Escola de Frankfurt, a indústria cultural
Tese: Escola de Frankfurt, a indústria cultural. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Carolinadias1 • 1/11/2013 • Tese • 1.059 Palavras (5 Páginas) • 539 Visualizações
1. RESUMO
Embasado nas idéias Frankfurtianas, este ensaio analisa a necessidade imposta pela indústria cultural de comercialização da arte, tomando como foco a música cover como principal mercadoria.
PALAVRAS-CHAVE: Escola de Frankfurt, Indústria cultural, Música, Cover.
2. INTRODUÇÃO
Pretende-se estudar neste breve ensaio o funcionamento, estruturado e forçado pelo capitalismo, a reprodução artística no meio musical. Segundo Adorno e Horkheimer a cultura transformada pela técnica torna-se um produto e essa consagração se dá no momento de sua transformação: Produto reproduzido pela indústria cultural.
Entende-se que a vida útil de um cantor é proporcional ao lucro gerado, quando a indústria cultural percebe esse enorme potencial de valor em um artista, imediatamente providencia-se explorar ao máximo esse material, podendo ocorrer de diversas formas: linhas de vestuários, calçados, assessórios, e até mesmo um clone, mais conhecidas e estudadas neste ensaio como: bandas covers. Essa situação vem explicar o porquê desse tipo de banda interpreta apenas artistas já firmados na sociedade. Encontra-se um problema nessa estruturação dentro da dificuldade do “artista espelho” parar de refletir um produto e passar a comercializar sua própria arte.
No estudo da problematização em questão neste ensaio, surgem duas hipóteses, uma seria a autoridade da indústria cultural que se reforça na necessidade da legitimação, o novo artista necessita da indústria para legitimar a sua arte particular, e o caráter repressivo da sociedade que se auto-aliena, aceita a comercialização do cover como um produto tão real quando o original.
3. ESCOLA DE FRANKFURT
A expressão “indústria cultural” foi usada pela primeira vez em um ensaio de Horkheimer, intitulado “Arte e cultura de massa”, que indicava a criação da cultura a partir das exigências de um modelo de produção. No entanto, o conceito encontrou seu pleno desenvolvimento no livro Dialética do Esclarecimento, sendo possivelmente o livro mais conhecido e associado à Escola de Frankfurt, depois de percorrer o caminho das relações entre arte, cultura e sociedade trabalha-se com o conceito: indústria cultural é o conjunto de instituições sociais vinculadas à produção e distribuição de bens simbólicos. A característica evidente captada nesse processo para analise do fenômeno social é a auto-referência. A indústria cultural é a auto-referência de seus produtos. É preciso suprir as demandas do consumidor.
A obra de arte sempre pôde ser reproduzida, em limitada escala. Em um dos textos mais conhecidos de Walter Benjamin, A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica, mostra outra dimensão da questão. A partir do séc. XIX as mudanças na imprensa e a invenção da fotografia permitiram a reprodução da arte em milhares de vezes, havia um momento único da pessoa diante da arte. Nesse processo de reprodução técnica ganha popularidade, deixando de ser original, e a cópia passa a ter o mesmo valor. Sem perder a crítica de vista, Benjamin vê um lado menos negativo na questão. A divulgação da cópia pode levar a uma revalorização do original – o fato de todo mundo ver a cópia aumenta o valor de exposição do original.
4. MERCADO DE BENS SIMBÓLICOS: BANDA COVER
Na indústria cultural o lucro é o que orienta a produção e o espaço de criação individual é limitado, na música, uma arte mesmo que abstrata, não ocorre de forma diferente. Quando uma produtora “captura” um artista em potencial, busca usufruir ao máximo de sua arte, a princípio, busca a divulgação do artista ou banda promovendo sua solidificação. Há pouco espaço para a novidade na indústria cultural.
A legitimação do novo é sofrida, entretanto, não excluímos deste ensaio o apadrinhamento, quando um músico já consagrado, que faz parte da sociedade civil legitima um novo artista instantaneamente. Um exemplo a ser citado é o fenômeno musical chamado: Paula Fernandes.
Seguindo esta idéia, o cover surgiu dentro de uma vasta linha de produção. Artistas novos que não possuem uma voz dentro da sociedade civil e capitalista, e, por sua vez, não podem lançar a sua arte, músicas novas, para o mercado. É na busca da clonagem, que a industria encontra esses artista que necessitam desse processo industrial para legitimar-se, entretanto, tornam-se escravos da reprodução técnica e do mercado.
5. CONCLUSÃO
Com o desenvolvimento do capitalismo a música passou a ser monopolizada por empresas, onde foram criadas formas de colocá-las em objetos que poderiam ser levados ao mercado, é através dessa linha de produção que surge a banda cover, partindo da necessidade de legitimação do novo artista. A partir da citação de Lavoisier “Na natureza nada se cria tudo de transforma” conclui-se esse ensaio com a adaptação feita pelo velho
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