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As mudanças no mundo do trabalho e suas implicações nas relações interpessoais e na identidade do indivíduo

Por:   •  25/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  580 Palavras (3 Páginas)  •  382 Visualizações

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Curso de Administração Pública [pic 1][pic 2]

Disciplina: Sociologia Organizacional

Aluna: Lígia Maria Alencar de Freitas

As mudanças no mundo do trabalho e suas implicações nas relações interpessoais e na identidade do indivíduo

O artigo Contexto Social e Imaginário Organizacional Moderno (RAE - Revista de Administração de Empresas - Abr./Jun. 2000 - São Paulo, v. 40 - n. 2 - p. 6-15) da professora Maria Ester de Freitas aborda acerca das grandes mudanças do ambiente atual, em que ocorre uma “grande fragmentação de valores e condutas pessoais e coletivas”, ocasionando impactos nos níveis individual, familiar, organizacional e social.

Maria Ester enfatiza as transformações nas organizações, em que elas “pretendem ser o modelo de racionalidade, de transparência, de produtividade e de resultado que as demais instituições devem seguir”. Mas “as empresas falam em seus nomes e em nome de seus interesses” e isso acaba sendo um dos influenciadores dos problemas no mundo do trabalho, ocasionando dificuldades nas relações interpessoais e crise na formação da identidade individual.

Nesse contexto moderno, as mudanças do mundo do trabalho passam a ser, por exemplo, a flexibilidade, a temporariedade, a informalidade, produzindo alterações na personalidade dos trabalhadores. Dessa forma, confirma-se o que o que o filósofo Ortega y Gasset disse: “Eu sou eu e a minha circunstância”, ou seja, cada indivíduo constrói sua identidade a partir do seu ambiente.

Mas o que realmente causa essa crise de identidade? Ora, podemos afirmar que seria a grande cobrança da obediência das normas impostas nas empresas, como se fossem “verdades universais”, que geram certo desconforto e dúvida, pois essas normas apresentam muitas contradições. Por exemplo, as empresas “pedem que o trabalhador seja inovador, criativo, ousado, mas que obedeça à tradição e não provoque rupturas”.

Assim, pode-se inferir que se há uma crise de identidade, há, consequentemente, uma dificuldade nas relações. Pois se sabe que relação é toda e qualquer troca que o indivíduo realiza com o meio que o cerca, no sentido de suprir suas necessidades, ou seja, a relação depende diretamente do indivíduo, do comportamento dele.

Sabe-se que essas relações interpessoais são ainda mais prejudicadas pelo incentivo que as empresas dão ao “estreitamento das relações sociais apenas no seu interior”, assim as relações são limitadas. Isso dificulta bastante o desenvolvimento e desempenho de cada indivíduo, pois a diversidade de relações ajuda na construção de um ser humano mais eficiente e até mais produtivo. Maria Ester confirma isso dizendo que “é saudável para as pessoas e para as organizações que elas mantenham contatos múltiplos e diversos”.

Diante disso, percebe-se a necessidades de quebrar esses paradigmas estabelecidos pelas empresas, pois à medida que surgem outras dificuldades se exigem novos modelos, novos paradigmas. Em meio a um contexto tão complexo, vale ressaltar que as organizações devem desistir dessa homogeneização de normas e regras, desistir do “narcisismo das pequenas diferenças” exposto por Freud, pois se sabe que as diferenças é que constroem.

Bibliografia:

COUTINHO, M. C.; KRAWULSKI, E.; SOARES, D. H. P. Identidade e trabalho na conteporaneidade: repensando articulações possíveis. Psicol. Soc. vol.19 no.spe Porto Alegre  2007. Disponível em:<  > Acesso em: 01 mai. 2013.

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