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Doenças Sociais

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Por:   •  17/4/2014  •  838 Palavras (4 Páginas)  •  5.228 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apesentar como as doenças sociais afetam o cotidiano e a qualidade de vida da sociedade atual e os fatores históricos que constituíram algumas particularidades das pessoas deste tempo. A relevância para este assunto é nítida ao se observar uma série de comportamentos humanos e de doenças que, via de regra, não são causadas somente por fatores de genética e hereditariedade, mas também por hábitos da “crise de instantaneidade ”, uma demanda por tudo rápido, fácil e automático, resultado de uma certa “exploração capitalista” pela qual os povos da maior parte das nações se deparam em determinado momento da vida e que se manifesta através da competitividade cada vez maior no mercado de trabalho, as relações sociais cada vez mais isoladas (sem contato físico) e entre outros. Utilizar-se-á como exemplo prático de pesquisa, dentre as mais variadas doenças sociais (angústia, depressão, ansiedade, síndrome do pânico, etc), o stress, que acomete milhões de pessoas no mundo todo e que a maior parte das pessoas não percebe quando ela se aproxima e se aproveita.

STRESS: UMA DOENÇA OPORTUNISTA

Doenças sociais são males produzidos pela própria sociedade e estão presentes desde os primórdios da sociedade. Cada momento histórico (como a Revolução Industrial, a Revolução Comunista e a Revolução Francesa) teve sua doença social principal e algumas doenças sociais adjacentes. Estes momentos históricos lutaram para a consolidação de certas ideologias que, até a atualidade, estão enraizadas na sociedade “pós-contemporânea”.

O stress é o resultado do desgaste físico e mental realizado por um ser humano para cumprir certas exigências do meio ambiente, ou seja, o stress e as demais doenças sociais associadas são causadas por uma vida social agitada somada a uma estrutura emotivo-afetiva fraca que, no cotidiano das pessoas, está representado pelos congestionamentos no trânsito, doenças biológicas*, acidentes, dificuldades financeiras, prazos, problemas judiciais e afins. É evidente que não se pode descartar possíveis fatores genéticos hereditários relevantes, mas o primeiro fator causador citado é associado à rotina que muitas pessoas tentam cumprir o ditado popular: “Tempo é Dinheiro”, muito presente na atualidade como um paradigma que interfere diretamente na qualidade de vida.

Percebe-se uma busca constante por algo que, por si só, não é capaz de suprir o que mais buscam os seres humanos para suas vidas: a felicidade. Apesar de ser bastante relativo o que é e como pode ser representada e obtida a felicidade na vida de cada um, todos a buscam de alguma forma e, no meio deste caminho, se deparam com o stress. A reação psico-biológica de cada indivíduo resultará na sua rendição plena à doença ou na sua insubordinação diante desta.

Segundo pesquisa feita, em 2013, pela ISMA-BR (International Stress Management Association), o Brasil está em segundo lugar, dentre os oito países pesquisados, quanto à população que mais sofre de Stress (70%). Merece destaque nesta pesquisa também o Japão, que ficou em primeiro lugar. Este dado indica que, muitas vezes, o stress alcança não àqueles que possuem muitos problemas (tendo em vista que todos os seres humanos possuem problemas para resolver), mas sim aqueles que não veem alternativas simples e eficazes para esses problemas e, consequentemente, fazem um esforço mental excessivo num período de tempo excessivo para dar uma solução a esses problemas. Chega-se a esta conclusão considerando alguns fatores culturais destes países.

Há uma relativa demora na percepção e diagnóstico dos doentes devido à ausência de uma percepção crítica em relação aos acontecimentos cotidianos e, de certo modo, por uma banalização da doença, que passou a ser considerada comum a todos. Cito, a título de comparação e exemplo, a depressão, que, logo no inicio, é percebida e combatida por pessoas ao redor do doente, pois alguns sintomas e algumas características diferem do que é visto sempre pela maior parte da humanidade.

*Entenda-se aqui biológicas como não psicossomáticas.

CONCLUSÃO

Portanto, conclui-se que as doenças sociais são aquelas que afetam o ser humano através de fatores externos à sua realidade subjetiva e presente na sociedade, e que estas têm acometido inúmeras pessoas ao longo desta nova era, devido ao ambiente em que vivem e ao tratamento que dão a cada problema enfrentado. O stress, forma mais evidenciada dentre as demais doenças, é a mais oportunista e a mais discreta dentre as sociais, pois, muitas vezes, as pessoas não percebem alguns sintomas, pois consideram que essas reações são naturais em vista de situações adversas ao bem-estar físico, mental, social e biológico de cada ser. Quanto às pessoas ao redor, ignoram alguns destes sintomas, acreditando também seres estas reações comuns. É necessário a todas as pessoas um olhar mais atento quanto aos estímulos externos manifestados pelos que estão ao seu redor, de novas formas de aplicação para as tecnologias criadas, para que sejam úteis ao ser humano e possam diminuir ainda mais as “correrias do dia-a-dia” e de um acompanhamento psicoterápico mais intenso nos casos em que for diagnosticado o stress, com o uso adequado de medicamentos provenientes da bioquímica e da biomedicina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.youtube.com/watch?v=G_GcLWMuxrQ. Acesso em 06/02/14

http://jornalmaisnoticias.com.br/estresse-o-grande-mal-do-seculo-21/. Acesso em 06/02/14

http://www.josepereiradasilva.com/pt/suplementos/o-que-e--o-stress-e-suas-causas. Acesso em 06/02/14

http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=144. Acesso em 07/02/14

https://osha.europa.eu/pt/topics/stress/definitions_and_causes. Acesso em 07/02/14

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