Exploração Sexual Inantil

O que leva uma criança ao mundo da exploração sexual infantil, e porque na maioria das vezes atraia ao turismo sexual?

A metodologia utilizada para este projeto, se fez com base em estudos de caso, consulta de sites na internet e pesquisa em livros.

A motivação para o ingresso nesse contexto, se dá a principio pelo fato de não terem uma educação de base sólida, geralmente a criação vem de base em maus tratos, agressão física e psicológica, miséria, abuso sexual, essas meninas na maioria das vezes tem sua primeira agressão sexual vinda de dentro da própria casa, sendo que o agressor pode ser aquele ente querido da família ou até mesmo o seu pai, e ainda em algumas a situações é de conhecimento das mães que não denunciam por medo e ignorância, o autor Aurim Soares do Bem, retrata esse mecanismo em seu livro, Dialética do turismo sexual.

O autor fala sobre o conjunto de elementos que concorrem para o agravamento dos mecanismos reprodutores do turismo sexual, fazendo com que seja favorecido o entendimento em relação as sociedade, emissoras e receptoras, conceitua o turismo sexual de forma articulada e complexa, o que aponta claramente a nós que a postura do governo não é suficiente e nem um pouco satisfatória, do Bem explica que:

“ O turismo sexual é um fenômeno produzido por uma serie de engrenagens subterrâneas disseminadas nas sociedades emissoras e receptoras (...). Embora para ser considerado um segmento turístico - Como o turismo ecológico, o turismo religioso, o

turismo da 'melhor idade', etc. Que são atividades planejadas (...) está submetido às

mesmas pulsações de mercado e carece igualmente de uma infra-estrutura em ambos os contextos, de vias de acesso, de meios de transporte, de mediação de agentes e recursos

humanos. Não sendo produto de um planejamento, mas pelo contrário, surgindo

mesmo em virtude da ausência deste (...).

Essas crianças que sem ter a real noção da realidade da vida nas ruas, acabam saindo de casa a fim de encontrar uma forma de viver uma vida melhor, e com um pouco mais de dignidade, então rompem os laços familiares, e buscam abrigo nas ruas, longe da agressão familiar, mas especialistas defendem que, crianças e adolescentes não tem a capacidade por completo de conhecer as consequências e a não podem ser diretamente culpados por seus atos, pois não tem vivencia para perceber completamente a valoração dos fatos, e de seu agir, lhe faltam capacidade.

Sempre deparam-se com uma esfera diferente, não classificada como melhor ou pior, mais extremamente desumana, ligada diretamente ao universo narcótico, a criminalidade, crianças que por traz de uma postura agressiva, trazem junto uma criança carente que procura escora nas drogas, e para manter a sua própria subsistência, se submetem a comercialização do próprio corpo, crianças que na tem conhecimento e instrução para saber o quão nocivo é para a saúde, se submetem a receber baixas quantias a fim de manter relações sexuais, sem uso de preservativos, e se submetem a tudo isso, por não terem perspectiva de vida, uma esperança de que as condições de extrema pobreza, violência, abusos, iram um dia cessar. Considerando a dificuldade do desligamento e reintegração social, e que nós seremos aquela criança que ontem éramos, mas de forma aprimorada, dificilmente essas crianças serão adultos saudáveis, já que essa pratica afeta de forma imensurável e direta, a saúde física e psicológica.

No entanto todo esse contexto na aponta como sendo o mais próximo, o mundo do crime, já que segue da infância a adolescência, até se tornarem, adultos, e não morrem de velhice, e como relata Hiroito de Moraes Joanides, em sua obra Boca do Lixo, que conta toda sua trajetória criminosa, e o assistir, do funcionamento dessa engrenagem.

“Em algumas cidades, porém pode vir a ocorrer que um grande número de marginais acabe por se concentrar num mesmo local. A causa de tais concentrações, o foco que atrai, arregimenta e aglutina essas populações de proscritos é, invariavelmente, a prostituição. No meio e em torno desta, sempre, é que irão surgir e se desenvolver colônias de criminosos, contraventores e vadios.”

A comercialização do próprio corpo, quando tratamos de adultos, não é crime, pois são maiores de idade, e responsáveis pelos próprios atos.

Crianças, adolescentes e adultos, durante muito tempo foram vistos e tratados com igualdade, no sentido se trabalhar como adultos, vestir como adultos, ter relações sexuais, isso até mesmo porque se casavam muito cedo, não eram relevantes as diferenças de desenvolvimento, e hoje a criança e o adolescente contam também com o apoio do Estatuto da criança e do adolescente (ECA).

A indução a prostituição é uma das formas mais grotescas de explorar um menor, quando