Contabilidade e divulgação ambiental
Seminário: Contabilidade e divulgação ambiental. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaelksouza • 31/10/2013 • Seminário • 1.616 Palavras (7 Páginas) • 266 Visualizações
Contabilidade Ambiental e a sua Evidenciação
Leonardo Antonio Rodrigues
Ivone Vieira Pereira
Resumo
Contabilidade Ambiental não é uma nova ciência, mas, uma parte da contabilidade societária que
objetiva identificar, mensurar e esclarecer os eventos econômico-financeiros que relacionam-se com a proteção,
preservação e recuperação ambiental, evidenciando a situação patrimonial de uma entidade. Por meio de
procedimentos bibliográficos, a pesquisa objetiva demonstrar como os Ativos e Passivos Ambientais são
reconhecidos, mensurados e evidenciados no contexto das Normas Brasileiras. O tema foi escolhido para
aprimorar o conhecimento na Ciência Contábil, focalizando a Contabilidade Ambiental, para que a sociedade,
organizações e governos conheçam a sua importância, principalmente, às entidades que utilizam os recursos
naturais, proporcionando informações importantes em suas demonstrações e operações. Nesse sentido, os Ativos
e Passivos Ambientais são reconhecidos em linhas a parte nas demonstrações, em contas e grupos específicos a
eles. Tratando-se da mensuração, ela é feita conforme a teoria contábil, adotando os métodos de valores de
entrada e saída, sendo os valores de entrada o custo histórico, custos correntes e custo corrente corrigido e os
valores de saída os preços correntes de venda, equivalentes correntes de caixa e valores de liquidação. A
evidenciação é feita nas mesmas demonstrações contábeis exigidas pelos órgãos regulamentadores no país. Por
fim, com tantos fatos que influenciam o meio ambiente, nada melhor do que uma ferramenta para auxiliar as
entidades a evidenciarem esses fatos, sendo a Contabilidade Ambiental essa importante ferramenta.
Palavras – Chave: Contabilidade Ambiental, Reconhecimento, Mensuração, Disclousure, Meio Ambiente.
Introdução
O homem, desde seus primórdios, explora os recursos naturais da terra, visando,
sempre, garantir o seu sustento e o de sua família. Muitas vezes essa exploração degrada o
meio ambiente de tal forma que este não lhe fornece mais os produtos necessários para o seu
sustento.
Com a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, novos processos de produção
foram descobertos, objetivando maiores quantidades e qualidades dos produtos e maiores
lucros. Com o crescimento das populações, o consumo também aumentou, elevando também
as Indústrias em números, áreas de atuação e variedade de produtos. Mesmo com esses
crescimentos, a preocupação com o meio ambiente não se fez presente por muito tempo, o que
ocasionou problemas ambientais de grandes dimensões (Paiva, 2003).
Ainda de acordo com o mesmo autor, países de primeiro mundo, após terem
degradado seu meio ambiente, iniciaram o processo de controle da industrialização e
recuperação do seu meio ambiente, fato este que partiu dos próprios consumidores, que
passaram a exigir produtos com características específicas, como uma produção limpa do
ponto de vista ambiental. Diante disso, a contabilidade se envolveu nesse contexto, pois é o
principal instrumento de comunicação da empresa com a comunidade e, desde seu
surgimento, teve como função, o acompanhamento das atividades econômicas no papel de
mensuradora e relatora da situação patrimonial das empresas.
Segundo Ferreira (2003), embora a preocupação com o meio ambiente venha desde o
século XIX, somente no século XX, a partir dos anos 70, é que se passou a ter repercussão na
sociedade de que o problema não poderia ser de responsabilidade localizada, mas de
responsabilidade globalizada.
Dessa forma, ao depararem com problemas de gestão relativos ao meio ambiente, os
gestores passaram a requerer da Contabilidade informações que os ajudassem nesse trabalho,
para os quais, em geral, não se encontravam os contadores preparados. Partindo daí, 2
contadores, institutos de pesquisa, organismos profissionais e órgãos de governo de vários
países começaram a se aprofundarem no assunto, com o objetivo de contribuir para o
estabelecimento de novos procedimentos de uma nova metodologia ou, ainda, de contribuir
para o aprimoramento dos procedimentos e das metodologias contábeis já existentes, a fim de
apresentar uma resposta que satisfizesse aos gestores quanto às suas necessidades de
informações financeiras sobre o meio ambiente e relativas à entidade (Ferreira, 2003).
Segundo Ribeiro (2006), a tentativa de envolver a Ciência Contábil com as questões
ecológicas não é nova, em que alguns autores já defendiam essa causa há certo tempo.
De acordo com Carvalho (2008), a 2ª Conferência Internacional de Meio Ambiente e
Desenvolvimento promovida pelas Nações Unidas, a ECO/92, realizada no Rio de Janeiro,
em 1992, teve como objetivo o estabelecimento de uma agenda internacional de cooperação,
visando
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