Comunicação e expressão
Tese: Comunicação e expressão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Leinfelder22 • 7/4/2014 • Tese • 3.058 Palavras (13 Páginas) • 443 Visualizações
Comunicação e Expressão
Profa. Denize R. S. Monteiro
DEFININDO ALGUNS CONCEITOS
1 LÍNGUA
A língua é um dos códigos que permitem a comunicação é um sistema de signos e suas combinações. Do latim, conforme Aurélio "o conjunto das palavras e expressões usadas por um povo, por uma nação, e o conjunto de regras da sua gramática, idioma".
A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar e interagir com outras pessoas. Assim, quanto maior o domínio que temos da língua, maiores são as possibilidades de termos um desempenho linguístico eficiente. Ao passo que, a língua pode ser considerada uma instituição social, pertence a todos os indivíduos da mesma comunidade; apresenta caráter abstrato, uma vez que é um código, um sistema de signos, mas se concretiza por meio dos atos de fala.
Para Celso Cunha (1975:24) "A língua é um conjunto de sinais que exprimem ideias, sistema de ações e meio pelo qual uma dada sociedade concebe e expressa o mundo que a cerca, é a utilização social da faculdade da linguagem. Criação da sociedade, não pode se imutável; ao contrário, tem de viver em perpétua evolução, paralela à do organismo social que a criou. Em sua história, o indivíduo desempenha papel modesto. É, porém, na execução individual que a língua se concretiza. E, como cada indivíduo tem em si um ideal linguístico, procura extrair do sistema idiomático de que se serve as formas de enunciado que melhor lhe exprimam o gosto e o pensamento. Essa escolha é de regra uma operação artística."
Para tanto, podemos afirmar que a língua pertence a todos os membros de uma comunidade. Como ela é um código aceito convencionalmente, um único indivíduo não é capaz de criá-la ou modificá-la. A fala, entretanto, é sempre individual e seu uso depende da vontade do falante.
2 LINGUAGEM
A Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas.
Existem muitos tipos de linguagem. A fala, os gestos, o desenho, a pintura, a música, a dança, o código Morse, o código de trânsito, tudo isso podemos classificar como sendo linguagem. As linguagens podem ser organizadas em dois grupos: a linguagem verbal, modelo de todas as outras, e as linguagens não verbais. A linguagem verbal é aquela que tem por unidade a palavra; as linguagens não verbais têm outros tipos de unidade, como o gesto, o movimento, a imagem, etc. Existem também as linguagens mistas, que combinam unidades próprias de diferentes linguagens. Nas histórias em quadrinhos (HQs), por exemplo, a linguagem geralmente é mista, pois elas contêm imagens e palavras.
3 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Uma língua nunca é falada de maneira uniforme pelos seus usuários: ela está sujeita a muitas variações.
O modo de falar uma língua varia:
• de época para época: o português de nossos antepassados é diferente do que falamos hoje;
• de uma região para região: o carioca, o baiano, o paulista e o gaúcho falam de maneiras nitidamente distintas;
• de grupo social para grupo social: pessoas que moram em bairros chamados nobres falam diferente dos que moram na periferia. Costuma se distinguir o português das pessoas mais prestigiadas socialmente e o das pessoas de grupos sociais menos prestigiados;
• de situação para situação: cada uma das variantes pode ser falada com mais cuidado e vigilância (a fala formal) e de modo mais espontâneo e menos controlado (a fala informal). Um professor universitário ou um juiz falam de um modo na faculdade ou no tribunal e de outro modo numa reunião de amigos, em casa e em outras situações informais.
Além dessas, há outras variações, como, por exemplo, o modo de falar de grupos profissionais, a gíria própria de faixas etárias diferentes, a língua escrita e oral.
Diante de tantas variantes linguísticas, é inevitável perguntar qual delas é correta. Resposta: não existe a mais correta em termos absolutos, mas sim, a mais adequada a cada contexto. Dessa maneira, fala bem aquele que se mostra capaz de escolher a variante adequada a cada situação e consegue o máximo de eficiência dentro da variante escolhida.
Usar o português rígido, próprio da língua escrita formal, numa situação descontraída da comunicação oral é falar de modo inadequado. Soa como pretensioso, pedante, artificial. Por outro lado, é inadequado em situação formal usar gírias, termos chulos, desrespeitosos, fugir afinal das normas típicas dessa situação.
Falar uma língua é parecido com vestir-se: assim existe uma roupa adequada para cada situação, também existe uma variedade linguística adequada a cada situação.
O gramático Evanildo Bechara ensina que é preciso ser "poliglota de nossa língua "Poliglota é a pessoa que fala várias línguas. No caso, ser poliglota do português significa ter domínio do maior número possível de variedades linguísticas e saber utilizá-las nas mais diferentes situações.
4 AS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA
Enquanto a língua falada é espontânea e natural, a língua escrita precisa seguir algumas regras. Embora sejam expressões de um mesmo idioma, cada uma tem a sua especificidade. A língua falada é a mais natural, aprendemos a falar imitando o que ouvimos. A língua escrita, por seu lado, só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela não é uma simples transcrição do que falamos; está mais subordinada às normas gramaticais. Portanto requer mais atenção e conhecimento de quem fala. Além disso, a língua escrita é um registro; permanece ao longo do tempo, não tem o caráter efêmero da língua falada.
DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE A LÍNGUA ESCRITA E A FALADA
Língua Escrita
• Palavra gráfica;
• É mais objetiva;
• É possível esquecer o interlocutor;
• É mais sintética;
• A. redundância é um recurso estilístico;
• Ganha em permanência;
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