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Ciencias Sociais

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Por:   •  27/11/2013  •  4.448 Palavras (18 Páginas)  •  280 Visualizações

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Resumo de Fundamentos das Ciências Sociais – AV2

As contribuições de Max Weber

A sociedade sob uma perspectiva histórica – Para o positivismo, a historia é o processo universal de evolução da humanidade, cujos estágios o cientista pode perceber pelo método comparativo, capas de aproximas sociedades humanas de todos os tempos e lugares. Fica claro que essa posição anula a importância dos processo historias particulares, valorizando apenas a lei da evolução, a generalização e a comparação entre formações sociais. Marx Weber, figura dominantes na sociologia alemã, com formação histórica consistente, se oporá a essa concepção. Para ele, pesquisa historia é essencial para a compreensão das sociedades. O caráter particular e especifico de cada formação historia deve ser respeitado. O conhecimento histórico, entendido como busca de evidencias, torna-se um poderoso instrumento para o cientista social. Weber consegue combinar duas perspectivas: a histórica, que respeita as particularidades de cada sociedade e a sociológica, que ressalta os elementos mais gerais de cada fase do processo histórico. Ele propunha para suas analises o método compreensivo, isto é, um esforço interpretativo do passado e de sua repercussão nas características peculiares das sociedades contemporâneas, isso permite ao cientista atribuir aos fatos esparsos um sentido socials e histórico.

A ação social: uma ação com sentido – Seu objeto de investigação é a ação social, a conduta humana dotada de sentido, isto é, de uma justificativa subjetivamente elaborada. Assim, o homem passou a ter, como individuo, na teoria weberiana, significado e especificidade. É o agente social que da sentido a sua ação: estabelece a conexão entre o motivo da ação, a ação propriamente dita e seus efeitos. Para a sociologia positivista, a ordem social submete os indivíduos como força exterior a eles. Para Weber, ao contrario, não existe oposição entre individuo e sociedade: as normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada individuo sob a forma de motivação. Cada sujeito age levado por um motivo que é dado pela tradição, por interesses racionais ou pela emotividade. O motivo que transparece na ação social permite desvendar o seu sentido, que é social na medida em que cada individuo age levando em conta a resposta ou a reação de outros indivíduos. Para Weber, a tarefa do cientista é descobrir os possíveis sentidos das ações humanas presentes na realidade social que lhe interesse estudar. A ação social gera efeitos sobre a realidade em que ocorre. Tais efeitos escapam, muitas vezes, ao controle e a previsão do agente. É o individuo que, por meio dos valores sociais e de sua motivação, produz o sentido da ação social, isso não significa que cada sujeito possa prever com certeza todas as conseqüências de determinada ação. Cabe ao cientista perceber isso. Assim, o social só se manifesta em indivíduos, expressando-se sob a forma de motivação interna e pessoal. Weber distingue a ação da relação social. para que se estabeleça uma relação social é preciso que o sentido seja compartilhado. Por exemplo, um sujeito que pede uma informação a outro estabelece uma ação social: ele tem um motivo e age em relação a outro individuo, mas tal motivo não é compartilhado, numa sala de aula, em que o objeto da ação dos vários sujeitos é compartilhado, existe uma relação social.

A tarefa do cientista – Weber rejeita a maioria das proposições positivistas (o evolucionismo e a exterioridade do cientista em relação ao objeto de estudo, são exemplos), para ele, o cientista, como todo individuo em ação, também age guiado por seus motivos, sua cultura e suas tradições, sendo impossível descartar-se de suas prenoções como propunha Durkheim. Portanto, para a sociologia weberiana, os acontecimentos que integram o social tem origem nos indivíduos. Qualquer que seja a perspectiva adotada pelo cientista, ela sempre resultara numa explicação parcial da realidade,

O tipo ideal – Para atingir a explicação dos fatos sociais, Weber propôs um instrumento de analise que chamou de “tipo ideal”, trata-se de uma construção teórica abstrata a partir dos casos particulares analisados. O cientista, pelo estudo sistemático das diversas manifestações particulares, constrói um modelo acentuando aquilo que lhe parece característico ou fundante. O conceito, ou tipo ideal, é previamente construído e testado, depois aplicado a diferentes situações em que dado fenômeno possa ter ocorrido. A medida que o fenômeno se aproxima ou se afasta de sua manifestação típica, o sociólogo pode identificar e selecionar aspectos que tenham interesse a explicação, como por exemplo, os fenômenos típicos “capitalismo” e “feudalismo”.

A ética protestante e o espírito do capitalismo – A ética protestante e o espírito do capitalismo, no qual ele relaciona o papel do protestantismo na formação do comportamento típico do capitalismo ocidental moderno. Weber descobre que os valores do protestantismo (como a disciplina, a poupança, a vocação, o dever e a propensão ao trabalho) atuavam de maneira decisiva sobre os indivíduos. No seio das famílias protestantes, os filhos eram criados para ensino especializado e para o trabalho fabril, optando sempre por atividades mais adequadas a obtenção do lucro, preferindo o calculo e os estudos técnicos ao estudo humanísticos. Weber mostra a formação de uma nova mentalidade, um ethos (conjunto dos costumes e hábitos fundamentais) propicio ao capitalismo, em flagrante oposição ao “alheamento” e a atitude contemplativa do catolicismo, voltado para a oração, sacrifício e renuncia da vida prática. A relação entre religião e a sociedade não se da por meios institucionais, mas por intermédio de valores introjetados nos indivíduos e transformados em motivos da ação social, segundo Weber a motivação do protestante é o trabalho, enquanto dever e vocação, como um fim absoluto em si mesmo, e não o ganho material obtido por meio dele. Weber analisa os valores do catolicismo e do protestantismo, mostrando que os últimos revelam a tendência ao racionalismo econômico, base da ação capitalista. Para construir o tipo de capitalismos ocidental moderno, Weber estuda as diversas características das atividades econômicas em varias épocas e lugares, antes e após o surgimento das atividades mercantis e da indústria. Ele diz ser o capitalismo, na sua forma típica, uma organização econômica racional assentada no trabalho livre e orientada para um mercado real. O capitalismo promove a separação entre empresa e residência, a utilização técnica de conhecimentos científicos

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