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CENÁRIO MACROECONÔMICO PARA O ANO DE 2014

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Por:   •  24/9/2013  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  476 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A economia brasileira começou 2013 com um ritmo de crescimento mais intenso, dando prosseguimento à trajetória de aceleração verificada a partir do segundo semestre de 2012. Apesar das dificuldades que persistem na economia internacional, a economia brasileira continua crescendo gradualmente.

Os fundamentos macroeconômicos do país têm permitido enfrentar a crise global sem maiores sobressaltos. A taxa de juros SELIC atingiu seu mínimo histórico (7,25% a.a.). No sistema financeiro, as taxas de juros de crédito e os spreads bancários continuaram a cair em 2012. O volume de crédito terminou 2012 com um crescimento de 16,2% em relação ao ano anterior, com destaque para o crédito habitacional, que aumentou 37,6%.

2 INFLAÇÃO

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para o sistema de metas de inflação, a estimativa do mercado financeiro para este ano subiu de 5,80% para 5,81%. Para 2014, a previsão do mercado permaneceu inalterada em 5,80%.

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o Banco Central tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

O mercado financeiro manteve a estimativa de que o Banco Central subirá os juros básicos da economia, atualmente em 7,5% ao ano, para 7,75% ao ano, de acordo com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da autoridade monetária - responsável por fixar a taxa de juros.

Para o fim de 2013, a previsão dos analistas dos bancos para a taxa de juros permaneceu em 8,25% ao ano e, para o fechamento de 2014, avançou de 8,25% para 8,5% ao ano.

As metas de inflação vêm sendo cumpridas desde 2004, ou seja, por nove anos consecutivos a inflação ao consumidor medida pelo IPCA tem ficado dentro do intervalo dos percentuais estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional. Os desvios do centro da meta ocorridos nos anos recentes refletem, primordialmente, choques de oferta que afetam a economia como, por exemplo, intempéries climáticas.

(2) - Inflação Efetiva estimada

Fonte: Banco Central do Brasil

3 EMPREGO

O mercado de trabalho brasileiro mostrou forte dinamismo em 2012, registrando taxa de desemprego de 4,6% em dezembro de 2012, a menor taxa da história, e 5,4% em janeiro de 2013, a menor taxa para o mês desde o início da série. Em 2012, a taxa média de desemprego ficou em 12,3%. Esse é o menor índice desde a realização da primeira Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), em 1992. Do total de vagas criadas, 90% são formais, o que significa mais segurança para os trabalhadores.

O saldo positivo se deve, principalmente, às políticas públicas de qualificação profissional. Um dos exemplos é o Qualificopa, lançado em 2011 com o objetivo de capacitar trabalhadores em diversas áreas para atuar durante a Copa do Mundo de 2014. Os setores que mais empregaram no período foram: serviços, com 54 mil trabalhadores; construção civil, que criou 18 mil postos, e o setor público, com 17 mil novas vagas. A tendência é que esses números tripliquem com o mundial em 2014, especialmente no setor de serviços, que gera demanda espontânea e deve começar a contratar ainda mais já a partir de abril deste ano, beneficiadas com os cursos gratuitos e a inserção no mercado de trabalho.

Dados em: % da população economicamente ativa

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

4 RENDA

O Brasil possui um imenso potencial ainda inexplorado no seu mercado interno, fruto da má distribuição de renda, que impede que amplas camadas da população participem do mercado de consumo e/ou amplie o consumo de bens e serviços cujo consumo é restrito devido à baixa renda. Para isso, várias políticas já implantadas devem ser ampliadas nos seus alcances. A mais importante é a regra de correção do salário mínimo, que deveria continuar crescendo acompanhando o crescimento do PIB.

Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) elaborado pelo governo prevê que o salário mínimo passe dos atuais 678 reais para 719,48 reais em 2014. No projeto do ano anterior, o salário previsto era de 729,20 reais para o período.

A aceleração do crescimento nos últimos anos causou expansão significativa do poder de compra do trabalhador. Como resultado da política de valorização implementada pelo Governo, o valor do salário mínimo já aumentou 75%, em termos reais, de 2003 a 2012. No último ano, o aumento nominal do salário mínimo foi de 9%, passando de R$622 para R$670. O aumento da formalização e do nível de escolaridade dos trabalhadores se reflete no aumento salarial. O ano de 2012 experimentou maior crescimento da renda e da ocupação em relação a 2011 e essa tendência continua no começo de 2013.

Não podemos esquecer que a copa de 2014 não é apenas despesa. O Mundial vai contribuir para gerar empregos e aumentar a renda do trabalhador. Estão sendo estimados a criação de 330 mil novos empregos diretos e 400 mil temporários. O evento tornará o Brasil uma vitrine internacional – esperamos receber cerca de 600 mil turistas. No setor de infraestrutura, os investimentos chegarão a R$ 33 bilhões, com 68% de participação do governo federal.

