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Análise Sobre O Livro E Filme "Morte E Vida Severina" De João Cabral De Melo Neto

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Por:   •  14/3/2015  •  751 Palavras (4 Páginas)  •  4.651 Visualizações

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O objetivo deste trabalho é analisar as ações econômicas, sociais e culturais encontradas no filme “Morte e Vida Severina”. O livro foi escrito em 1954 e publicado em 1955 por João Cabral de Melo Neto. A obra foi adaptada ao cinema por Zelito Viana em 1977. A narrativa do filme é exposta em versos aos leitores. O nome deste filme é uma alusão ao sofrimento enfrentado pelo personagem principal da trama.

Este filme é indicado ao público que se interessa por problemas sociais ocorrentes em nossa sociedade. Também a alunos de graduação em Serviço Social que precisam adquirir uma visão mais ampla e crítica sobre problemas passados relacionando com problemas atuais.

O filme se inicia contando sobre a dura trajetória de um retirante nordestino que está saindo do sertão e vindo para o litoral, em busca de uma condição de vida mais favorável a ele.

Logo no início, o retirante se depara com uma dúvida, explicar ao leitor quem ele é e pra onde está indo, porque o nome Severino é muito comum, assim como o de seus pais: Maria e Zacarias. Ele é somente mais um de tantos outros Severinos, mas sabe que está indo em busca de melhores condições de vida em outro lugar que não seja mais no sertão. Isso já causa certa curiosidade no telespectador ao tentar imaginar como será o decorrer desta história.

Ele explica também sobre o que é a morte Severina, é uma morte ocasionada pelas injustiças sociais, morte de velhice antes dos trinta, morte devido à fome e a violência do sertão.

Em sua jornada até o Recife, Severino se depara com alguns impecílios no caminho que o fazem pensar. Logo de início ele encontra dois homens carregando um defunto em uma rede, ele havia sido morto porque possuía alguns hectares de terra, isso era um exemplo sobre a violência do sertão, da qual Severino temia.

Para chegar ao seu destino ele seguia o curso do rio Capibaribe que havia secado devido o verão. Logo adiante, Severino se depara com mais uma morte e ainda assim decide parar naquele lugar para procurar trabalho e se encontra com uma mulher, que diz a ele que tudo naquela região estava relacionado à morte, não importava o que ele soubesse fazer, não serviria ali.

Severino decide continuar sua trajetória, até chegar ao litoral. As coisas eram diferentes, a região parecia encantadora, diferente da que ele conhecia, mas ao sentar-se para descansar, Severino ouve através de um muro, outro sepultamento e presta atenção na conversa dos coveiros. Eles diziam sobre as pessoas que migravam do sertão para o litoral tendo somente o mar pela frente e Severino se surpreende porque percebe que migrara seguindo seu enterro.

Aos poucos ele percebe que a jornada até o Recife era, na verdade, seu próprio funeral e que o pedaço de terra que ele possuiria era o de sua própria cova. E isso entristece muito o retirante nordestino, porque ele vinha à procura de melhores condições e vida, e não a procura da sua própria morte. Mesmo assim decide seguir o rio, onde seria seu enterro.

Até que Severino se encontra com um senhor carpinteiro (seu José, que possui o mesmo nome e profissão do pai de Jesus), sentado à beira do rio e começa a lhe fazer perguntas, diz até que pensa em se matar, acabar de uma vez com aquele sofrimento que vinha passando, já que possuía 20 anos e já estava na “hora de morrer”.

No entanto, o senhor não consegue responder Severino, porque seu filho acabará de nascer.

Severino permanece ali no percurso do rio observando. Até que percebe que mesmo com toda aquela pobreza e miséria, os visitantes que foram conhecer o recém-nascido levavam presentes, humildes, mas que serviria para alimentar e cobrir a criança do frio. Severino permanece com as inquietações a respeito da vida e da morte.

Seu José retorna a Severino e com dificuldades para falar sobre o assunto e não possuir a resposta correta, diz que a vida precisa ser vivida.

Assim, podemos concluir que é uma obra que mostra o desespero e a esperança de uma pessoa sofrida, que está indo em busca de melhores condições de vida e sobrevivência. E no final se depara com uma pessoa que mesmo humilde, lhe fala sobre a vida, à importância que ela tem. Ela está dada a você e é para ser vivida, mesmo com todas as dificuldades que o mundo lhe impuser, é preciso vivê-la e não desistir de ir a procura do que é melhor a você.

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