As Principais Idéias Sobre As Teorias De Bordieu E Norbert Elias

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CURSO: CIENCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA: TEORIA SOCIOLÓGIA II

RESUMO SOBRE AS PRINCIPAIS IDÉIAS DAS TEORIAS DE BORDIEU E ELIAS

1. O conceito se campo, habitus e capital, devem ser compreendidos em sua interdependência, na relação de um ao outro, estabelecendo um sistema de hierarquização numa relação de dominantes e dominados pela reprodução de poder simbólico, assim, reproduzindo as desigualdades sociais construindo a estrutura social, resultando na legitimação dessa dominação.

O campo é um espaço de embates, lutas e conflitos entre dominantes e dominados, que são os agentes que tem algum interesse em comum, assim, é estabelecida a construção da estrutura do campo. Cada campo possui propriedades suas que as diferenciam dos outros campos, mas as leis que cada um possui não variam, mas são reproduzidas e criadas pelos dominantes. Ou seja, o campo consiste ao espaço em que ocorrem as relações entre os indivíduos, espaço dinâmico, pelo interesse de cada agente( individuo) em ser bem sucedido, obedecendo a leis próprias de cada campo. Representa um espaço simbólico, onde os agentes representam o poder simbólico. Os símbolos são instrumentos de integração social, reproduzindo a ordem estabelecida.

Exemplo: No campo do esporte, os atletas travam embates reproduzindo as regras próprias do campo.

O conceito de habitus é dado por Bourdieu como um conhecimento sem consciência, é adquirido através da aprendizagem. É estabelecido pela interiorização das estruturas sociais, determinando a posição do individuo no campo. Os habitus são estruturas mentais através das quais os agentes apreendem o mundo social, é o jogo social incorporado e transformado em natureza; em necessidade dos agentes, que interfere no seu corpo, nos gestos, no grupo social, etc, institucionalizando valores nos indivíduos.

Exemplo: No campo da moda, o individuo tende a reproduzir o modelo das tendências de uma determinada época, pois, a incorporação do habitus, faz com que aquilo se torne uma necessidade.

Capital, para Bourdieu, é o acúmulo de bens e riquezas econômicas que se manifesta na atividade social. Porém, além de sua função econômica, se reproduz também como cultural, como a obtenção de saberes ou conhecimentos reconhecidos por símbolos de honrarias, como diplomas, títulos, etc; e como social, tendo relações sociais como interesses de dominação. O capital, reconhecido por Bourdieu é como um símbolo permite identificar os agentes no espaço social. As desigualdades sociais decorrem não apenas pelo âmbito econômico, mas também pelo déficit de capital cultural que culmina com essa diferenciação, estabelecendo a hierarquização de dominados sobre dominantes dentro do campo.

Exemplo: Na escola, alguns alunos se destacam por adquirirem o capital cultural, que funciona como uma moda de diferenciação e desigualdade entre os que possuem e os que são desprovidos deste capital.

Com a abordagem desses conceitos Bourdieu vai esclarecer a noção de violência simbólica, que se reproduz no espaço do campo social, com a incorporação do habitus pelos indivíduos, diferenciando estes pelo acúmulo de capital cultural de uns em relação