Ciencias Sociais

INTRODUÇÃO

As Ciências Sociais se desenvolveram a partir do século XX, em decorrência das obras de Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber.

As Ciências Sociais têm como objeto de estudo as interações humanas, concentrando-se, portanto no mundo social, e assim como as ciências naturais, buscam a objetividade através da utilização rigorosa do método científico. As Ciências Sociais são divididas em campos especializados, tais como: sociologia, psicologia, economia, ciência política, administração, antropologia, e outras. Todas as Ciências Sociais se preocupam com o comportamento humano.

O objetivo deste trabalho é compreender as definições de cultura, indivíduo e sociedade, refletindo e problematizando concepções da Sociologia no cotidiano. Serão analisados livros, textos e sítios da internet que possuem o material necessário.

Compreenderemos os aspectos sociais, políticos, históricos e culturais das Ciências Sociais, novamente problematizando, e a questão da estrutura social e de seu controle. Nesse contexto, refletiremos sobre o filme “A classe operária vai ao paraíso”, onde argumentaremos sobre as questões: trabalho, consumo e sociedade.

Abordaremos a questão da desigualdade social, tão presente em nosso país, onde, a partir dos documentários “Bumbando e Ilha das Flores”, vamos analisar quatro imagens que mostrem as divergências sociais.

Por último, a partir do documentário “Pajerama”, do Diretor Leonardo Cadaval e outros textos obtidos em sítios da internet, vamos abordar a exploração do meio ambiente, relacionando os fatores com os fundamentos sociológicos.

Todo o trabalho será produzido a partir de relatórios parciais, que consistem em textos críticos/reflexivos, contemplando a problematização/reflexão dos assuntos abordados.

1 CONCEITOS DE CULTURA, INDIVÍDUO E SOCIEDADE

De uma maneira genérica cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a moral, leis, herança cultural, tradição social, territorialidade, instituições, linguagem, instrumentos, os costumes e todos os hábitos, valores e aptidões adquiridos pelo homem em família, e também por fazer parte de uma sociedade como membro. Cultura também é definida em ciências sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade, pois quando o indivíduo nasce e interage, ele passa a ser portador de uma cultura.

A cultura é também um mecanismo cumulativo porque as modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, aonde vai se transformando, perdendo e incorporando outros aspectos procurando melhorar a vivência das novas gerações. Todos os grupos humanos possuem cultura, e não podemos graduá-la como melhor ou pior, uma vez que fazendo isso estaríamos avaliando pela nossa própria cultura.

A individualidade diz respeito àquilo que nos difere do outro, e que nos torna únicos. Para Marx (1818-1883), cada indivíduo deve ser analisado de acordo com o contexto de suas condições e situações sócias, já que produzem sua existência em grupos. Assim, é impossível analisar o indivíduo separado do conceito de sociedade já que tudo que somos é fruto do ambiente que fomos criados e educados. Um exemplo disso são as crianças criadas por animais na Índia, que foram encontradas em estado selvagem, andavam de quatro, comiam carne crua e possuíam os mesmos hábitos dos animais.

O ser humano é um produto da interação social, todo indivíduo nasce dentro de um grupo, que o dota dos mesmos traços dos membros daquele grupo, fazendo com que ele seja aceito. O indivíduo adquire do grupo as maneiras de agir, pensar e sentir. No entanto, o processo de socialização permite que o indivíduo adquira uma personalidade própria, que o tornará diferente de todos, e ao mesmo tempo parte do grupo social.

Para Émile Durkheim (1858-1917) a sociedade sempre precede sobre os indivíduos, dispondo de certas regras, normas, costumes e leis que assegurem sua perpetuação, criando uma consciência coletiva que dá o sentido de integração no grupo.

Para Peter Berger e Thomas Lukmann a sociedade é uma produção humana e o homem é uma produção social. Através da socialização o indivíduo adquire conhecimento do papel dos outros e neste processo entende o seu papel, criando a sua própria personalidade.

Sociedade é um grupo autônomo de pessoas que ocupam um território comum, têm uma cultura comum e possuem uma sensação de identidade compartilhada.

1.1 Considerações sobre os temas abordados: cultura, indivíduo e sociedade

Fazendo uma análise sobre os temas em questão, concluímos que todos eles se complementam e se entrelaçam contribuindo para a existência do ser humano. O ser humano só existe em função da cultura, todos os seus conhecimentos, valores, ideias, leis ou qualquer outra coisa que possui, e que é proveniente do meio em que vive, o torna único, diferente, e ao mesmo tempo perfeitamente integrado na sociedade que pertence. No entanto, a questão cultural é muito delicada, já que vivemos em sociedade, um exemplo disso, são os roedores divinos, citados no PLT (Sociologia Geral), na cidade de Deshok, na Índia, que são reverenciados como divindades, chegando ao total de cem mil roedores perambulados em um templo. Ao mesmo tempo em que o governo deve exterminá-los, por uma questão de saúde pública, a sociedade local impede devido às suas crenças.

Vemos assim, que a cultura, ao mesmo tempo em que deve ser preservada, aceita e não julgada, o indivíduo e a sociedade evoluem, crescem e se ajustam como exemplo disso, podemos citar que até pouco tempo em nosso país, nas cidades do interior, era comum a criação de porcos e galinhas, nos quintais da casas. Tal situação sempre gerou controvérsia e transtornos, no entanto, após muita conscientização e esclarecimentos a população foi, aos poucos, abandonando tal prática e hoje isso é totalmente proibido, ou seja, o que antes era uma questão cultural, hoje não existe mais.

Outro fator é a globalização, que está mudando a forma de pensar e agir de todo o mundo, aquilo que considerávamos só nosso, hoje é de todos, países que até pouco tempo não permitiam abertura política, agora estão com suas fronteiras abertas, até mesmo como uma forma de sobrevivência. A China é um grande exemplo disso, e podemos citar outros, como: Cuba, os países do Oriente Médio, e porque