Ciências sociais
Por: Paulo Diego Ribeiro • 25/5/2015 • Tese • 1.656 Palavras (7 Páginas) • 400 Visualizações
UNIVERSIADE CEUMA
GLOBALIZAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL
SÃO LUÍS – MA
2015
UINIVERSIDADE CEUMA – CAMPUS ANIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
CIÊNCIAS SOCIAS
RESUMO: GLOBALIZAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL
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SÃO LUÍS – MA
2015
O significado do termo globalização
O termo globalização foi criado em 1980, nos Estados Unidos, e inicialmente seu significado buscava interpretar o processo de formação da economia global. Mas com o êxito, essa palavra foi incorporada por meios de comunicações e meios acadêmicos e intelectuais no mundo todo, que procuravam usa-la para significado mais preciso. Portanto o termo globalização hoje é tido um conjunto de transformações vertentes econômica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o mundo interligado, uma Aldeia Global.
Homogeneização ou fragmentação: uma falsa questão
A globalização não é um processo singular, mas sim um conjunto de processos complexos que operam de forma contraditória ou antagônica. A globalização pode, não só tirar poder ou influência de comunidades locais e nações e transferi-los para nível global, como também pode fazer o efeito inverso. Já no campo cultural, o efeito globalização, pode ser abordado de varias maneiras, entre elas destaca-se o processo em que ocorre a transição de identidades culturais de determinado território, para outras culturas que não apresentam ligações diretas com uma base territorial.
Esse mesmo processo ocorre mundialmente, em cenários distintos. O cenário mais popular é o que representa a globalização como uma homogeneização cultural. Nesse cenário, as diversas sociedades do mundo estão se contagiando com ofertas de produtos culturais disponíveis globalmente: alimentação, musicas, ideias, instituições, brinquedos, vestimentas etc. E essas exportação cultural sofre grande influência, em parte dos Estados Unidos, como superpotência, dominante em termos econômicos, culturais e militares. Mas, no entanto a produção cultural global não se restringe a exportação cultural de um só país. Com a predominância do mercado que se acentuo com a globalização econômica aquilo que pode ser consumido globalmente pode se tornar um produto cultural global, não importando a cultura que o gerou e nem o país de onde veio.
Por tanto, como acredita o sociólogo francês Edgar Morin, a sociedade não se distancia da civilização e existe uma civilização mundial, saída da civilização ocidental, que desenvolve o jogo interativo da ciência, da técnica, da indústria e do capitalismo e que comporta múltiplas culturas em seu seio, uma sociedade também gera uma cultura própria. Dessa forma, considera-se a possibilidade de constituição de uma sociedade global que apresenta uma cultura planetária.
O outro cenário é o da fragmentação cultural e conflitos intelectuais. Para o autores como Durcker, o tribalismo tornou-se uma espécie de fenômeno mundial, e manifesta-se na crescente ênfase na diversidade, em vez da unidade. Ou como Ianni, que acreditava que a globalização não tem nada haver com homogeneização. E na realidade, todo esse universo de diversidades, desigualdades, tensões e antagonismos. Trata-se de uma nova realidade, que ao mesmo tempo, integra, submente e recria singularidades, particularidades, idiossincrasias, nacionalismo, provincianismos, etnicismos, identidades e fundamentalismos. Nas quais as identidades reais e ilusórias baralham-se, afirmam-se ou recriam-se.
As diversas faces da cultura global
É de importância destacar que a influência ocorre das mais diversas maneiras. Diversas vezes assume um aspecto de resistência da cultura nacional ou local, fortalecendo ainda mais suas características e procurando evitar o elemento cultural exógeno. Na França ocorreu um fenômeno desse tipo, onde produtos de origem norte-americana têm dificuldades em serem vendidos, o McDonald's por exemplo, sofreu com movimentos para a inclusão de produtos locais franceses em seus sanduíches e só assim teve aceitação, e a Disneylândia local só deixou de dar prejuízos quando todos os brinquedos foram trocados e adaptados para o gosto e aos heróis locais, identificados com a cultura francesa. O mesmo exemplo da Disneylândia é sintomático, no Japão, lá o parque de diversões é uma cópia fiel do existente nos Estados Unidos e desde o início teve grande aceitação.
Por tanto, não existe uma aceitação passiva de influências globais e estrangeiras por parte das diferentes populações. Ou ocorre ou há a incorporação contextualizada e local.
A resistência às influências estrangeiras pode ocorrer de diferentes formas. Muitas vezes partem dos próprios governos locais, que criam barreiras, como a censura à internet, a proibição do uso de antenas parabólicas, a proibição de palavras estrangeiras em propagandas etc. E também há resistências por parte de grupos que se apegam a tradições como a resistência a globalização ocidentalizante. Mas, de um modo geral há uma predominância na incorporação e apropriação das influências estrangeiras na vida de distintos povos por todo o mundo.
A construção de uma nova diversidade cultural
Com a globalização emergem novas maneiras de manifestação cultural, em um processo chamado transculturação. São criados então expressão culturais que não apresentam raízes históricas, mas são resultados de interconexões culturais facilitadas pela expansão da tecnologia da informação, e pela internet. Com existência de múltiplas correntes transculturais que de certa forma irrigam as culturas, e ao mesmo tempo em que as superam, e formam algo que chega bem perto de uma cultura planetária.
Em várias partes do mundo, nos países desenvolvidos, que recebem um grande número de imigrantes, há um processo de criação de novas comunidades que apresentam características distintas, que não se identificam com qualquer outra. Nos Estados Unidos por exemplo, há uma importante comunidade de afro-americanos, e a comunidade latino-americana se funde, e traz influências de suas diversas comunidades de origem e que formam um grupo único, que não tem identificação com nenhum outro.
Essas comunidades vêm aumentando suas capacidades de expressão com a globalização, pois o Estado-nação provoca a homogeneização cultural a partir do processo de denominação de uma cultura, regional ou etnicamente identificada. Por isso em vários casos, o local por si só vai perdendo importância, pois muitas comunidades transnacionais surgem, seja por interesses em comum, seja por profissões ou semelhanças culturais e sociais.
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