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EDUCAÇÃO E VALORES NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

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Por:   •  23/11/2013  •  Seminário  •  1.421 Palavras (6 Páginas)  •  553 Visualizações

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EDUCAÇÃO E VALORES NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Embora educação e ética estejam relacionadas desde os primórdios de nossa civilização, esta discrepância entre a teoria e a prática também sempre foi muito nítida. Ao mesmo tempo em que todos reconhecem a importância da relação entre ética/moral e educação, tanto nas famílias, nas instituições sociais, na mídia e também na própria escola, o tratamento dispensado à ética denota antes menosprezo que apreço. No caso da escola, por exemplo, certamente não há diretor, nem orientador ou professor que não se digam comprometidos com a relevância da ética para o agir educativo. Mesmo assim, ao primeiro olhar sobre a estrutura curricular e o quotidiano escolar, constatamos que a ética ocupa um lugar bastante singelo, muitas vezes restrito a um recorte disciplinar ou, quando muito, a uma atividade transversal.

Definição do conceito valor

Característica das coisas que consiste em serem elas mais ou menos estimadas ou desejadas por um sujeito ou, mais comumente, por um grupo de sujeitos determinados. Este é um significado subjetivo.

Característica das coisas que consiste em merecerem elas maior ou menor estima. Este é um significado objetivo.

Característica das coisas que consiste em elas satisfazerem um certo fim. Trata-se do caráter objetivo/hipotético.

Característica de coisas que consiste no fato de, em determinado grupo social e em determinado momento, serem trocadas por uma quantidade determinada de uma mercadoria tomada como unidade.

Preço que se estima do ponto de vista normativo deva ser pago por um determinado objeto ou serviço (justo valor).

A significação não só literal, mas efetiva e implícita que possuem uma palavra ou expressão (Lalande, 1999, verbete ‘valores’).

Para se ter uma noção do desenvolvimento histórico da concepção de valor e de seus diferentes significados é útil recorrer também ao Dicionário de Filosofia de Nicola Abbagnano (1970). Desde a Antiguidade, o termo foi usado para designar a utilidade ou o preço de bens materiais ou o mérito de pessoas. Este significado não tem valor filosófico porque não gerou problemas filosóficos. O uso filosófico só começa quando o seu significado é generalizado para qualquer objeto de preferência ou de escolha.

Isto aconteceu pela primeira vez com os estóicos,1 os quais introduziram o termo no domínio da ética e chamaram valor os objetos de escolhas morais. Os estóicos entendem o bem como algo subjetivo, como um objeto de escolha particular (preferência). Distinguiam entre valores obrigatórios e valores preferenciais que foram mais tarde designados como valores intrínsecos ou finais e valores extrínsecos ou instrumentais (cf. Abbagnano, 1970, verbete ‘valor’).

No mundo moderno, a noção subjetiva de valor é retomada por Thomas Hobbes (1588-1679) que dizia que o valor não é absoluto, mas depende da necessidade de um juízo. Valor, portanto, é aquilo que é estimado como tal através de um juízo. A expressão “juízo de valor” (Werturteil), que parece ser de origem teológica, difundiu-se primeiro na Alemanha, de onde se propagou para todo o domínio filosófico. Neste campo há uma importante distinção a ser feita entre o ponto de vista do conhecimento ou explicação e o ponto de vista da avaliação. A confusão entre estes dois âmbitos reinou durante muito tempo e foi criticamente distinguida por Immanuel Kant (1724-1804) e David Hume (1711- 1776) ao atribuírem à religião o ponto de vista avaliativo e à filosofia o ponto de vista intelectual, explicativo, do conhecimento ‘noético’.

Sócrates (Platão), ao contrário, defende a posição de que a virtude não pode ser ensinada. Em termos de educação moral, compara sua função à de uma parteira.

O que são Valores?

Mas, afinal, o que vem a ser educação em valores? O que a escola pode fazer para

intervir na formação dos futuros cidadãos e cidadãs? Como participar desse processo,

normalmente tido como responsabilidade dos pais? Essas e outras preocupações, como

afirma Arantes, devem estar presentes entre os educadores:

Disse (ARANTES, 2007, p. 9) Compreender o que são valores e como cada um e todos os seres humanos se apropriam da cultura e se inserem eticamente no mundo faz parte do rol de preocupações daqueles interessados em estudar o citado binômio [educação e valores] e suas possíveis relações. Afinal, os valores seriam inatos, herdados geneticamente, transmitidos pela cultura ou resultariam de interações complexas entre as pessoas e o mundo/cultura em que elas vivem?

Para a autora, a escola precisa reconhecer que a educação em valores é um processo complexo constituído de diferentes aspectos – sociais, culturais, psíquicos, políticos etc. – e suas relações mútuas. Isso quer dizer que para educar em valores precisamos levar em consideração não apenas a cultura e a sociedade, mas também os aspectos concernentes ao sujeito, como sentimentos e convicções, por exemplo. Para Jean Piaget, da mesma forma, os valores pessoais referem-se a uma troca afetiva que um determinado sujeito realiza com o exterior, ou seja, com objetos ou pessoas. Assim, os valores estão relacionados à dimensão geral da afetividade e às projeções afetivas que o sujeito faz sobre objetos ou pessoas. Isso nos leva a afirmar que Piaget “recusa tanto as teses aprioristas de que os valores são inatos quanto as teses empiristas de que eles são

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