Análise Do Filme Germinal
Artigos Científicos: Análise Do Filme Germinal. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Bolaxa • 13/7/2013 • 581 Palavras (3 Páginas) • 1.350 Visualizações
Estudo dirigido 2: Discussão do filme Germinal
Filipe Guedes Doria
Leonardo Rodrigues
Mateus Leonardo Mendonça
Matheus Fontebasso Ramido Menin
Renata
UFSCAR
Ciências Sociais – Introdução a Sociologia – Turma A
04/05/2013
O filme se passa no Norte da França do século XIX, precisamente na cidade Montsou, na qual a economia dependia da mineração. As divisões das classes sociais que transparecem no filme são basicamente, os proprietários das minas de carvão, “burgueses” que não estavam interessados nas condições de trabalho que os operários e as operárias eram submetidos, e sim com a economia, com a política afetando seus lucros, e com as consolidações das greves. Os comerciantes, que eram donos de lojas como mercearias, sendo assim, os operários dependiam das mercadorias dos mesmos para sobreviverem. E os operários das minas, que consistiam em homens e mulheres, desde jovens até idosos, que trabalhavam de segunda a sábado, em condições precárias e, salários miseráveis que abaixavam cada vez mais.
Esse era o cenário de desigualdade social que se consolidou após as revoluções industrial e francesa, que com o êxodo rural, a maioria do trabalho era concentrado nas indústrias, que exploravam seus trabalhadores a partir da lógica capitalista, que de acordo com os pensamentos de Proundhon é um roubo, pois as industriais possuem o lucro de um trabalho coletivo, que é muito maior que o individual, mesmo assim, os trabalhadores recebem como lucro individual, e o enorme lucro coletivo destina-se ao patrão.
No filme, a crítica metafórica ao Iluminismo torna-se explícita em determinados momentos, por exemplo, as diversas referências à palavra “luz” dentro de cenários demasiadamente escuros. Outros exemplos são os diálogos, como quando a mulher do trabalhador diz ao mesmo: “Apaga a vela, não quero ver a cor dos meus pensamentos”, ou quando duas personagens estão presas na mina e uma delas fala: “A morte apaga a chama”. São críticas a um movimento essencialmente popular, com diversas promessas de melhorias, que claramente não obteve resultados satisfatórios para os trabalhadores do século XIX.
Outra passagem interessante do filme é o momento em que os “burgueses” perguntam a mulher quantos filhos ela tem, e se espantam e a descriminam por conta da quantidade. Essa posição dos “burgueses” foi uma reprodução típica pensamento das elites do século XIX, que buscavam legitimar a desigualdade social a partir da quantidade de filhos que as pessoas tinham, culpando as pessoas pobres por terem muitos filhos.
Relacionando a obra ao contexto histórico a qual ela foi escrita, compreendemos claramente a carga simbólica sobre as personagens, por exemplo, o maquinista que consegue emprego na mina e residi na casa de uma família de mineiros, torna-se a figura socialista, sendo o maior defensor da greve, e o primeiro a instigar os
...