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Anomic

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Por:   •  18/9/2014  •  Tese  •  812 Palavras (4 Páginas)  •  120 Visualizações

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indivíduos vêem o mundo social sem importância e sacrificariam a si próprios por um grande ideal. Durkheim viu isto acontecer em religiões orientais, como o Sati no Hinduísmo. Alguns sociólogos contemporâneos têm usado esta análise para explicar os kamikazes e os homens-bomba.

Difere-se do tipo egoísta por acontecer em caso de individualização insuficiente. Esse tipo de suicídio ocorria com mais freqüência nas sociedades as quais o autor chama de primitivas. São sociedades em que os indivíduos encontram-se tão fortemente integrados que são sobrepostos pelo coletivo e por vezes sentem que têm o dever de se matar. Para o indivíduo que se sente coagido a tomar tal atitude, há certo heroísmo que a sociedade espera dele (por exemplo, sociedades em que morrer de velhice é desonroso).

Há, dentro dessa classificação, três outras menores: suicídio altruísta obrigatório (a sociedade impõe ao indivíduo),suicídio altruísta facultativo (não tão expressamente exigido), suicídio altruísta agudo (o indivíduo se sacrifica pelo prazer de fazê-lo). Em todos os casos o indivíduo aspira libertar-se do seu individual para se lançar naquilo que considera sua verdadeira essência. O altruísta acredita ser desprovido de qualquer realidade em si mesmo.

Nesse contexto, Durkheim estuda o alto índice de mortes voluntárias dentre militares. Ele conclui que esses homens encontram-se tão fortemente integrados ao meio em que vivem e se sentem tão responsáveis pelo restante da população que se desprendem de sua própria vida sem dificuldade porque aquilo que lhes é de valor é exterior a eles. Isso não implica, todavia, que se matem apenas pela pátria; o desprendimento é tanto que chegam a se matar por motivos banais. Lembrando que isso não exclui a possibilidade de haver outros tipos de suicídio entre os militares que não o altruísta.

Anômico:

A anomia (falta de coesão social) é um estado onde existe uma fraca regulação social entre as normas da sociedade e o indivíduo se sente sozinho (sem a sociedade) devido a mudanças dramáticas nas circunstâncias econômicas e/ou sociais. Este tipo de suicídio acontece quando as normas sociais e leis que governam a sociedade não correspondem com os objetivos de vida do indivíduo. Uma vez que o indivíduo não se identifica com as normas da sociedade, o suicídio passa a ser uma alternativa de escapar. Durkheim viu esta explicação para os suicidas protestantes ou também em indivíduos muito ricos que perderam tudo de um dia para outro.

Se nada há que contenha o indivíduo nem em si e nem no exterior, é preciso que a sociedade exerça uma força reguladora diante das necessidades morais. Caso isso não ocorra, os desejos tornam-se ilimitados e a insaciabilidade torna-se um indício de morbidez. Difere-se, portanto, dos dois tipos anteriores por acontecer quando o indivíduo não encontra razão nem em si mesmo nem em algo exterior a ele e a sociedade, por algum motivo, não está em condições de controlá-lo.

É chamado de anômico porque ocorre em um estado excepcional que só se dá quando há uma crise doentia, seja dolorosa ou não, mas demasiado súbita, tornando a sociedade incapaz, provisoriamente, de exercer seu papel de reguladora. É um estado de desregramento, acentuado pelo fato de as paixões serem menos disciplinadas na altura exata em que teriam necessidade

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