sinônimo de vida digna e feliz, e o trabalho era indignificante. Assim, a origem da palavra demonstra sociologicamente através dos tempos, uma tradição de atribuir-se ao vocábulo, valores, ora depreciativos, ora penosos, significando fadiga, esforço, sofrimento, encargo, em suma, valores negativos, dos quais se afastam os mais afortunados.
Inerente à própria natureza humana, o trabalho não pode ser considerado instrumento de castigo ou mesmo uma mercadoria desvinculada dos demais fatores valorativos próprios da pessoa, mas deve sempre ser concebido como o meio através do qual o homem se utiliza para criar, construir e modificar o mundo em que vive, repelindo-se a imagem da pessoa como simples peça descartável, ou substituível do sistema de produção de bens e serviços.
Juridicamente, o trabalho deve ser enunciado como “direito-dever”, constituindo um direito e um dever social de trabalhar, suficiente para poder assegurar a subsistência própria e familiar, possibilitando também acesso a outros bens, tais como a educação, escola, a cultura, a saúde, o lazer. Trata-se de direito público subjetivo, cujo Estado deve colocar à disposição de todos.
Conforme restou expresso anteriormente, o significado do vocábulo trabalho, aparece, na história como valores degradantes e humilhantes para o homem, onde prevalecia o domínio pela força dos mais fortes sobre os mais fracos, incumbindo a estes a execução das tarefas penosas e do trabalho manual, o que bem expressa a ideologia das sociedades escravagistas da antiguidade, que adotavam a interpretação de que somente através da riqueza e do ócio se poderia adquirir cultura. Esta ideologia era também adota por Aristóteles, que já naquela época previu que, a escravidão poderá desaparecer quando a lançadeira do tear se movimentar sozinha.
Nos sistemas de escravidão, os escravos eram considerados como coisa, não possuindo nenhum direito ou qualquer forma de proteção, pois eram propriedade de seu dono, que sobre eles detinham o poder de vida e morte4, somente adquirindo a liberdade através da vontade de seus senhores, como forma de gratidão por seus serviços prestados, quando então poderiam locar seus serviços a terceiros, mediante uma contra-prestação remuneratória. Podem ser observadas na história a existência de várias classes de escravos, e não só os responsáveis pelos trabalhos penosos , conforme se verificou em Roma, onde existiam escravos pastores, gladiadores, músicos, filósofos e poetas, e na Grécia, onde a mão de obra escrava era utilizada em fábricas de flautas, de facas, de ferramentas agrícolas e de móveis.
A escravidão dos povos mais fracos persiste desde a antiguidade, até a Idade Moderna, sendo fortemente marcada pelo descobrimento da América, quando os Espanhóis e Portugueses capturavam os indígenas e negros da África para servirem de mão de obra no novo continente, e, também os Ingleses Franceses e Holandeses participavam do tráfico de escravos para as suas colônias.
Outro sistema que se observa na evolução histórica do trabalho, é o da servidão, que se desenvolve nas sociedades feudais, que se formam com a aglomeração de grande contingente de pessoas sob a liderança dos senhores feudais após a destruição de cidades e vilas que se deu com a invasão dos bárbaros na Europa nos séculos IV e V7. Esse sistema se caracteriza pela inexistência de comércio intenso e circulação monetária, onde apesar de não possuírem os trabalhadores a condição de escravos, também prevalecia a ausência de liberdade dos indivíduos, que em troca de proteção política e militar, declaravam sua subserviência aos senhores possuidores das terras, e a estes tinham que entregar parte de sua produção rural ou pecuária, sofrendo ainda restrições de deslocamento para outras terras, sujeitando-se ao pagamento de inúmeros tributos que lhes eram impostos pelos seus senhores. Prevalecia nesse sistema o dever de fidelidade do servo aos senhores feudais, estes constituídos pela nobreza e pelo clero, sem qualquer possibilidade de ascensão social, pois, enquanto cabia aos servos o dever de trabalhar para o sustento de todos, aos nobres competia a proteção militar e ao clero de zelar para a salvação espiritual do homem9. Nesse período, a doutrina da igreja era fundada na Teoria do Individualismo Cristão, onde prevalecia o subjetivismo ligado à aparição do evangelho e da igreja cristã, cuja gênese se baseia na transcendência do individuo ao Estado, como um infinito valor em si, ligado a uma relação intersubjetiva com cristo e deveres para com o próximo.
Com a expansão do comércio e o desenvolvimento do artesanato, inicia-se a concorrência de mercado, surgindo então as corporações de ofício, que passaram a reunir os membros de uma mesma atividade ou ofício, com o objetivo de eliminar a concorrência. Essas corporações regulavam a quantidade, qualidade e o preço dos produtos, o regime e as relações de trabalho, impedindo que produtos de outras regiões entrassem no mercado local. Devido a exploração dos mestres sobre os trabalhadores, que estavam submetidos a rígidos estatutos, e obrigados a longos períodos de aprendizagem, com salários insatisfatório, sem perspectivas de ascensão aos graus superiores, e sem possibilidade de oferta de sua mão de obra através da concorrência de mercado, apesar da tênue interferência da realeza na limitação dos poderes dos mestres quanto
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