Ciencia Economica

Ciência Econômica: conceitos e correntes do pensamento econômico.

O conceito de Economia engloba a noção de como a sociedades emprega seus recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços necessários a sobrevivência humana e à qualidade de vida.

A escassez de recursos sugere a ideia de que os recursos produtivos ou fatores de produção são limitados, não podendo assim produzir uma quantidade infinita de bens. Por outro lado as necessidades humanas são ilimitadas e insaciáveis.

Em função disso, toda sociedade tem de escolher como alocar seus recursos produtivos limitados, de forma a atender ao máximo as necessidades humanas.

Nesse ponto surgem os chamados problemas econômicos fundamentais: 1) O que e quanto produzir? A sociedade terá de escolher quais os produtos serão produzidos e as suas respectivas quantidades. 2)Como produzir? Quais os recursos serão utilizados para a produção, dado o nível tecnológico disponível. Os produtores escolherão, entre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo. 3) Para quem produzir? A sociedade também decide como seus membros participarão da distribuição dos resultados.

A forma como são resolvidos os problemas econômicos fundamentais vai depender da forma de organização econômica do país. Essa organização é chamada Sistema Econômico. Os elementos básicos de um sistema são:

• Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção

• Complexo de unidades de produção

• Conjunto de instituições politicas, jurídicas, econômicas e sociais.

Os Sistemas Economicos podem ser classificados em:

-Sistema Capitalista ou economia de mercado: onde prevalecem o lucro, a propriedade privada, o consumo e a livre iniciativa.

-Sistema Socialista ou economia centralizada ou planificada: predomina a propriedade pública e as questões fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento.

Os países organizam-se segundo esses dois sistemas, ou alguma forma intermediaria entre eles.

A primeira escola econômica foi a Mercantilista, que se volta para a acumulação de riquezas de uma nação. O Mercantilismo defende o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do controle governamental da economia e da expansão comercial. Considerava que um país quanto mais rico, mais poderoso era, desencadeando assim algumas guerras.

Como reação ao mercantilismo, surge a escola Fisiocrata. Formada por pensadores franceses, tinha como expoente o Dr. Françoise Quesnay. A Fisiocracia sugeria que era desnecessária a regulamentação governamental, pois a lei da natureza era suprema e tudo que fosse contra ela seria derrotado. Também advogavam q a agricultura era a única produtiva.

Na década de 1870 até as primeiras décadas do séc XX, desenvolveu-se a Teoria Neoclassica. Os teóricos econômicos não se preocupavam tanto com a politica e o planejamento macroeconômico, mas privilegiavam os aspectos microeconômicos. Alfred Marshall foi um grande destaque dessa corrente, levantando questões do comportamento do consumidor, teoria marginalista e teoria quantitativa da moeda. Recorrendo à economia dos clássicos, com as contribuições marginalistas de seus contemporâneos, realizou uma síntese na qual procurou destacar as razões e requisitos do equilíbrio parcial.

John Maynard Keynes, defensor da economia neoclássica até a década de 1930, analisou a Grande Depressão, em que formulou as bases da teoria que, mais tarde, seria chamada de keynesiana. Keynes defendeu o papel regulatório do Estado na economia, através de medidas de política monetária e fiscal, para aliviar os efeitos adversos dos ciclos econômicos. Também é considerado um dos pais da moderna teoria macroeconômica. Discordou da lei de Say (a oferta cria sua própria procura).A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulador como pensavam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" dos empresários. É por esse motivo, e pela ineficiência do sistema capitalista em empregar todos que querem trabalhar que Keynes defende a intervenção do Estado na economia. Segundo o autor, o capitalismo é o sistema mais eficiente que a humanidade já conheceu. O objetivo é o aperfeiçoamento do sistema, de modo que se una o altruísmo social (através do Estado) com os instintos do ganho individual (através da livre