Análise sociológica do filme "Capitalismo: uma história de amor"
Por: amandalleao • 30/5/2017 • Trabalho acadêmico • 378 Palavras (2 Páginas) • 366 Visualizações
Qual a parte do filme que mais chamou sua atenção, por quê?
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O filme dirigido por Michael Moore mostra as diferentes faces do capitalismo ao longo do século XX até os dias atuais, iniciando pelo resgate do sistema financeiro após a Grande Depressão de 1929 durante o governo de Roosevelt, mostrando também a história de amor entre a classe média e o capitalismo, época em que as empresas norte-americanas e Wall Street estavam no controle absoluto, chegando então na queda do sistema a partir do governo de Reagan, onde milhões de pessoas foram demitidas, e os trabalhadores eram incentivados a viverem de empréstimos. Essa depreciação se intensificou até os dias de hoje.
A parte mais interessante do filme é quando, em meio a tantas crises e revoltas, uma nova esperança aparece para o povo norte-americano, as eleições trouxeram Barack Obama, tido como herói, sua missão era reerguer os Estados Unidos e ajudar o povo. No início do desenvolvimento foi prometido à classe média que a "torta" iria crescer e cada um teria sua fatia. Discurso adotado por Obama que prometeu devolver a cada americano sua fatia da torta, motivo para ser taxado de socialista. Seu opositor John McCain se aproveitou do novo apelido de Obama e garantiu que em seu governo nenhuma torta seria fatiada. E quanto mais acusavam Obama de socialista, mais ele crescia nas pesquisas. E como uma surpresa, Obama vence as eleições e as pessoas se emocionam, crentes que viveriam um futuro melhor, afinal, os americanos não acreditavam mais fielmente no sistema capitalista.
Ao meu ver, Moore fez de seu filme um manifesto democrático, onde procura romper com a alienação que existe no sistema, desmitificando e mostrando sua verdadeira essência. É um filme bem construído, com diálogos fáceis de serem compreendidos e que nos leva a refletir sobre a sociedade em geral, ajuda a entender como realmente funciona o nosso sistema econômico, e nos faz pensar sobre a nossa posição diante da sociedade em que vivemos. Sendo assim, continuamos a perceber no mundo reflexos da crise norte-americana que ainda não chegou ao fim, cujo sistema adotado está levando diversos países a ruína, tal sistema que, como citado no filme, nem Jesus Cristo gostaria de fazer parte.
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