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ETICA Origem e conceito

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Por:   •  26/3/2014  •  Tese  •  788 Palavras (4 Páginas)  •  307 Visualizações

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ÉTICA

1.1 - Origem e Conceito

O estudo da ética, conforme se tem notícia, foi iniciado por filósofos gregos há vinte e cinco séculos, período marcado por grandes autores, dentre os quais um dos mais destacados é Aristóteles.

Aristóteles (2000 apud CHALITA, 2003, p. 51) formalizou o conceito de ética em várias obras, como em Ética à Nicômaco, que por sua vasta extensão não se pretende resumi-la neste estudo, porém é importante uma rápida contextualização por ser de extremo enriquecimento.

O texto do filósofo grego foi dedicado ao seu filho Nicômaco, que levava o mesmo nome de seu avô. Os dez livros que o compõe são como um guia para que seu filho chegasse ao caminho da felicidade.

Nesta obra, o filósofo afirma que toda ação humana está orientada para o alcance do bem e, sendo o maior bem a felicidade, nossas ações estão voltadas ao alcance da felicidade.

Por exclusão, o autor distingue o homem dos demais seres, afirmando que, viver é comum ao homem e às plantas; sentir também é comum ao homem e aos animais, mas o que separa realmente o homem dos demais é a atividade racional, e assim a razão deve dirigir e regular todos os atos da vida do homem, o que consiste na vida virtuosa, através da qual é possível se chegar à felicidade, que não é presente dos deuses e nem produto do acaso.

Para tanto é necessário indagar sobre a virtude e como ela pode ser usada. Há duas espécies de virtudes: as intelectuais e as morais. As virtudes intelectuais são o resultado do ensino, e por isso precisam de experiência e tempo; as virtudes morais são adquiridas em resultado do hábito, elas não surgem por natureza, mas são adquiridas pelo exercício, como acontece com as artes: "[...] os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo seus instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos". (ibidem, p. 53).

As virtudes morais consistem em ser um meio entre dois extremos viciosos: quando se trata de coisas, o meio-termo é aquele ponto que se encontra em igual distância entre dois pontos extremos; mas quando se trata do homem, o meio-termo é aquilo que não peca nem por excesso e nem por defeito, por exemplo, a coragem é meio-termo em relação ao medo e a confiança, a covardia seria a falta, já o excesso seria a bravura; o orgulho é o meio-termo entre a honra e a desonra, já a falta seria considerada como humildade extrema, e o excesso, como vaidade.

Quanto à obra de Aristóteles (ibidem, p. 56), uma das partes de maior valor é sem dúvida aquela em que defende que amizade baseia-se no amor do homem por si próprio. Quando fala de pessoas, tratando os seus amigos como Outros Eus, ou como partes de Si próprios, pretende significar que um homem pode estender seus desejos de tal forma que o bem-estar de outro pode tornar-se, para si, um objeto de interesse, tanto quanto o seu próprio bem-estar.

O exercício da virtude diz respeito aos meios, logo, a virtude está no poder de escolha. Em outras palavras, pode se escolher entre a virtude e o vício, porque se cabe a alguém o agir, também caberá o não agir, competirá ser virtuoso ou vicioso. Portanto, através da escolha, o homem torna-se responsável por seus atos

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