Análise Aproximativa dos Resultados da Pesquisa Etnográfica

Universiade Federal de Minas Gerais

Grupo: Jhaynara B. Pimentel, Muryel e Renata.

Matéria: Metodologia 3

Professora: Debora

Curso: Ciências Sociais.

Análise Aproximativa dos Resultados da Pesquisa Etnográfica:

Introdução

Na nossa pesquisa etnográfica o objetivo era buscar uma compreensão de como era organizado o trabalho dinâmico de assistência social (de amparo material e psicológico) no Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus, que está localizado na Rua José Ferreira Magalhães, 341 - Floramar, Belo Horizonte MG, 31742-093, Brasil. Foi possível observar através do campo como o núcleo ao realizar a sua assistência utilizando os valores de amor, fé, ética, da perseverança e espirito cientifico ao realizar o tratamento das crianças com paralisia cerebral e com seus familiares.

Desde sua criação em 1972, realiza um trabalho muito eficiente para acolher as pessoas que se encontram em um estado de vulnerabilidade socioeconômica, onde diversas famílias possuem crianças com paralisia cerebral que precisa de cuidado especial, amor, carinho, paciência, ao analisar o núcleo observa-se que isso se encontra muito presente entre os funcionários e voluntários. Conseguindo desenvolver de maneira eficiente os âmbitos funcional, cognitivo, social, afetivo e espiritual com seus beneficiários.

Revisão da Literatura:

Quando resolvemos realizar a nossa etnografia no Núcleo Caminhos para Jesus, foi necessário realizar pesquisas para entender melhor a cultura do grupo que iremos pesquisar, por ser um ambiente novo não possuíamos conhecimento necessário para compreender a realidade que as crianças com paralisia cerebral, voluntários, familiares e funcionários vivem. Sendo assim, foi necessário realizar pesquisa e fazer uma revisão da literatura para compreender melhor essa realidade tão desconhecida.

Primeiro é necessário saber o que é paralisia cerebral, as causas e motivos que levam a essa doença, depois compreender um pouco o que é ser voluntários, compreender como é a vida de famílias com crianças que possuem essa doença e a importância que os funcionários da saúde nesses casos.

Paralisia Cerebral é uma expressão ampla que enquadra diversos distúrbios que afetam a capacidade infantil para se mover, manter a postura e o equilíbrio. O que leva esse distúrbio:

Esses distúrbios são causados por uma lesão cerebral que ocorre antes, durante ou dentro dos primeiros dias depois do nascimento. Essa lesão não prejudica os músculos nem os nervos que os conectam à medula espinal – apenas a capacidade do cérebro * para controlar esses músculos. Dependendo de sua localização e gravidade, a lesão cerebral que causa os distúrbios de movimento de uma criança também pode causar outros problemas, que incluem deficiência mental, convulsões, distúrbios de linguagem, transtornos de aprendizagem e problemas de visão e audição.( O que é paralisia cerebral? Elliot Gersh, pagina 15).

A paralisia cerebral é divida em vários tipos pro abranger muitos distúrbios de movimento e postura (os tônus muscular, tônus alto, tônus baixo e tônus flutuante). Para conseguir compreender como e porque a paralisia cerebral afeta as crianças é necessário entender o sistema nervoso. Como é explicado:

É assim, resumidamente, que as pessoas sem incapacidades motoras se movimentam. As crianças com paralisia cerebral, em razão de terem lesões no cérebro, não podem controlar seus movimentos normalmente. A maneira exata como seu movimento é afetado depende da localização da lesão no seu sistema nervoso e o tipo resultante de problema de tônus muscular. Às vezes, os médicos classificam os tipos de paralisia cerebral com base nestes dois fatores: o tipo de problema de tônus muscular e a localização da lesão. Outro modo de classificá-los é de acordo com as partes do corpo que são afetadas pelos problemas de movimento.

Se os primeiros sinais da paralisia cerebral de seu filho foram bastante claros, já lhe disseram qual é o tipo que ele tem. No entanto, se a natureza exata e a extensão dos problemas de movimento dele ainda não estiverem claros, os terapeutas podem não ter determinado

ainda o tipo de paralisia cerebral que o seu filho tem. Em todo caso, vocês podem reconhecer alguns dos sintomas do seu filho entre os vários tipos de paralisia cerebral descritos a seguir. ( O que é paralisia cerebral? Elliot Gersh, pagina 18).

Se perguntar o que causa a paralisia cerebral, existem muitas razões para que criança sofra esse dano.  Para tentar encontrar o motivo o médico deve revisar de maneira cuidadosa o histórico de saúde e realizar diversos exames.  Mas de maneira geral existem dois motivos principais:

1. Incapacidade do cérebro para se desenvolver adequadamente- malformação desenvolvimento do cérebro- dois primeiros trimestres da gestação, as causas para possível malformação são desconhecidas, mas podem incluir distúrbios genéticos, anormalidades cromossômicas com excesso ou falta de material genético, escasso no suprimento sanguíneo para o cérebro.
2. Dano neurológico ao cérebro em desenvolvimento da criança. As lesões no cérebro podem ser causadas por vários fatores como: falta de oxigênio antes, durante ou após o nascimento, sangramento no cérebro, danos tóxicos por drogas e álcool, trauma cefálico devido a quedas, acidentes, nível de glicose muito baixo, inflamações no sistema nervoso como encefalite, meningite.

É importante também compreender um pouco sobre a experiência das famílias que possuem crianças com paralisia cerebral que estão vivendo em situação de vulnerabilidade social. Isso demostrar como essa vulnerabilidade tem uma influencia na família que vive a condição crônica, a situação econômica influencia em como a criança irá viver, por possuir diversas dispensas  para realizar o seu tratamento.

Essa doença impõe modificações na vida e causa limitações na vida das crianças em atividades normais, por ter algumas restrições na hora de brincar e realizar atividades do cotiando. Por ter um cuidado especial as famílias que possuem crianças com paralisia tem uma vida financeira cheia de dificuldades, por ter um gasto três vezes maior, como demostrado no texto:

“Tal quadro é verificado porque, além dos custos envolvidos com matérias de suporte, transporte e terapêutica, as demandas decorrentes da condição crônica interferem na capacidade dos pais em se manterem no emprego. O status socioeconômico é fator determinante da situação de saúde, sendo a pobreza atrelada as piores condições de vida da criança em condição crônica complexa. O ambiente é considerado promotor de desdobramento negativo da doença, já que o contexto em que a família vive reflete em suas condições psicológicas e físicas, além de restringir o acesso ao tratamento.’ ( experiência de famílias de crianças com paralisia cerebral em contexto de vulnerabilidade social-  Marja Baltor e Giselle Dupas, pagina 2).