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Definir o Habitus racial em CG&S e o Habitus Racial Brasileiro

Por:   •  9/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  865 Palavras (4 Páginas)  •  332 Visualizações

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OPÇÃO 2:

Definir o Habitus racial em CG&S e o Habitus Racial Brasileiro

Contemporâneo segundo Lívio Sansone.

O Habitus racial em Casa –Grande & Senzala

Gilberto Freyre ao entrar em contato com nordestino que trabalha como açucareiros, relata algumas das suas percepções e definições de Habitus racial. Para ele as relações existentes entre as raças, se desenvolviam dentro de um contexto em que a economia escravocrata era baseada em relações de status hierárquicas e cheias de procura por respeito e de reafirmação de subordinação dos escravos e muitas vezes de todos que não eram brancos. Alguns comportamentos dos senhores causa um certo estranhamento a Freyre tais como: “A moleza e preguiça feitas arte, tendência para o deboche sexual, a perversidade, a violência e a crueldade inútil”. Ele se irritou com as falhas dos senhores em quanto patriarcas, por não conseguirem dar bons exemplos nem com relação ao comportamento nem na postura perante o trabalho. Diante do conhecimento da realidade escravista, Freyre acredita que a futura pessoalidade brasileira será como elástico adaptável a qualquer situação ambiental ou socioeconômica.  

 O Brasil que Freyre relata, nos faz perceber que o passado continua muito presente nos dias de hoje e é caracterizado pela miscigenação e sincretismo religioso capaz de utilizar símbolos e influências de outros lugares.

Freyre elenca alguns aspectos que relativiza as categorias raciais e “ajuda superar as barreiras de raça, que são: simpatia, inteligência, riqueza e beleza” utilizado pelos negros para serem aceitos socialmente. Segundo o autor na sociedade escravocrata de tipo patriarcal, ”desenvolve-se laços que une senhores, homens livres e escravos numa rede de trocas desiguais” embora a desigualdade esteja imbuída nessas relações raciais, o que se pode ressaltar é a cordialidade existente entre os brasileiros que permite os indivíduos se movimentarem dentro desse sistema de relações raciais.

 Para Freyre os diferentes sistemas de relações raciais têm expectativas e sonhos comuns principalmente quando se diz respeito à postura de trabalho, lazer, luxo e Deus. Essa relação à brasileira permite que os negros vivam menos separados com códigos e valores próprios e os permita induzir os brancos bem mais que “negros norte-americanos”. Autores como Freyre e Jorge Amado defendem que a cultura afro-brasileira é a espinha dorsal da cultura brasileira.

 Lívio Sansone ressalta que o habitus racial brasileiro teve origem numa escravidão dura, altamente exploradora, paternalista e pré-moderna voltada para a economia capitalista. Diferente do habitus racial norte-americano que tem um tipo de escravidão “mais racional e racionalizante”.

         

          O Habitus racial contemporâneo

Lívio Sansone, descreve um estudo sobre o sistema classificatório racial e percebe que a cor é importante nas relações de poder sociais em algumas áreas que foram classificadas com “áreas moles e duras”.

As áreas moles ligam-se a classe, idade, sexo e bairro, nessa área ser negro não é um problema, podendo até ter prestigio e um espaço que integra o lazer como botequim, o dominó, o bate papo com vizinhos na esquina, o sambão, carnaval, as quadrilhas, o forró, as visitas aos vizinhos, a seresta e certamente a própria turma que são o grupo de iguais no qual se compartilha boa parte do lazer em público.  

Nas áreas duras, a realidade de racismo e exclusão é muito acentuada ao negro, o trabalho é diferenciado, sendo ele inferior a raça branca. Nas igrejas católicas, crentes, e nos centros espíritas   são lugares nos quais ser negro não poderia ser um obstáculo, deixando a cordialidade de lado para serem mais explícitos nos termos de cor e racismo.

Há locais como o bloco Afro, batucada, o terreiro de candomblé e capoeira em que ser negro pode ter benefício, pois são consideradas típicas da raça negra. São nesses momentos que o negro consegue firmar sua cultura ainda mais sua identidade, já que em outros momentos essas manifestações seria fora de lugar.

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