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Estudo De Caso Aibo

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Por:   •  30/4/2014  •  1.398 Palavras (6 Páginas)  •  1.024 Visualizações

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Estudo de Caso - Comportamento dos Consumidores

Aibo: procurando um animal de estimação?

Vendem-se: filhotes de cachorro. Não é necessário levá-lo para passear, não suja os tapetes, não estraga os móveis nem os chinelos, não come. Pode ser desligado e colocado num armário toda vez que você sair de férias. Da terra do encantamento com os robôs, surgiu no fnal do século passado a primeira grande novidade entre essas máquinas — um cachorrinho chamado Aibo, um robô que proporcionava divertimento e uma promessa de interação com seu usuário, ou dono, melhor dizendo.

O que você pode fazer com um Aibo? Bem, pode brincar com ele. O Aibo tem como brinquedo favorito uma bolinha cor-de-rosa. Ele corre atrás dessa bolinha, pega-a com a boca e a traz como qualquer cachorro de verdade faria. Se você o elogia, ele abana o rabo, seus olhos acendem uma luz verde e ele toca uma música alegre. O Aibo não é idêntico a um cachorro de verdade, mas não há como negar que responde visivelmente ao amor e à afeição dedicados a ele.

Uma vez que o Aibo pode responder a um elogio, ele pode aprender. Quando você elogia um determinado comportamento do Aibo, ele fica mais propenso a repetir esse comportamento. Quando censurado, muitas vezes fica triste e toca uma música também triste. Outras vezes, ele responde à censura ficando agitado e tocando uma música tempestuosa, enquanto seus olhos ficam vermelhos. Apesar de as respostas do Aibo serem diferentes das dos cachorros de verdade, ele demonstra as mesmas emoções. Como um cachorro de verdade, o Aibo mostra que quer brincar pulando ao seu redor. Além de nervosismo, tristeza e alegria, o Aibo pode demonstrar satisfação (seus olhos ficam verdes e ele toca uma música alegre), surpresa (seus olhos acendem, ele estremece e toca uma música que sugere surpresa), descontentamento (seus olhos ficam vermelhos e ele se afasta) e medo (quando se depara com um obstáculo que o impede de seguir em frente, ele toca uma música que sugere medo).

Uma das limitações do cachorrinho é que suas versões iniciais não incluíam os mais recentes mecanismos de resposta de voz, como é visto hoje em muito smartphones. Por isso, quando lançado, em meados de 1999, Aibo não respondia a comandos de ‘senta’ ou ‘rola’, dados pelo dono. Em vez disso, você o comanda por meio de uma espécie de controle de som. Aibo responde a esses controles, uma vez que seu controlador de som contém combinações de comandos presentes em tons perfeitos. Se o Aibo está de mau humor, ele simplesmente lhe ignora. Em contrapartida, quando está de bom humor, faz mil gracinhas. Como muitos cachorros temperamentais, ele brinca apenas quando quer.

Quando é hora de parar de brincar, você aperta um determinado botão e o Aibo vai dormir. Quando não está ativo, ele fica em uma estação, que serve como um carregador de bateria. O cachorrinho robótico vem com duas baterias de lítio, de modo que uma pode ser carregada enquanto a outra está em uso. Uma bateria dura cerca de 1,5 hora – o que é uma limitação em termos de autonomia de uso, uma vez que cachorros reais tendem a brincar mais do que esse tempo com seus “donos” durante o dia. Por outro lado, Aibo possui microfones estéreos nos ouvidos e é capaz de reconhecer cores e formas e emite uma grande variedade de sons. Um sensor em sua cabeça pode distinguir um elogio de uma censura pelo tom de voz utilizado.

Pronto para comprar um Aibo? Você não conseguirá encontrá-lo em qualquer loja. Na verdade, o projeto foi encerrado pela Sony em 2006, por motivos de corte de custos em sua divisão de robótica. Mas durante seu tempo de venda, ele era obtido apenas pela Internet, no site oficial da Sony. Seu preço variava por volta de US$ 2.500 dólares. Será que alguém esteve disposto a comprar um Aibo por um preço desse? Em junho de 1999, a Sony ofereceu três mil Aibos no Japão e dois mil nos Estados Unidos, e eles foram vendidos em menos de 20 minutos. Em novembro de 1999, quando a Sony ofereceu mais dez mil, mais de 130 mil pedidos chegaram à empresa. Diante dessa demanda maior do que a esperado, a Sony sorteou Aibos no Japão, Estados Unidos e Europa.

Uma das principais características do Aibo é sua arquitetura aberta. Com base nas experiências com o videogame PlayStation, a Sony decidiu não desenvolver tudo sozinha. Assim, ela convidou outros desenvolvedores para criar novos programas para o Aibo. Isso resultou em um rápido desenvolvimento de programas que permitem a você ensinar gracinhas e movimentos para o cachorrinho.

O que você pode ensinar para o Aibo? O que acha de um cachorro dançante que canta músicas do Elvis como You ain’t nothing but a hound dog. Ou de um cachorro que realmente odeia gatos? O Aibo pode ser programado para reconhecer gatos e reagir a eles com firmeza. Na verdade, duas empresas criaram gatos computadorizados, de modo que logo poderemos ter boas lutas entre gatos e cachorros, mas sem sangue, feridas e contas no veterinário.

Para testar a reação dos consumidores a essas criaturinhas antes de colocá-las à venda, a Sony demonstrou o Aibo em muitas feiras. A reação geral foi: “Ele é tão bonitinho!”

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