Bullying direto e indireto
Trabalho acadêmico: Bullying direto e indireto. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucasmarques7 • 24/8/2014 • Trabalho acadêmico • 2.222 Palavras (9 Páginas) • 1.392 Visualizações
Bullying
Bullying é um termo da língua inglesa que vem do bully, que significa “valentão” e se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying é um fenômeno tão antigo quanto à própria instituição denominada escola. No entanto, o tema só passou a ser objeto de estudo científico no início dos anos 70. Tudo começou na Suécia, onde grande parte da sociedade demonstrou preocupação com a violência entre estudantes e suas consequências no âmbito escolar. Em pouco tempo, a mesma onda de interesses contagiou todos os demais países escandinavos.
Atualmente o bullying é um problema mundial, que pode acontecer em qualquer contexto onde as pessoas interajam, como escola, faculdade, universidade, família e até mesmo em local de trabalho ou entre vizinhos. Existem escolas que acabam não admitindo a ocorrência de bullying entre seus alunos, desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente.
Nesses casos, estão inclusos os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas. As vítimas que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relação social, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio. Por isso, de acordo com o cientista sueco Dan Olweus o assédio escolar é definido em três termos fundamentais: O comportamento é agressivo e negativo; executado repetidamente e ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
Bullying direto e indireto
O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido por meio de uma vasta variedade de técnicas, que incluem: Espalhar comentários; recusa em se socializar com a vítima; intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima; ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).
Os protagonistas do Bullying escolar
Perfil do agressor
Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido que uma deficiência em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser particulares fatores de risco. Estudos adicionais têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do assédio escolar, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies ou bulidores sofram de qualquer déficit de autoestima. Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas.
Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Alguns exemplos das técnicas de assédio escolar: insultar a vítima; acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada; ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade; interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os; espalhar rumores negativos sobre a vítima; depreciar a vítima sem qualquer motivo; fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens; colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully; fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência; isolamento social da vítima; usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos etc); chantagem, expressões ameaçadoras; grafitagem depreciativa; usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita"); fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas. Enquanto a sociedade não resolver o problema de bullying nas escolas, dificilmente conseguirão reduzir as outras formas de comportamentos agressivos e destrutivos entre adultos.
As Vítimas
• Vítima Típica
As vítimas típicas são os alunos que apresentam pouca habilidade de socialização. Em geral são tímidas ou reservadas, e não conseguem reagir aos comportamentos provocadores e agressivos dirigidos contra elas. Normalmente são mais frágeis fisicamente. Enfim, qualquer coisa que fuja do padrão imposto por um determinado grupo pode deflagrar o processo de escolha da vítima do bullying. Os motivos (sempre injustificáveis) são os mais banais possíveis.
• Vítima Provocadora
São aquelas capazes de insuflar em seus colegas reações agressivas contra si mesmas. Em geral, discutem ou brigam quando são atacadas ou insultadas. Podemos encontrar nesse grupo crianças ou adolescentes hiperativos impulsivos e/ou imaturos, que criam, sem intenção explícita, um ambiente tenso na escola.
• Vítima Agressora
A vítima agressora reproduz os maus-tratos sofridos como forma de compensação, ou seja, ela procura outra vítima, ainda mais frágil e vulnerável, e comete contra esta todas as agressões sofridas.
Os Espectadores
São os
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