Caçar um vírus é um vírus assassino
Resenha: Caçar um vírus é um vírus assassino. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Leidi45 • 10/5/2014 • Resenha • 437 Palavras (2 Páginas) • 219 Visualizações
Vítimas da Influenza internadas no hospital das Forças
Armadas dos EUA n° 45, em Aix-les-Bains, França, em 1918.
Ao todo estima-se que a gripe tenha matado 40 milhoes de
pessoas no mundo, das quais mais de 35 mil no Brasil.
Reportagem
edição 35 - Abril 2005
À caça do vírus da gripe assassina
A mais letal onda de gripe da história está sendo exumada
por Jeffery K. Taubenberger, Ann H. Reid e Thomas G. Fanning
Em 7 de setembro de 1918, durante a Primeira Guerra
Mundial, um soldado em um campo de treinamento do
Exército americano nas cercanias de Boston adoeceu
com uma grave febre. Médicos diagnosticaram
meningite, mas mudaram de idéia no dia seguinte,
quando uma dezena de soldados foi hospitalizada com
sintomas de doenças respiratórias. Trinta e seis novos
casos desse mal desconhecido surgiram no dia 16. Uma
semana depois, havia 12.604 doentes entre 45 mil
soldados. Ao final da epidemia, um terço da população
do campo havia adoecido, e cerca de 800 morreram. Os
soldados que pereceram apresentavam uma cor azulada
e sofreram horrivelmente antes de sucumbir à morte
por sufocamento.
Muitos morreram em menos de 48 horas depois de os
sintomas aparecerem, e na autópsia seus pulmões
estavam cheios de fluidos ou sangue.
Por causa dessa rara gama de sintomas que não se
encaixava em nenhuma doença conhecida, um famoso
patologista da época, William Henry Welch, especulou
que seria "um novo tipo de infecção ou praga". Mas a
doença não era nem praga nem mesmo nova. Era
apenas influenza.
Essa particular, virulenta e infecciosa onda de gripe foi
responsável pela morte de cerca de 40 milhões de
pessoas em todo o mundo entre 1918 e 1919.
A mais letal epidemia de gripe da história moderna desapareceu tão rapidamente quanto surgiu, e sua
causa perdeu-se com o tempo. Ninguém preservou amostras do elemento patogênico para estudos
posteriores porque até a década de 1930 não se sabia que a doença era virótica.
Mas, graças à incrível visão do Museu Médico do Exército dos EUA, à persistência do patologista
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