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Características do positivismo

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Por:   •  22/9/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.567 Palavras (7 Páginas)  •  902 Visualizações

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Positivismo

Podemos caracterizar três premissas básicas no positivismo:

1. A Sociedade é regida por leis Naturais, isto é, leis invariáveis, independentes da vontade e da ação humana; na vida social, reina uma harmonia natural.

2. A Sociedade pode, portanto, ser Epistemologicamente assimilada pela Natureza e ser estudada pelo métodos, trajetória e processos empregados pelas Ciências da Natureza.

3. As Ciências da Sociedade, assim como as da Natureza, devem limitar-se à observação e à explicação causal dos fenômenos, de forma objetiva, neutra, livre de julgamentos de valor ou Ideologias, descartando todas as pré-noções e preconceitos (neutralidade axiológica).

Augusto Comte

O problema central para a sociologia era aquele que tinha sido articulado pelos pensadores mais antigos do Iluminismo: como a sociedade deve ser mantida unida quando se torna maior, mais complexa, mais variada, mais diferenciada, mais especializada e mais dividida? A resposta de Comte foi que as idéias e as crenças comuns precisavam ser desenvolvidas para dar à sociedade uma moralidade "universal”. Essa resposta nunca foi desenvolvida, mas a preocupação com os símbolos e a cultura, como uma força unificadora para manter a essência do conceito sociológico francês, existe até os dias de hoje.

Uma tática que Comte empregou para fazer com que a sociologia parecesse legítima foi postular a lei dos três estados, na qual o conhecimento está sujeito, em sua evolução, a passar por três estados diferentes. O primeiro estado é o teológico, em que o pensamento sobre o mundo é dominado pelas considerações do sobrenatural, religião e Deus; o segundo estado é o metafísico, em que as atrações do sobrenatural são substituídas pelo pensamento filosófico sobre a essência dos fenômenos e pelo desenvolvimento da matemática, lógica e outros sistemas neutros de pensamento; e o terceiro estado é o positivo, em que a ciência, ou a observação cuidadosa dos fatos empíricos, e o teste sistemático de teorias tornam-se modos dominantes para se acumular conhecimento. E com o estado positivo o conhecimento pode ter utilidade prática a fim de melhorar as vidas das pessoas.

Comte ainda avaliou que a sociedade possuía dois movimentos principais: dinâmico e estático.

Movimento dinâmico: é o responsável pela evolução social que imprime sobre as sociedades as transformações para estágios superiores e mais complexos. (progresso)

Movimento estático: é o responsável pela organização e equilíbrio do organismo que ajustaria a sociedade ao seu melhor funcionamento harmônico. (ordem)

A sociologia de Comte gira em torno de núcleos constantes, como a propriedade, a família, o trabalho, a pátria, a religião. Exclui a preocupação com uma teoria do Estado e com a economia política.

A filosofia de Comte pode ser considerada como uma reação conservadora à Revolução Francesa (1789), colocando-se no caminho contra evolucionário, quer participar da reconstrução instituindo a ordem de maneira soberana.

A palavra Ordem significa ao mesmo tempo arranjo e mando. É ele mesmo que afirma: “Nenhum grande progresso pode efetivamente se realizar se não tende finalmente para a evidente consolidação da ordem”. Seu conceito da ciência é o de um saber acabado, que se mostra sob a forma de resultados e receitas.

Tendo colocado a ciência positiva como o ápice da vida e do conhecimento humanos Comte prossegue estabelecendo uma série de postulados aos quais a ciência deve se conformar. O principal deles é que a ciência deve assegurar a marcha normal e regular da sociedade industrial. Ora, ao fazer isso, Comte troca a teoria filosófica do conhecimento por uma ideologia.

ÉMILE DURKHEIM E OS FATOS SOCIAIS

Fundador da sociologia, Durkheim combinou a pesquisa empírica com a teoria sociológica. Sua contribuição tornou-se ponto de partida do estudo de fenômenos sociológicos como a natureza das relações de trabalho, os aspectos sociais do suicídio e as religiões primitivas.

Émile Durkheim nasceu em Épinal, Vosges, em 15 de abril de 1858. Estudou em Paris e interessou-se por filosofia. Em 1887 assumiu a primeira cadeira de sociologia instituída na França. Duas principais obras: (1893 - Da divisão do trabalho social), (1895 - As regras do método sociológico). Na primeira, analisa o problema da ordem num sistema social de individualismo econômico. Na segunda, define fato social e esquematiza a trama metodológica com que estudou os fenômenos sociais.

Para Durkheim a sociedade prevalece sobre o indivíduo. A sociedade é para esse autor, um conjunto de normas de ação, pensamento e sentimento que não existem apenas nas consciências dos indivíduos, mas que são construídas exteriormente, isto é, fora da consciência individuais. Em outras palavras, na vida em sociedade o homem defronta com regras de conduta que não foram diretamente criadas por ele, mas que existem e são aceitas na vida em sociedade, devendo ser seguidas por todos. Sem essas regras, a sociedade não existiria, e é por isso que os indivíduos devem obedecer a elas. As leis são um bom exemplo do raciocínio de Durkheim. Em toda sociedade existem leis que organizam a vida em conjunto. O individuo isolado não cria leis nem pode modificá-las. São as regras de homens que vão criando e reformulando coletivamente as leis. Essas leis são transmitidas para as gerações seguintes na forma de códigos, decretos, constituições, etc. Como indivíduos isolados, temos de aceita-las, sob pena de sofrer castigos por violá-los.

Assim, Durkheim afirmará que os fatos sociais, ou seja, o objeto de estudo da Sociologia, são justamente essas regras e normas coletivas que orientam a vida dos indivíduos em sociedade. Tais fatos sociais são diferentes dos fatos estudados por outras ciências por terem origem na sociedade, e não na natureza (como nas ciências naturais) ou no indivíduo (como na Psicologia).

E as características dos fatos sociais são:

Coletivo ou geral – significa que o fenômeno é comum a todos os membros de um grupo;

Exterior ao indivíduo – ele acontece independente da vontade individual;

Coercitivo – os

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