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Anáise do filme Corporation

Por:   •  26/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  640 Palavras (3 Páginas)  •  116 Visualizações

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A corporação (The Corporation) é uma produção na forma de documentário, a qual aborda a fundo a história, definição, desenvolvimento e os princípios que norteiam o poderoso sistema Capitalista, tendo como cenário o mundo globalizado atual.

O documentário popularizou-se por revelar as práticas não éticas de grandes organizações norte-americanas. Ações, depoimentos e revelações das consequências da ânsia do poder das “Corporações”, demonstrando o preço que o meio ambiente e os indivíduos pagam, assim como o legado que deixam para o futuro.

O filme inicia-se com uma breve resenha desde o nascimento deste tipo de empresas até à quase hegemonia das suas atividades na atualidade, refletindo desde a revolução industrial até as conquistas legislativas que permitiram a absurda patenteação de grande parte da vida natural.

Com múltiplas entrevistas apresentando diversos pontos de vista de historiadores, executivos, críticos, jornalistas, ex-funcionários e ativistas, o filme descreve o mercado como omnipotente, onde não há quem o julgue, ou condene por se sentir superior à lei.

Sugere-se que o Estado não possui controlo sobre as “Corporações”, sendo esse facto controverso, na medida em que, frequentemente, os políticos são também empresários, detentores de capital, uma classe com grande poder aquisitivo, que possui ou fez uso do poder do Estado, trabalhando desta forma em causa própria.

Desta forma o Estado “democrático” que deveria possibilitar o bem-estar social é apropriado para defender interesses ocultos das grandes “Corporações”, as quais têm como único objetivo, obter lucros da forma mais rápida e eficiente possível.

O filme mostra ainda, que, valendo-se da 14º emenda de 1886 dos EUA, a qual era voltada para os escravos entretanto libertados, as corporações passaram a ser tratadas como pessoas, indivíduos, agindo como uma pessoa jurídica, no entanto sem uma “consciência moral”.

As “Corporações” foram criadas pela lei para beneficiarem os acionistas e gerar lucros, não contribuindo para a afirmação dos valores humanos, para a construção de uma cultura crítica ou para o desenvolvimento da cidadania, ou seja, não contribuem diretamente para os desígnios do interesse público e da sociedade. As “Corporações” são apenas uma estrutura legal e artificial, as quais, apesar de todos os seus membros possuírem responsabilidades e carácter, não respondem pelos atos da mesma.

O documentário discute, sob ponto de vista psicológico, que tipo de pessoas essas empresas seriam e traça um diagnóstico de personalidade para a “Corporação”: a psicopatia, doença essa que tem como principais sintomas a despreocupação com a vida do outro, impossibilidade de assumir culpa, dentre outros.

Outro ponto que o filme traça também é a série de danos que a corporação causa na atualidade, impactos negativos, os quais são de natureza social, ambiental, económica e cultural. São discutidos aspetos como a exploração da mão-de-obra, a mais-valia, a alienação do trabalho, negligencia com a saúde humana (física e psicológica), os impactos ambientais, contaminação dos alimentos, processos de aculturação forçada, fuga e manipulação da legislação vigente, alienação, entre muitos outros malefícios, os quais afetam os indivíduos, os animais e o ambiente.

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