Etica E Serviço Social
Artigos Científicos: Etica E Serviço Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: guto01 • 28/10/2013 • 2.209 Palavras (9 Páginas) • 2.349 Visualizações
ETICA EM SERVIÇO SOCIAL
Texto: Rumo à construção de uma nova moralidade. (2º Capítulo)
Livro: Ética e serviço social: Fundamentos Ontológicos/ Maria Silva Barroco. -8. Ed. – São Paulo, Cortez, 2010.
Autor (a) do capítulo: Barroco, Maria Lucia Silva.
2.1. Afirmação e negação da liberdade nos anos 60/70.
“Como analisamos a ética tradicional expressa uma das perspectivas morais da sociedade burguesa: a moral conservadora em sua articulação com a crista e a positivista. “(p.99).
“ Correspondendo a um ethos rigidamente fundado Ana defesa da autoridade, da ordem e da tradição, o conservadorismo moral é uma forma de alienação moral: reproduz o preconceito e se opõe a liberdade. Ontologicamente considerado, é uma força social inscrita na dinâmica das possibilidades de conquistas e perda relativa as liberdade, ao longo da história.” ( p.99)
“Como projeto histórico-cultural, não se restringe á profissão:” ( p.99)
“A ruptura com costumes e valores de ordem moral é sempre relativa a condições históricas favorecedoras de questionamentos que remetem á vida cotidiana,” ( p.99).
“Entendida sob o ponto de vista de questionamento aos valores e costumes tradicionais, a década de 60 é considerada uma época “ revolucionaria”, especialmente por sua potencialidades de ruptura ideológica com instituições, papeis sócias e princípios historicamente vinculados á moralização dos costumes: a família, o papel “ feminino”, a tradição.” ( p.100).
“Com efeito, a parti dos nãos 60, alargam-se as bases sócias de emancipação da mulher: sua inserção no trabalho, na educação superior , na vida pública e na defesa de direitos sócias e políticos.” ( p.100).
“Configura-se uma determinada intervenção ético-moral, dada pela recusa dos papeis tradicionalmente definida como “ femininos” ( p.100, 101).
“A geração de 68, principalmente a juventude e as mulheres, rompe com padrões morais de varias gerações, donde a radicalidade de suas manifestações, evidenciadas, por exemplo, em novas formas de fazer política, estranhas á tradição revolucionária. “(p.102).
“ permitindo a superação dos juízos provisórios típicos do moralismo e contribuindo para articulação entre moral e as demais esferas da vida social, entre a singularidade e humano-genérico. “(p.102).
“ O eixo condutor da construção de uma nova moralidade não se objetiva explicitamente pela oposição aos padrões culturais e morais repressivos que perpassam pela vida cotidiana, mas por uma intenção de ruptura político ideológica com a ordem burguesa. “(p.103).
“ Consideramos que a construção de uma nova moralidade, nos anos 60, vincula-se a duas dimensões da vida profissional: a dimensão da vida cotidiana, espaço da singularidade e do enfrentamento de conflitos éticos e de questionamentos em face do papel “ feminino” , preconceito e do moralismo, que Poe condições para uma reflexão critica, capaz de mediatizar os questionamentos empíricos: e a dimensão das intervenções praticas – a participação cívica e política - , capaz de vincular a profissão a projetos sócias democráticos, permitindo a ampliação de uma consciência ético-politica e a construção de uma moralidade fundada na liberdade. “ ( p.103).
“Nos anos 60 /70, o terceiro mundo se destaca como um espaço potencialmente gerador de manifestações político- revolucionarias. “(p.104).
“ Década de 50 amplia as bases de implementação do capitalismo monopolistas, agravando as contradições e desigualdade sociais e acirrando as lutas sociais. . (p.104).
“Tal cenário também é potencializado do movimento cristão que , gerado a partir dos anos 50, em face de mudanças internas da igreja católica, se desdobra em amplas mobilizações de apoio as lutas populares. “ ( p.106).
“A aproximação entre a juventude e a igreja propicia a emergência de um ethos militante caracterizado pela recursa ética da ordem social burguesa, entendida como um sistema social injusto. É nesta perspectiva que se evidencia as tentativas de vinculação entre o pensamento cristão e o marxismo. Coma a teologia da libertação e a conferenciados bispos latino americano, na década de 70. “( p.106,107).
“A história vinculação entre o serviço social e a igreja católica passa, assim, a contar com nova base de legitimação, o que abre um campo de possibilidade em relação a construção de uma critica ao ethos tradicional. “ ( p.107).
“Tais condições são expressas no serviço social latino- americano, pelo movimento de reconstituição, processo heterogêneo, em que emerge um questionamento critico que incide sobre a teoria e a prática tradicionais, especialmente em relação ao papel profissional. “( p.107).
“No Brasil, o processo de erosão das bases do serviço social tradicional é sinalizado no final das décadas de 50, no cenário do desenvolvimento, quadros jovens das profissão, vinculados ao trabalho com comunidades, questionam as historia subalternidade da profissão reivindicando um novo padrão cultural e teórico, tendo em vistas sãs mudanças sociais em curso. “ ( p.108).
“A intensa mobilização democrático-popular do inicio da década de sessenta favorece a militância política de setores profissionais, especialmente de jovens estudantes. “( p.109).
“Entretanto, os tempos revolucionários também são anos de ditaduras, d e repressão violenta aos movimentos organizados, mostrando a dinâmica relação entre afirmação e negação da liberdade. “ ( p.109).
“Estamos afirmando que as bases de sustentação de um ethos de ruptura profissional estão atreladas aos avanços das forças democrático-populares, donde seus limites, no Brasil, a partir de 1964.” ( p.110).
“A ditadura também fortalece o conservadorismo. “(p.111).
“ A direção fascista imprimida ás ditadura militar a partir de 1968 favorece também a reatualização do ethos profissional conservador. “( p.111).
“Nesta primeira fase do processo de implantação da autocracia burguesa, os espaços propiciadores de ethos d e ruptura - a práxis política, acultura e a educação – são atingidas de formas diferenciadas. “( p.111).
“Em 1975, no mesmo período em que experiência de BH esta sendo gestada, aprova-se o terceiro código de ética da profissional brasileiro, cujo conservadorismo
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