Fonte: Banco Central do Brasil

Fonte: Banco Central do Brasil

5 NÍVEL DE OCIOSIDADE DO SETOR PRODUTIVO

Conforme dados obtidos no Banco Central do Brasil, o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) que é medido pela Fundação Getúlio Vargas, o qual mensura a ociosidade nas indústrias (índice publicado mensalmente). Verificamos que o nível de utilização vem aumentando gradualmente desde janeiro quando teve uma queda de dois pontos percentuais, de 84,8 para 82,8, baseados nas informações obtidas acreditamos que o nível de ociosidade deve diminuir ainda mais para 2014 devido aos eventos que ocorrerão no Brasil (Copa das Confederações – 2013; Copa do Mundo – 2014), os quais devem aumentar ainda mais a demanda interna, impulsionando o nível de geração de emprego, uma vez que para aumentar a produção às indústrias deverão contratar mais mão-de-obra reduzindo a ociosidade.

Fonte: Banco Central do Brasil

6 CONSUMO DAS FAMÍLIAS

O consumo das famílias é com certeza o agregado do Produto Interno Bruto mais importante e significativo. Este indicador responde historicamente por volta de 60% do PIB brasileiro. No cálculo do consumo das famílias entram diversos bens e serviços ofertados à população: alimentos, vestuário, transporte, lazer, serviços diversos, entre outros.

Na figura abaixo, vemos a série histórica do consumo das famílias, em dados trimestrais disponibilizados pelo IBGE. O último dado disponibilizado do quarto trimestre de 2012 mostra que o Consumo das Famílias representava um valor de R$ 721 bilhão, ou seja, 61% do PIB (R$ 1.169.324 bilhão) do país são provenientes do consumo das famílias.

Acreditamos que seguindo a tendência histórica, e dada melhora nas perspectivas dos consumidores e das indústrias, o PIB brasileiro deve continuar em expansão em 2014, assim como o consumo das famílias, impulsionado ainda pelo evento sazonal da Copa do Mundo que ocorrerá no Brasil.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

7 IDADE MÉDIA DA POPULAÇÃO

Com o passar dos anos a população brasileira tem vivido cada vez mais, seja pelos cuidados com a saúde, avanços medicinais ou mesmo a melhoria da qualidade de vida. Estes fatos fizeram aumentar a idade média da população de 27,1 (1991) para 32,1 (2010), esse movimento vem sendo percebido lentamente com o passar dos anos, o aumento na idade média da população associado com a baixa taxa de fecundidade (filhos por mulher) se tornou algo preocupante uma vez que observando países da Europa temos situações de cerca de 30% da população somente ativa. Observando o Brasil e a sua alta carga tributaria isso é mais preocupante, já que o Governo retira dessa carga tributária os fundos para o pagamento da previdência social isso causaria um déficit em relação da população economicamente ativa que paga os tributos para a população inativa de aposentados que recebem este recurso. Além da perda investimentos já que com o aumento da população inativa os mais velhos que antes investiam em diversos ramos não o fazem mais e os mais novos com as instabilidades econômicas já não querem se arriscar.

8 NÚMERO MÉDIO DE FILHOS POR FAMÍLIA

Com base no ultimo censo publicado pelo IBGE em 2010 verificamos que a taxa de fecundidade (responsável por medir o número médio de filhos por mulher) vem decrescendo cada vez mais, no comparativo entre o ano de 2000 e 2010 é possível visualizar uma queda significativa de 2,38 para 1,86 filho por mulher, registrando uma diferença relativa de 21,9%. Essa diferença associada ao aumento da idade média da população é algo alarmante uma vez que onde existe a maior concentração da taxa de fecundidade seja em regiões em que as pessoas tenham baixa renda. Isso significa que provavelmente esses filhos sem uma infraestrutura e sem condições financeiras não conseguiram ter melhores condições que seus pais. Essa falta de condições com o passar do tempo será percebida através de fatores como a falta de mão-de-obra especializada e a capacidade de investimento nacional.

REFERÊNCIAS

http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201305131139_TRR_82210369acessado em: 11/05/2013 – 14h30

http://www.fazenda.gov.br/portugues/docs/perspectiva-economia-brasileira/

acessado em 11/05/2013 – 14h30

http://www.bcb.gov.br/pec/indeco/Port/ie1-23

http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/cnt/default.asp?t=3&z=t&o=15&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1

http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2018

http://1.globo.com/economia/mercados/noticia/2013/05/mercado-preve-mais-inflacao-e-crescimento-menor-do-pib-em-2013.html

http://www.df.gov.br/noticias/item/5024-pesquisa-de-emprego-e-desemprego-ped.html

http://www.bcb.gov.br/Pec/metas/TabelaMetaseResultados.pdf

http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201305131139_TRR_82210369

http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=1&op=1&vcodigo=SCN32&t=despesa-consumo-familiasbrem-relacao-produto-interno

http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=1&op=1&vcodigo=SCN52&t=produto-interno-bruto-br-valores-correntes

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