Bibliotecário 2.0

VIEIRA, David Vernon; BATISTA, Sofia Galvão; CERVERÓ, Aurora Cuevas. As competências profissionais do bibliotecário 2.0 no espaço da biblioteca universitária: discussão de prática. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v.23, n.2, p.45-58, maio/ago. 2013. Disponível em: http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/15644. Acesso em: 18 fev. 2014.

Resumo

Para conhecimento preciso do papel do bibliotecário 2.0 em biblioteca universitária, é fundamental entender a necessidade da web 2.0 de ser inserida neste espaço no qual vem sendo reconfigurada e atualizada não por questão tecnológica, mas pela interação e dinamismo na criação do conteúdo na web pelos internautas.

A web 2.0 é conhecida como uma segunda geração da Web Social no qual possibilita a utilização de ferramentas como Wikis, RSS, Chats, MSN, Redes Sociais, Social bookmark e outras, com as quais os usuários podem interagir e gerar novos conteúdos através da plataforma web. Neste sentido a biblioteca universitária 2.0 é a interação de ações biblioteconômicas com a dinâmica da web 2.0 proporcionando compartilhamento de informações, documentos e conteúdos. Segundo Vieira, Batista e Cerveró (2013):

Numa pesquisa realizada em 81 sítios web de bibliotecas universitárias americanas, no Estado de Nova Iorque-EUA, os pesquisadores Xu, Ouyang e Chu (2009), buscaram verificar como era feita a adoção das mídias sociais da Web 2.0 nestes sítios web visitados, para tentar desenvolver um modelo de Biblioteca Universitária 2.0 que era fundamentado em três componentes: o Bibliotecário 2.0; o Usuário 2.0 e a Informação 2.0 e assim, para cada um deles os autores procuraram descrever alguns atributos.

Pelo estudo analisado foi verificado que o grupo de usuário 2.0 de lado são os estudantes que tiveram grande participação na biblioteca 2.0 e rápida adoção das mídias sociais da Web 2.0 e os professores e funcionários que realizaram a função de pesquisa e ensino e um campo vasto de adoção das mídias sociais da Web 2.0. Com isso, fez-se a necessidade que tanto a biblioteca física quanto a virtual precisa propor estratégias que visem satisfazer a nova geração e as mudanças ocorridas na atualidade. Vieira, Batista e Cerveró (2013) mencionam que universidades deverão assumir uma transformação profunda, tanto em nível de organização e gestão como também de mudança de estratégias de aprendizagem. Assim como também os bibliotecários 2.0 têm que se orientar pelo uso intensivo de serviços e recursos digitais. A informação 2.0 que é o terceiro componente do estudo, é diferente dos outros módulos de informação pelo simples fato de que a informação 2.0 é linear, organizada tanto pelo bibliotecário quanto o usuário, através de blogs e tags, o fluxo de informação se dá em várias vias, e é precisa e rápida.

Ao apontar o papel do bibliotecário 2.0, Vieira, Batista e Cerveró (2013) reforçam que a competência do profissional está ligada a aspectos tecnológicos que deverão ser complementados com sua habilidade 2.0:

Entender como todas as competências tecnológicas funcionam numa biblioteca; entender como todas as competências tecnológicas complementam os serviços em uma biblioteca física, tradicional; e, o mais importante: a capacidade de contar a história da biblioteca, através de diversos