Discussão sobre o tema "Manifestações no Brasil"
Pesquisas Acadêmicas: Discussão sobre o tema "Manifestações no Brasil". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: elisaitba • 15/5/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 2.946 Palavras (12 Páginas) • 296 Visualizações
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
DESENVOLVIMENTO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
REFERÊNCIAS 13
INTRODUÇÃO
Nós Brasileiros nos vemos como um povo pacífico, ordeiro e avesso a protestos ou coisas do gênero, trocando em miúdos: Brasileiro é acomodado e acaba achando normal a corrupção generalizada, pois esta seria apenas um reflexo do comportamento conhecido como jeitinho brasileiro em que se destaca capacidade habilidosa de operar corruptamente para benefício próprio.Tornou-se normal burlar regras, furar filas, estacionar em vagas a que não teria direito.
Mas como que num piscar de olhos esse povo acusado de comodismo, sai às ruas para mostrar que não é bem assim não!!! e obriga o mundo a ouvir os gritos de inconformismo contra as práticas políticas e pela melhoria nos serviços públicos e para o brasileiro que ainda acredita na possibilidade de existência de uma sociedade mais justa no Brasil, é uma grande satisfação alegria ver o povo sair às para expressar seu desprazer com vários aspectos do país. Entretanto o que começou como a mais legítima manifestação da insatisfação da população acabou sendo deturpado por pessoas e grupos alheios aos movimentos legítimos que espalharam o vandalismo e praticaram terríveis atos de violência. Por outro lado, temos ainda a polícia que deveria proteger a população, mais que acaba reagindo com muita violência, revoltando ainda mais os manifestantes pertencentes ao movimento legítimo e dando aos mesmos ainda mais razões para protestar.
O Brasil é um país democrático de direito, e por isso é direito de todo cidadão expressar sua insatisfação e descontentamento com as decisões tomadas pelas pessoas elegidas pelo povo para representa-lo mais existem também que são contrários as manifestações, por julgar que as mesmas não tem objetivos concretos, e por isso não trará resultado algum. Mas logo em um primeiro momento alguns destes objetivos começaram a ser alcançados e alguns governos voltaram atrás quanto ao aumento das tarifas de ônibus como foi o caso de Rio de Janeiro e de São Paulo.
Mas será que o que causou toda esta revolta popular foi apenas o reajuste de 20 centavos na tarifa de ônibus? Ou será que com este acontecimento a população começou a perceber de centavo em centavo, a renda do brasileiro vai sendo corroída, diminuída e nós como não sabemos nossos direitos vamos deixando que isto aconteça?
Este trabalho pretende discorrer o tema Manifestações no Brasil, desvendando o que há por trás desta inquietação popular e pontuando importantes aspectos relacionados ao mesmo; Também será analisada a justiça social no Brasil, será que ela existe ou é apenas mito?
DESENVOLVIMENTO
Os anos de 2013 e 2014 foram marcados por uma série de protestos e manifestações populares, motivados a princípio pelo aumento das tarifas do transporte coletivo e posteriormente trazendo à discussão outros assuntos como a contra a PEC 37 que se aprovada, atrapalhará a investigação de atos de corrupção, aumentando ainda mais a impunidade. O rol de reivindicações também cresceu e ganhou outras indignações com colapso generalizado da estrutura, tais como a má qualidade dos serviços públicos, a falta de segurança pública, a reforma agrária, a falta de combate imediato à corrupção, o investimento insuficiente em programas de saúde pública e educação, o aumento da violência, projeto de lei, apelidado de cura gay, a falta de estrutura aeroportuária e portuária, a altas alíquotas de impostos e evogação do aumento da passagem do transporte público – exigência conquistada posteriormente, aliás, em várias cidades.
Porém, uma série de outras demandas, foram se incorporando, trazendo consigo o risco de se perderem os objetivos iniciais, tais como: a ameaça da volta da inflação, a carga alta de impostos que o brasileiro paga sem receber nada em troca, os baixos salários dos professores e médicos da rede pública, os altos salários dos políticos, a falta de uma oposição forte ao governo, a ineficiência dos serviços prestados nos meios de transporte públicos dentre vários outros.
O movimento ganhou força e um grande número de adeptos e rapidamente se tornou viral por todo território brasileiro ganhando destaque nos meios de comunicação de massa e repercussão nacional e internacional, principalmente em razão da reação violenta da polícia aos manifestos, que tratava os manifestantes como se fossem terroristas. Quanto mais tentativas de reprimir as manifestações, maiores os movimentos se tornavam, pois revoltadas com a violência com que os manifestantes eram tratados, ainda mais pessoas iam às ruas para garantir os direitos de livre manifestação e isto acabou forçando as autoridades a buscar alternativas de negociação e ressaltando ainda mais o despreparo da policia.
A capacidade coercitiva de uma polícia e as formas de seu emprego materializam as prioridades e escolhas de um determinado governo. Afinal em qualquer democracia a polícia é a política em armas” (LIMA; BUENO; MUNIZ, 2013).
No Congresso Nacional, já está tramitando um projeto de lei complementar que tipifica o crime de terrorismo e as penas ao mesmo. O repúdio ao terrorismo é estabelecido no artigo quarto da Constituição Federal, mas a pena para este tipo de crime está desatualizada e ainda é baseada na da Lei de Segurança Nacional (no. 7.170, 1983). A ONU define o Terrorismo como:
“Qualquer ação que intenciona causar a morte ou sérios danos físicos a civis ou não combatentes, quando o objetivo desse ato, por sua natureza ou contexto, é intimidar uma população ou forçar um governo ou organização internacionais a fazer ou deixar de fazer alguma coisa”. (RELATÓRIO ONU 2004).
No caso do Brasil, existe o risco de incluir movimentos sociais na tipificação do terrorismo, principalmente no contexto das manifestações atuais, de seus desdobramentos para a Copa e dos prejuízos à imagem do Brasil no exterior. Isso pode ser entendido pela seguinte leitura: do Brasil não saber “administrar demandas sociais que não seja pela criminalização e pelo reforço da capacidade de coerção” (LIMA; BUENO; MUNIZ, 2013).
A Revolta popular de que o Brasil foi palco nesta ocasião pode ser considerada uma das maiores dos últimos 20 anos, fazendo vir à lembrança do povo, movimentos como o Diretas Já!, que lutava por eleições diretas em tempos de Ditadura Militar e os Caras-Pintadas, que ordenava o Impeachment
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