Colonialismo de forma simples
Por: edsoncanuto • 3/9/2017 • Abstract • 809 Palavras (4 Páginas) • 364 Visualizações
Quando falamos em colonialismo lembramos de imediato, provavelmente, do
"descobrimento" do Brasil por volta de 1500. Essa prática se caracteriza pela
imposição de uma cultura sobre outra através do poder militar, da linguagem e/ou
das artes. Como veremos em diante, o colonialismo já era comum séculos antes da
chegada dos portugueses ao nosso país. A diferença é que se dava nome a essa
prática de acordo com os propósitos e ideias vigentes no período.
O período helenístico (IV – II a.C.) pode ser caracterizado como um tipo de
colonialismo, pois é nesse momento em que a cultura e o pensamento gregos se
desenvolvem para além da Grécia, e esta, com seu poder bélico, domina parte do
território Ocidental. Os motivos apontados por muitos historiadores para tal
acontecimento é o crescimento da população, a falta de espaço e a escassez de
comida devido às colheitas ruins, o que acabou gerando muita fome e falta de
oportunidade.
Com sua imposição sobre os outros territórios, a Grécia possuía um grande
destaque no cenário mundial, sendo o domínio de sua cultura e do idioma grego
comparados, por muitos, como a influência da cultura estadunidense e da língua
inglesa sobre vários países na atualidade.
É com o colonialismo europeu que temos uma ideia maior e mais bruta dessa
prática. Os motivos que levaram a esse colonialismo foram vários, sendo o principal
deles a expansão marítima europeia, onde se tem Portugal como pioneiro. Essa
expansão tinha por algumas finalidades a busca por terras e a ampliação do
comércio de especiarias, que era bastante lucrativo naquela época.
Em 1492, quando Cristóvão Colombo "descobre" a América e, alguns anos depois,
Pedro Álvares Cabral, o Brasil, há um choque cultural com as tribos indígenas que
aqui viviam, abrindo uma oportunidade de os europeus imporem sua cultura sobre
aquela que eles consideravam inferior (uma clara visão etnocêntrica). Tal imposição
dizimou inúmeras tribos, as quais não possuíam um poder bélico tão grande quanto
o dos europeus.
Com os territórios americanos sob controle, os europeus trataram de explorar e
desenvolver os recursos naturais que aqui tinham, como o ouro, pau-brasil, açúcar,
pecuária, etc. Para essa exploração era usada a mão de obra escrava. Estes
escravos eram trazidos da África onde eram trocados como simples objetos. Eles
chegavam através de navios negreiros, que tinham condições precárias e as longas
viagens faziam com que muitos já chegassem mortos.
Ainda na fase colonial, temos a imposição da religião europeia sobre os índios
através das missões jesuíticas, que tinha finalidade de torná-los civilizados e
evangelizados de acordo com a doutrina cristã que dominava o continente europeu.
Essas missões eram organizadas e administradas por padres jesuítas, que
ensinavam o cristianismo europeu através de representações, como teatro, dança,
etc.
Dessa forma, não só a cultura indígena foi sendo substituída pela europeia, como
também a dos escravos trazidos da África. Estes, para não se afastar totalmente de
suas crenças, relacionavam suas figuras religiosas com as figuras do catolicismo. A
esta prática damos o nome de sincretismo religioso.
Com a escravidão negra chegando ao fim no século XIX, temos o início, ainda neste
século, de uma fase que pode ser considerada um tipo de colonialismo por suas
práticas
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