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As condições sociais da circulação intenraciconal

Por:   •  9/1/2020  •  Seminário  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  150 Visualizações

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Partindo do entendimento que escolas de pensamento são os grupos de intelectuais produtores de conhecimento, constituídos a partir de problemáticas comuns. O que as "escolas de pensamento" devem à escola?

Tomando a escola em sua função formadora, o ensino escolar implica na construção de esquemas capazes de formar agentes dispostos e aptos a compreender os princípios dos bens e os princípios da produção de bens culturais. Com outras palavras, esquemas são construídos e esses esquemas, através da sistematização dos conteúdos culturais, geram, por sua vez, outros esquemas (os alunos formados)

O que os membros das "escolas de pensamento" devem à escola é, por conseguinte, um modus operandi do pensamento. Mais do que um método, um habitus. O princípio imanente do sistema de ensino é a construção dos habitus (quer analítico-instrumental, quer moral, estético, etc), pois o objeto exige imperativamente, como vimos, certas disposições necessárias à sua apropriação.

Além disso, a escola temuma função integradora, não só moralmente" como também logicamente.

É, portanto, da escola que os membros das "escolas de pensamento" recebem as "categorias de pensamento", que permitem, por um lado, construir habitus, esquemas de percepção, de ação e de

invenção, métodos de pensamento, e, por outro, comunicar-se a partir dos 1Iflodelos lingUísticos e culturais. Comoutras palavras, receberum "repertório de lugares-comuns": linguagem, problemas e maneiras comuns de abordá-Ios.  Isto não quer dizer, parece-nos evidente, que a escola tenha como função formar indivíduos que pensam iguais. A escola propicia um determinado nível de consenso - o consenso dos lugares-comuns - e não mais do que isto. É um equívoco pensar que a escola "massifica", unidimensionaliza os pensamentos e as ações.

A escola fornece a base, digamos assim, o terreno comum métodos, habitus, esquemas, linguagem - um conjunto de "categorias de pensamento" que são previamente assimiladas, e nada mais do que isso. As "escolas de pensamento" não são prolongamentos, repetimos, mas recebem da escola a base. Por outro viés, .as "escolas de pensamento" se constituem através do par oposição/complementaridade à escola.

A escola fornece a chave para a compreensão dos produtos culturais das "escolas de pensamento". A chave: ou seja, um código comum necessário à decodificação de outros códigos. Assim comoumindivíduo precisa de certos esquemas intelectuais para compreender e fruir verdadeiramente a arte erudita9,  sem OS! quais as obras parecem ou insípidas ou meramente "agradáveis",

também precisa de esquemas específicos para desbastar o cipoal teórico das "escolas de pensamentos", semos quais os produtos destas parecem incompreensíveis, "esotéricos".

Da escola elas recebem os elementos que tomam possível a sua unidade objetiva. E ao se constituírem em escolas, ao formarem "famílias espirituais", as "escolas" passam a agir corno escola - só que em novo registro, no registro do campo aberto por elas. O campo que elas abrem não é uma moda intelectual (se assim o fosse elas não seriam "escolas de pensamento", mas centros de divulgação e vulgarização), e está imerso, de forma original, na problemática obrigatória do tempo.

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